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O poder político e o poder econômico são conceitos distintos, mas intrinsecamente relacionados, que se influenciam e se moldam mutuamente na organização e funcionamento da sociedade.
O que é poder político?
O poder político é a capacidade de tomar decisões e criar regras que administram a vida pública, a comunidade e a sociedade como um todo.
É exercido por meio de instituições de Estado, como o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e se baseia na capacidade de governar e definir normas de convivência social.
A política cria uma situação de desigualdade entre aqueles que podem definir as regras e os que devem obedecê-las. Para ser legítimo, esse poder precisa de justificativas aceitáveis pela comunidade.
A força do poder político reside em sua autoridade legal e na capacidade de impor suas decisões por meio das leis e do aparato estatal.
O que é poder econômico?
O poder econômico é a capacidade de indivíduos, empresas ou países de influenciar e dominar o cenário social, econômico e político por meio da posse e controle de grandes recursos materiais e financeiros.
Esse poder pode ser exercido por meio da propriedade privada de bens, terras e dinheiro, e influencia aqueles que não os possuem.
Ele pode gerar monopólios e desequilibrar o mercado, afetando diretamente as políticas públicas e o conteúdo do Direito.
No contexto atual, o poder econômico se tornou transnacional e desterritorializado, não se limitando mais às fronteiras nacionais.
A relação e a interdependência entre eles
A interdependência entre os poderes político e econômico é complexa e varia de acordo com o contexto histórico.
Influência do poder econômico: O poder econômico frequentemente atua como um fator que molda as políticas públicas e o sistema jurídico. Grandes grupos econômicos podem influenciar o processo político para favorecer seus interesses, por meio de lobby, financiamento de campanhas eleitorais e concentração de poder midiático. O abuso do poder econômico em campanhas eleitorais é um exemplo claro dessa interferência.
Ação do poder político: O poder político, por sua vez, pode regular o poder econômico por meio da legislação, garantindo a livre concorrência e combatendo práticas abusivas, como monopólios. No entanto, a eficácia dessa regulação depende da ideologia dominante e do momento histórico.
Uma via de mão dupla: Em um Estado democrático de direito, o poder político deveria prevalecer para defender o interesse público contra os excessos do poder econômico. Contudo, a realidade costuma mostrar uma forte interação entre os dois. A economia fornece recursos que são essenciais para as decisões políticas, enquanto a política define as prioridades e as estratégias para a alocação desses recursos.
Abuso de poder: A relação entre os dois poderes se torna problemática quando o poder econômico interfere indevidamente no processo político, ou quando o poder político é usado para beneficiar interesses econômicos privados. Essa questão é frequentemente abordada pela Justiça Eleitoral, especialmente em casos de abuso de poder político e econômico. Segundo a Jornalista e Mestra Carla de Oliveira Tozo, no Sexto Periodo da Habilitação em Jornalismo na Comnunicação Social, pelas Faculdades Integradas Alcantara Machado (FIAAM FAAM).
A relação entre poder político e poder econômico é complexa e inseparável, moldando o funcionamento da sociedade e do Estado. Essa interdependência é explorada pelo campo de estudo da economia política.
Características da relação:
Influência mútua: O poder econômico e o poder político exercem influência um sobre o outro.
Poder econômico influenciando o político: Aqueles que detêm maior riqueza e controle sobre os recursos financeiros frequentemente influenciam as decisões políticas por meio de financiamento de campanhas, lobby e grupos de interesse. Empresas multinacionais e instituições financeiras, por exemplo, podem pressionar por políticas que favoreçam seus interesses.
Poder político influenciando o econômico: O governo, por meio de suas políticas e regulamentações, tem um impacto profundo na atividade econômica. Políticas fiscais (impostos, gastos públicos), monetárias (taxas de juros) e regulamentações setoriais moldam o ambiente para empresas e cidadãos.
Controle sobre a sociedade: O controle sobre a riqueza e a economia frequentemente se traduz em controle sobre a sociedade. A elite econômica pode usar seu poder para moldar as instituições e políticas, perpetuando ou alterando o sistema político.
Abuso e corrupção: O abuso do poder econômico para influenciar a política é uma preocupação constante, especialmente em sistemas eleitorais. O financiamento ilegal de campanhas, a pressão sobre políticos e a compra de apoio podem desvirtuar o processo democrático.
Legitimação e regulação: O poder político tem a função de regular o poder econômico para assegurar a justiça social e o bem-estar coletivo. No entanto, a forma como essa regulação é aplicada é muitas vezes influenciada pela mesma elite econômica que deveria ser regulada.
Em resumo, o poder econômico pode ser visto como uma força que capacita e molda o poder político, enquanto o poder político, em tese, deveria regular o poder econômico para o bem-estar da sociedade. A interação entre os dois é um tema central para a compreensão da dinâmica social e das estruturas de poder.
Nos clubes de futebol, o poder político e o poder econômico se entrelaçam de forma complexa, influenciando a gestão, o desempenho e as finanças das equipes. Essa relação, cada vez mais intensa com a mercantilização do esporte, é um tema central para a compreensão do cenário atual do futebol, tanto no Brasil quanto no mundo.
Interdependência entre poder político e econômico
Os clubes de futebol não são apenas entidades esportivas, mas também organizações com grande visibilidade, que servem de plataforma para diferentes interesses. A dinâmica de poder se manifesta de diversas formas:
A entrada do capital privado: A transformação de clubes em Sociedades Anônimas do Futebol (SAF), permitida pela Lei 14.193/2021 no Brasil, é um exemplo claro da crescente influência do poder econômico. Investidores, por meio de aportes financeiros, assumem o controle da gestão e podem influenciar as decisões estratégicas do clube.
O papel dos patrocinadores: A injeção de capital por empresas de apostas e outros patrocinadores se tornou vital para a sobrevivência financeira dos clubes, mas também cria um "jogo de poder" em torno da marca e da imagem da equipe.
Influência de políticos e empresários: Em muitos casos, políticos e empresários buscam cargos de poder nos clubes para obter visibilidade e reforçar sua influência, utilizando o futebol como trampolim para agendas pessoais. No Brasil, essa interferência é historicamente notável.
A balança pendente no futebol brasileiro
No Brasil, a relação entre poder político e econômico nos clubes é marcada por particularidades:
Dívidas e endividamento: Muitos clubes tradicionais enfrentam sérias dificuldades financeiras, com dívidas bilionárias, o que os torna vulneráveis a investidores e grupos com poder econômico.
Inflação no mercado de jogadores: A chegada de mais dinheiro, especialmente via SAFs e patrocínios, inflacionou o mercado de jogadores, levando alguns clubes a gastar mais do que podem, criando uma "bolha financeira".
Relação com o poder público: O futebol é social e economicamente relevante, e por isso, a investigação e a pressão sobre a governança são necessárias. Acadêmicos e pesquisadores têm papel importante em debater e cobrar órgãos reguladores, além de evidenciar a importância do esporte para a sociedade.
A relação entre os poderes político e econômico tem diversas consequências para os clubes e para o esporte:
Tomadas de decisão: A prioridade financeira muitas vezes se sobrepõe ao bem-estar da torcida e às metas esportivas de longo prazo.
Transparência: A concentração de poder pode minar a transparência e a boa governança. Um especialista em governança chegou a criticar as federações de esporte como "núcleo de poder".
Aumento da competitividade: O aporte de grandes quantias de dinheiro pode aumentar a competitividade e as chances de títulos, mas também acentua a desigualdade entre os clubes.
Interesses externos: Com a crescente globalização do futebol, os clubes podem se tornar ferramentas de "soft power" e desenvolvimento industrial de novos atores estatais, o que introduz questões políticas internacionais ao esporte, como o "sportwashing".
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