O Caso Bosman é um caso paradigmático do direito que um jogador de futebol belga processou o clube que defendia ao final do seu contrato, obrigando a UEFA para alterar algumas normas.
Jean-Marc Bosman foi um futebolista belga que jogou pelo RFC Liège, que até então disputava a Jupiler League (primeira divisão nacional). No fim da temporada de 1989–90, Bosman recusa a redução salarial de 75% que os dirigentes do clube propunham no novo contrato. É colocado na lista dos jogadores transferíveis com uma cláusula de indenização de 11.743.000 francos belgas (cerca de 4,8 milhões de euros). No mês seguinte, Bosman chegou a acordo com o clube francês USL Dunkerque. Liège e Dunkerque concordaram com a transferência do jogador para a temporada mais uma opção de compra, mas não aceita a cláusula de indenização proposta pelo clube belga, que rescinde o contrato do jogador e ele torna-se um jogador livre.
Bosman entrou com uma ação contra o Liége, a Federação Belga de Futebol e a UEFA, porque eles alegaram que as regras de transferência da Federação, da UEFA e da FIFA tinham impedido sua transferência para o Dunkerque.
Com base nos artigos 48, 85 e 86 do Tratado de Roma, de 25 de março de 1957, este proíbe as associações ou federações nacionais e internacionais de esporte de incluírem em seus respectivos regulamentos disposições que limitem o acesso de jogadores profissionais estrangeiros que receberam cidadania da União Europeia. Vai além, proíbe os clubes de futebol de exigir e receber qualquer pagamento pela contratação de um dos seus jogadores por um novo clube, quando faltavam menos de 6 meses para o final contrato do jogador
Em 15 de dezembro de 1995, o Tribunal de Justiça da União Europeia, sediado em Luxemburgo, dá razão a Bosman. Devem ser abolidas as restrições sobre a utilização e transferências de jogadores comunitários.
A Lei Bosman. Sim leitor (a). Acabou com qualquer servidão no futebol mundial. Dando aos jogadores maior liberdade para trocar de clubes e de buscar contratos mais favoráveis financeiramente, além da possibilidade de atuar em outros países com mais facilidade. Mas nem todos os desdobramentos foram positivos.
A Lei de Bosman também afetou o balanceamento dos clubes de forma negativa, já que os clubes mais poderosos e tradicionais passaram a ter mais poder para seduzir jogadores, que deixavam seus clubes de formação sem o devido retorno financeiro.
Um dos exemplos emblemáticos é o do Ajax de 1995, campeão da Liga dos Campeões, que perdeu nomes de peso como Edgar Davids e Patrick Kluivert, tudo isso sem receber nada pelos craques, formados na base do clube holandês.
No futebol sul-americano, as mudanças ampliaram a diferença de nível com os europeus, já que segurar jovens talentos deixou de ser apenas uma tarefa difícil para se tornar uma missão praticamente impossível. Partindo do ano de aprovação da lei (1995), foram 19 títulos dos clubes da europa no Mundial Interclubes, contra apenas seis de times latinos. O contraste é ainda maior quando consideramos os números antes de 1995, quando os clubes da CONMEBOL haviam vencido 20 vezes contra 14 dos clubes da UEFA.
Hoje 29 anos depois após a aprovação da lei. Seus impactos são sentidos. Com melhores condições de trabalho para os atletas. E também pelo abismo financeiro entre os clubes de CONMEBOL e os clubes da UEFA.
Conclusão.
A geopolítica são todas as as relações de poder que são estabelecidas entre diferentes países e territórios e as dinâmicas espaciais, políticas e econômicas diretamente associadas a elas. Assim, podemos dizer que a prática da geopolítica acontece principalmente mediante as ações e as estratégias engendradas pelo Estado, que corresponde ao organismo político de um determinado país, mas não se limita somente a esse nível de organização territorial. Além disso, frequentemente estudamos a geopolítica pela ótica dos organismos internacionais e supranacionais, dos blocos econômicos e das alinças globais
A geopolítica do futebol. Se divide antes e depois da Lei Bosman. E isso se aplica nos clubes de futebol . Em todo o planeta.
Uma política identitária (em inglês: identity politics) ou identitarismo refere-se a posições políticas baseadas nos interesses e nas perspectivas de grupos sociais com que cidadãos se identificam. Políticas identitárias visam a moldar ações de agentes públicos e privados para que determinados grupos tenham suas reivindicações atendidas e ganhem visibilidade social. Tais grupos podem se formar a partir de uma grande quantidade de sinais identitários, tais como idade, gênero, orientação sexual, religião, classe social, etnia, raça, língua, nacionalidade, etc.
A política identitária está presente em ambos os lados do espectro político, mas é favorecida por populistas e liberais
A geopolítica do futebol. Se divide antes e depois da Lei Bosman. E isso se aplica nos clubes de futebol . Existem os Campeões da Liga dos Campeões da Europa. Antes e depois da Lei Bosman. Confira no Site Campeões do Futebol .https://www.campeoesdofutebol.
E também temos os campeões da Copa Libertadores da América. Antes e depois da Lei Bosman. Confira no Site Campeões do Futebol. https://www.campeoesdofutebol.
Santos em 1962 e 1963. São Paulo em 1992 e 1993. Cruzeiro em 1976. Flamengo em 1981 e Grêmio em 1983. Se sagraram campeões da Copa Libertadores da América antes da Lei Bosman.
Santos em 1962 e 1963. São Paulo em 1992 e 1993. Flamengo em 1981 e Grêmio em 1983. Se sagraram campeões mundiais. Tendo esquadrões equivalentes aos clubes europeus. Antes da Lei Bosman.
Os clubes brasileiros. Que se sagraram campeões da Copa Libertadores da América após 1995. Viveram outra geopolítica. Ficando de cócoras para os maiores clubes de futebol na Europa.
O senso crítico é entendido através da capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, esse indivíduo é dotado de senso crítico, onde segundo Carraher (1983), o pensador crítico não é livre de valores e nem pretende ser. Ele valoriza a coerência, a clareza de pensamento, a reflexão e a observação cuidadosa porque deseja compreender melhor a realidade social, sem o que a ação responsável é destinada ao fracasso.
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