sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Flamengo e os demais clubes de futebol.

 Um clube desportivo é uma associação privada e sem fins lucrativos que se dedica ao fomento e à prática direta de atividades desportivas, reunindo pessoas que partilham o interesse e a paixão pelo desporto. Esses clubes são criados para organizar e promover o desporto, oferecendo um espaço e recursos para que os seus membros possam praticar diferentes modalidades desportivas, seja a nível recreativo ou competitivo. 

Características principais de um clube desportivo:

Natureza associativa e sem fins lucrativos:

O clube não visa o lucro, mas sim o desenvolvimento dos seus membros e da prática desportiva. 

Foco na prática desportiva:

O seu propósito principal é o de promover, organizar e facilitar a prática de desportos. 

Participação de pessoas:

É constituído por um grupo de pessoas (sócios) que partilham um interesse comum no desporto. 

Abertura a membros:

Geralmente, um clube desportivo deve estar aberto à admissão de novos membros que queiram participar das suas atividades. 

Variedade de atividades:

Pode oferecer treinos, aulas e eventos desportivos para diversas modalidades e níveis de habilidade. 

Conexão com a comunidade:

Muitas vezes, os clubes desportivos funcionam como centros de integração social, criando um sentimento de pertença na comunidade local através de eventos e atividades. 

Em resumo, um clube desportivo é uma entidade organizada para que as pessoas se juntem, pratiquem o seu desporto favorito e partilhem experiências desportivas, contribuindo para a saúde e bem-estar dos seus associados. 

Os clubes de futebol são financiados através de diversas fontes de receita, como a venda de direitos de transmissão de jogos, o patrocínio de empresas, a venda de ingressos para as partidas, a negociação de atletas, e as premiações por conquistas em competições. Além disso, os clubes podem ter receitas com o comércio de produtos oficiais e receitas de serviços como a exploração de seus estádios. 

Principais Fontes de Receita

Direitos de Transmissão:

A maior fonte de receita para muitos clubes, especialmente no Brasil, vêm dos contratos com emissoras para transmitir os jogos. 

Patrocínio:

Empresas investem em clubes por meio de patrocínios em camisas, placas no estádio e parcerias comerciais. 

Venda de Ingressos:

A arrecadação da venda de bilhetes para os jogos e eventos é uma fonte de renda fundamental para os clubes. 

Negociação de Jogadores:

A transferência de atletas para outros clubes gera receitas significativas, especialmente para os clubes brasileiros. 

Premiações:

Conquistar títulos e ter um bom desempenho em competições gera premiações financeiras. 

Venda de Produtos e Serviços:

Clubes também lucram com a venda de camisas, e outros produtos oficiais, e podem explorar o uso de seus estádios para outros eventos. 

Exemplos no Contexto Brasileiro

Clubes Brasileiros:

A fonte de renda de direitos de transmissão é a que mais contribui para o faturamento dos clubes brasileiros, superando as vendas de jogadores. 

Novas Estruturas:

Recentemente, a criação de clubes-empresa, conhecidos como Sociedade Anônima do Futebol (SAF), trouxe um novo modelo de gestão e captação de recursos para o futebol brasileiro, permitindo a atração de investidores.  Segundo especialistas nos veículos de imprensa no Brasil.

Confira a História e Títulos do Flamengo. No Site Campeões do futebol. https://www.campeoesdofutebol.com.br/historia_flamengo.html



GESTÃO FINANCEIRA DE CLUBE DE FUTEBOL: UMA ANÁLISE ECONÔMICA

FINANCEIRA DO CLUBE DE REGATAS DO FLAMENGO 1 

Lucas Navarony da Penha Ramalhete2 

Robson de Souza Linhares3 

RESUMO: Este trabalho analisou a situação econômico-financeira do Clube de Regatas do 

Flamengo entre 2013 e 2024, com exceção de 2020. O objetivo foi avaliar os impactos da 

reestruturação financeira iniciada pelo clube, diante de um cenário de gestão temerária no 

futebol brasileiro. A metodologia baseou-se na análise quantitativa de indicadores como 

liquidez, endividamento, lucratividade e rentabilidade, com dados extraídos das 

demonstrações contábeis oficiais. Os resultados indicaram melhora significativa nos índices 

de liquidez, bem como uma expressiva redução no endividamento, impulsionada pela adesão 

ao PROFUT. No entanto, os índices de lucratividade e rentabilidade apresentaram oscilações, 

influenciadas por altos investimentos e pelo aumento dos custos operacionais. Conclui-se que 

o Flamengo obteve avanços relevantes em sua gestão financeira, tornando-se um modelo 

para outros clubes. Ainda assim, é necessário manter o equilíbrio entre receitas e despesas 

para garantir a sustentabilidade no longo prazo. 

Palavras-chave: análise financeira; flamengo; índice; liquidez; endividamento. 

ABSTRACT: This study analyzed the economic and financial situation of Clube de Regatas 

do Flamengo from 2013 to 2024, excluding the year 2020. The objective was to evaluate the 

impacts of the club's financial restructuring, considering the historically amateur financial 

management in Brazilian football. The methodology was based on quantitative analysis of 

indicators such as liquidity, indebtedness, profitability, and return, using data from official 

financial statements. The results showed significant improvement in liquidity ratios and a 

notable reduction in debt, driven by adherence to the PROFUT program. However, profitability 

and return indicators showed fluctuations, influenced by high investments and increased 

operational costs. It is concluded that Flamengo achieved significant progress in financial 

management, becoming a model for other clubs. Nevertheless, balancing revenues and 

expenses remains essential to ensure long-term sustainability. 

Keywords: financial analysis; Flamengo; index; liquidity; indebtedness. 

1Trabalho Final de Curso da Graduação de Bacharelado em Administração do Ifes Campus Guarapari. 

2Graduando, Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Guarapari, lucas.navarony@gmail.com. 

3Professor orientador; Mestre, Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Guarapari, 

robson.linhares@ifes.edu.br 

1 INTRODUÇÃO  

Apesar de não ter inventado o futebol, o Brasil é conhecido pelo mundo afora como o 

“país do futebol”. Este título se deve aos grandes jogadores, clubes e à seleção 

brasileira. O futebol se consolidou, ao longo do século XX, como o principal esporte 

do povo brasileiro. Não há como negar que o brasileiro, de forma geral, é apaixonado 

pelo futebol. De acordo com dados da Think With Google (2022), 70% dos brasileiros 

se interessam por futebol e esse mercado movimenta, no Brasil, R$ 53 bilhões ao ano, 

que representa 0,72% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo um estudo realizado 

pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF, 2022). Além disso, uma pesquisa feita 

em 2020 pela empresa Sports Value mostrou que, caso os maiores 30 clubes do país 

fossem vendidos, geraria um valor de R$ 33,2 bilhões (NE45, 2022). 

Neste contexto, clubes como o Flamengo se destacam pela sua torcida e trajetória. O 

Clube de Regatas do Flamengo foi fundado em 15 de novembro de 1895, na cidade 

do Rio de Janeiro. Inicialmente era somente um clube de remos, esporte muito popular 

da época e o preferido entre os cariocas. Com o passar dos anos, outro esporte 

começou a ganhar relevância e a rivalizar a preferência do público: o futebol.  

O Flamengo iniciou a transição para o futebol em 1911, conquistou seu primeiro título 

carioca em 1914, seguido pelo bicampeonato em 1915. Entre 1920 e 1930, venceu 

quatro edições do campeonato estadual (1920, 1921, 1925 e 1927). No final dos anos 

1930 e início dos anos 1940, o clube foi campeão estadual em 1939 e conquistou seu 

primeiro tricampeonato entre 1942 e 1944. 

Nos anos 1950, o Flamengo conquistou seu segundo tricampeonato estadual (1953, 

1954 e 1955). Nos anos 1960, o Flamengo conquistou dois títulos estaduais (1963 e 

1965). No final dos anos 1970 até o início dos anos 1990, o Flamengo conquistou seu 

terceiro tricampeonato estadual (1978, 1979 e 1979 - edição especial), três 

Campeonatos Brasileiros (1980, 1982 e 1983) e seus maiores títulos até então: a Copa 

Libertadores e o Mundial de Interclubes de 1981. Além disso, conquistou mais três 

títulos nacionais: o Campeonato Brasileiro em 1987 (Copa União) e 1992, além da 

Copa do Brasil em 1990. 

Nos anos 1990, ganhou a Copa do Brasil (1990), o Campeonato Brasileiro (1992), 

Campeonato Carioca (1991, 1996 e 1999) e a Copa Mercosul (1999) (FLAMENGO, 

[s.d.]). Nos anos 2000, ganhou a Copa do Brasil (2006) e o Campeonato Brasileiro 

(2009) (Flamengo, [s.d.]).  

Em 2012, uma gestão que pregava uma conduta de responsabilidade financeira e, 

supostamente, a profissionalização do futebol, ganhou a eleição. Assim, iniciou um 

processo de reestruturação financeira, priorizando a sustentabilidade econômica 

antes de novos investimentos no futebol (Globo Esporte, 2020). Isso leva à seguinte 

pergunta de pesquisa: Como as decisões financeiras adotadas pelo Clube de Regatas 

do Flamengo impactaram seus principais indicadores de liquidez, endividamento, 

lucratividade e rentabilidade ao longo do período de 2013 e 2024? 

Esta pesquisa se justifica pelo fato de que, historicamente, o futebol brasileiro foi 

marcado por uma gestão financeira amadora e vem passando transformações nos 

últimos anos (Câmara dos Deputados, 2015). O Clube de Regatas Flamengo surge 

como um dos principais exemplos dessa mudança, apresentando um modelo de 

gestão que obteve alguns avanços esportivos e econômicos. Desde 2013, o clube 

passou por um processo de reestruturação financeira, reduzindo dívidas, ampliando 

receitas e consolidando-se como uma potência nacional e internacional. 

Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar as finanças do Clube de 

Regatas do Flamengo, entre os anos 2013 e 2024, com base nos índices básicos 

financeiros. O período selecionado abrange momentos críticos, como a quitação de 

dívidas históricas, a profissionalização da administração, a conquista de títulos 

expressivos e a atração de grandes patrocinadores. 

Para alcançar os objetivos propostos, esta pesquisa adotou uma abordagem 

quantitativa, com caráter descritivo e exploratório, por meio de análise documental e 

bibliográfica. As demonstrações contábeis do Clube de Regatas do Flamengo, 

publicadas oficialmente entre os anos de 2013 e 2024 (com exceção de 2020), foram 

utilizadas como base para a aplicação de indicadores financeiros, como índices de 

liquidez, endividamento, lucratividade e rentabilidade. Esses dados foram organizados 

em planilhas e interpretados à luz da literatura especializada, permitindo uma análise 

técnica da evolução da situação econômico-financeira do clube ao longo do período. 

Por meio da análise de índices econômicos e financeiros, este estudo busca fornecer 

um diagnóstico sobre a evolução da gestão do Flamengo, destacando seus acertos e 

desafios. Além de contribuir para a literatura sobre finanças no esporte, o trabalho 

pode servir como referência para outros clubes que desejam adotar práticas mais 

sustentáveis e eficientes na administração de suas receitas e despesas.  

2. REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 CONCEITO DE ANÁLISE FINANCEIRA  

A análise financeira consiste na interpretação dos dados contábeis com o objetivo de 

avaliar o desempenho e a situação econômica da empresa. Segundo Silva (2001) a 

análise financeira de uma organização abrange um estudo minucioso dos dados 

financeiros disponíveis, levando em conta também as condições internas e 

externas que influenciam a situação financeira da organização. 

De acordo com Martins, Diniz e Miranda (2012), a análise das demonstrações 

contábeis tem como objetivo principal avaliar o desempenho da empresa para apoiar 

decisões de investimento e financiamento, por meio da projeção de retornos e riscos. 

Segundo Marion (2012), existem três indicadores financeiros necessários para fazer 

uma boa análise financeira: liquidez (situação financeira); rentabilidade (situação 

econômica) e endividamento (estrutura de capital). Pode-se dizer que os índices 

básicos de liquidez, rentabilidade e endividamento são essenciais para analisar uma 

organização. 

2.2 A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FINANCEIRA NO FUTEBOL   

Para medir o sucesso de uma empresa, pode-se usar vários indicadores, tais como: 

fluxo de caixa, lucros distribuídos, resultado contábil, índices de endividamento, 

retorno sobre capital aplicado, capital de giro, entre outros. (Ferreira, 2014, p. 5). 

Conforme Dantas, Machado e Macedo (2003), quando a gestão financeira do clube é 

gerida de forma responsável, os resultados financeiros tendem a ser positivos. O clube 

se torna capaz de fazer investimentos que, teoricamente, impulsionam a melhora 

coletiva da equipe e, consequentemente, a formação de um time capaz de conquistar 

vitórias e títulos.  

2.2.1 RELATÓRIO ITAÚ BBA   

O Itaú BBA é o maior Corporate & Investment Bank da América Latina e faz parte do 

grupo Itaú Unibanco, um dos maiores conglomerados financeiros do mundo. Atendem 

investidores institucionais e empresas com faturamento anual acima de R$ 50 

milhões, sendo um banco de atacado. 

A análise financeira é fundamental para compreender a real situação econômica de 

um clube e sua capacidade de fazer investimentos e honrar com os seus 

compromissos. O Itaú BBA desenvolveu um projeto de estudo sobre o desempenho 

financeiro dos clubes de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro, abrangendo o 

período de 2008 a 2020, totalizando 12 edições (Itaú BBA, [s.d.]). Para a realização 

das análises, são utilizadas diversas variáveis contábeis, como receitas, despesas, 

lucros, investimentos, entre outras. Essas variáveis são detalhadas item por item, e é 

verificado se houve ou não evolução ao longo dos anos, por meio de gráficos 

comparativos anuais. O banco ressalta que as análises são imparciais, baseando-se 

exclusivamente nos dados disponibilizados, uma vez que os profissionais envolvidos 

são da área financeira, e não esportiva (Itaú BBA, 2018). Seguindo nesta linha, existe 

o Relatório Convocados, produzido pelo economista Cesar Grafiett, que apresenta, 

anualmente, análises financeiras dos clubes da séria A e B, com base nas 

demonstrações contábeis oficiais divulgadas por eles (Grafietti, 2024). É uma 

ferramenta importante para entender a gestão financeira no futebol brasileiro, sendo 

bastante usada por analistas e jornalistas.  

2.2.2 PROFUT   

Em 2015, foi criada a Lei nº 13.155 de 2015 (Brasil, 2015), que estabeleceu a criação 

do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol 

Brasileiro (PROFUT), possibilitando o parcelamento das dívidas tributárias e 

previdenciárias dos clubes, com redução de 70% (setenta por cento) das multas, 40% 

(quarenta por cento) dos juros e 100% (cem por cento) dos encargos legais (Brasil, 

2015). O objetivo era que os clubes pagassem seus débitos com o Estado Brasileiro, 

além de promover a responsabilidade fiscal e a manutenção da saúde financeira dos 

clubes. Para entrar e continuar no programa, o clube deve seguir alguns critérios: a 

redução obrigatória do prejuízo anual a no máximo 5% da receita do ano anterior (a 

partir do ano 2019), a limitação dos gastos com futebol profissional a 80% da receita 

anual, a criação/manutenção de uma equipe feminina; a publicação de suas 

demonstrações financeiras, dentre outras exigências. A Autoridade Pública de 

Governança do Futebol (Apfut), fazia uso dos índices financeiros, como receita e lucro, 

para verificar se os clubes estão seguindo os critérios estabelecidos para continuar no 

programa.  

2.3 ÍNDICE DE LIQUIDEZ 

Estes índices permitem conhecer a capacidade de pagamento da empresa, de curto 

e de longo prazo, com terceiros, de forma imediata. Por se tratar de um índice 

financeiro, auxilia na avaliação da capacidade de pagamento da companhia, sendo 

que, quanto maior o indicador, melhor é a situação financeira da empresa (Silva, 

2001).  

2.3.1 LIQUIDEZ IMEDIATA 

Este índice indica a possibilidade de a empresa saldar suas obrigações de curto prazo 

imediatamente, levando em consideração disponibilidades como: bancos, contas e 

aplicações financeiras (Veloso, 2019). 

2.3.2 LIQUIDEZ CORRENTE 

Este índice indica a capacidade financeira da empresa de honrar seus compromissos 

de curto prazo.  

[...] destina-se a avaliar a capacidade da empresa para pagar suas obrigações 

em curto prazo. Por isso, sem a pretensão de estabelecer padrões, afirma-se 

que este quociente deverá ser, na medida das necessidades da empresa, 

maior que 1,00, a fim de manter uma adequada margem de segurança 

financeira e, ao mesmo tempo, atender a nível de “encaixe". (BRAGA. 2009, 

p.163) 

2.3.3 LIQUIDEZ SECA 

Este índice indica a possibilidade de a empresa quitar suas dívidas, mostrando se a 

empresa depende ou não das vendas para liquidar as dívidas. 

Segundo Iudícibus (2010, p.96)  

“Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a 

situação de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques do numerador, 

estamos eliminando uma fonte de incerteza. Por outro lado, estamos 

eliminando as influências e distorções que a adoção deste ou daquele critério 

de avaliação de estoques poderia acarretar, principalmente se os critérios 

foram mudados ao longo dos períodos”.  

2.3.4 LIQUIDEZ GERAL 

Este índice mostra se os recursos financeiros do ativo são suficientes para saldar suas 

obrigações de curto e longo prazo, considerando-se tudo que possa se converter em 

dinheiro. 

Conforme Padoveze (2004, p 137)  

“Esse indicador trabalha com todos os ativos realizáveis e todos os passivos 

exigíveis, aglutinando os classificados de curto prazo com os de longo prazo”.  

2.4 ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 

Este índice mostra o grau de endividamento da empresa e expõe como ela obtém 

recursos (Veloso, 2019). 

2.4.1 ENDIVIDAMENTO TOTAL 

Este indicador apresenta o total que a empresa captou junto a terceiros, em relação 

ao total de seu Capital Próprio. Ou seja, o total de dívidas que a empresa contraiu 

para custear suas atividades (Veloso, 2019). 

2.4.2 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 

Este indicador permite observar a captação de recursos externos, em comparação 

aos recursos próprios da empresa (Veloso, 2019).  

2.4.3 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 

Este indicador mostra quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto prazo 

(Veloso, 2019). 

2.5 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE 

Mensura o lucro líquido em relação às vendas líquidas (Veloso, 2019). 

2.5.1 MARGEM LÍQUIDA 

O índice de margem líquida mede a capacidade da empresa de converter receitas em 

lucro. Mostra o percentual do Lucro Líquido em relação à Receita Líquida auferida 

pela empresa (Veloso, 2019). 

2.6 ÍNDICES DE RENTABILIDADE 

A geração de lucro constitui a principal finalidade das atividades empresariais (Veloso, 

2019). 

2.6.1 GIRO DO ATIVO 

Conforme Silva (2010), este indicador mede a eficiência da empresa em utilizar seus 

ativos totais para gerar receitas, relacionando o volume de vendas com os 

investimentos totais representados pelo ativo total. 

2.6.2 RETORNO SOBRE O ATIVO 

Assaf Neto (2010, p.128)  

“revela o retorno produzido pelo total das aplicações realizadas por uma 

empresa em seus ativos”, [...] “podendo ser interpretado como o custo 

financeiro máximo que uma empresa poderia incorrer em suas captações de 

fundos” 

2.7 ANÁLISE DE DADOS

Neste tópico, serão mostrados e analisados os indicadores de liquidez, 

endividamento, lucratividade e rentabilidade, no período de 2013 e 2024. Vale 

ressaltar que, todos os valores foram obtidos através das demonstrações contábeis, 

balanços patrimoniais e notas explicativas do site do Clube de Regatas do Flamengo. 

Esta seção foi dividida em 4 etapas: Análise dos Índices de Liquidez; Análise dos 

Índices de Endividamento; Análise dos Índices de Lucratividade; Análise dos Índices 

de Rentabilidade. 

2.7.1 ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ 

2.7.1.1 LIQUIDEZ CORRENTE E SECA  

GRÁFICO 1- LIQUIDEZ CORRENTE E SECA 

Fonte: Autor  

De acordo com Lunelli (2018), recomenda-se que o índice de liquidez corrente seja 

superior a 1, para ser considerado bom. A partir de 1,5, o índice já é considerado 

excelente. Todavia, caso o índice esteja abaixo do recomendado, isso indica que a 

organização não possui recursos suficientes para honrar suas obrigações de curto 

prazo, evidenciando uma liquidez corrente deficiente. 

De acordo com o gráfico 1, é possível verificar que o clube possui uma liquidez 

corrente menor que 1, com exceção do ano de 2023, que alcançou o valor de “1,22”, 

próximo ao índice excelente, segundo Lunelli (2018). Isso significa que há mais 

obrigações no curto prazo do que ativos circulantes para quitá-las. Evidência disso é 

o resultado do ano de 2013, ano inicial da análise, que apresentou um capital 

circulante negativo. 

Mesmo que em grande parte dos anos o índice de liquidez corrente esteja longe do 

ideal, pode-se notar uma evolução no período estudado, com exceção do ano de 

2016, em que teve uma queda de 52,5% em relação a 2015, devido a redução das 

contas em “caixa e equivalentes de caixa”, “contas a receber” e “depósitos judiciais”. 

Em 2024, o indicador apresentou uma recuperação de mais de 110% em termos 

percentuais, em relação a 2013. Já em comparação com o ano de 2023, que 

apresentou o valor máximo de liquidez corrente, houve um aumento de mais de 300% 

em termos percentuais, comparando com 2013.  

No ano de 2024, houve uma diminuição de mais de 40%, decorrente da significativa 

queda no valor em “caixa e equivalentes de caixa”, “caixa restrito” e “contas a receber”. 

Conforme Brey (2016) explica, o clube de futebol tem a maior parte do seu ativo no 

não circulante, especialmente no intangível, que é o local onde fica contabilizado os 

direitos federativos dos seus jogadores, o que contribui para a baixa liquidez 

corrente.    

Ao analisar o índice de liquidez seca, é possível visualizar que os resultados 

encontrados são semelhantes ao comportamento dos índices de liquidez corrente. 

Essa similaridade decorre do fato de que o clube não ser uma empresa comercial, que 

vende seu estoque e gera lucro com isso, sendo seu estoque do clube apenas os itens 

para uso e consumo cotidiano. Como estes valores são poucos expressivos, sua 

diminuição não causou grande impacto, fazendo com que os dois índices sejam quase 

idênticos. 

2.7.1.2 LIQUIDEZ IMEDIATA  

GRÁFICO 2- LIQUIDEZ IMEDIATA 

Fonte: Autor 

Como o próprio nome indica, o índice de liquidez imediata avalia a capacidade da 

entidade de pagar suas obrigações de curtíssimo prazo, utilizando apenas seus ativos 

líquidos (caixa e equivalentes de caixa). De acordo com o gráfico 2, observa-se que 

de 2013 e 2018, o índice se manteve praticamente constante. Por outro lado, no ano 

de 2019 houve um aumento de quase 600% em relação a 2018, devido ao aumento 

de mais de 950% no valor de “caixa e equivalentes de caixa”. O máximo foi registrado 

no ano de 2023, que chegou ao valor de 0,625, um aumento de 1.100% em termos 

percentuais. No ano de 2024, houve uma diminuição de quase 70% em relação a 

2023. A explicação do Flamengo para a diminuição do “caixa e equivalentes de caixa” 

decorreu da compra do terreno do Gasômetro, onde será construído o estádio do 

Flamengo, por R$ 140 milhões e a compra de jogadores, por aproximadamente 

R$ 160 milhões, incluindo a contratação mais onerosa da história do clube.  

De 2013 e 2024, o índice de liquidez imediata apresentou um aumento de 150%. Silva 

(2018) conceitua esse indicador como o mais conservador e diz que normalmente ovalor deste indicador é baixo pois os clubes consideram pouco atrativo manter 

recursos disponíveis em “caixa e equivalente de caixa”.  

2.7.1.3 LIQUIDEZ GERAL 

GRÁFICO 3- LIQUIDEZ GERAL 

Fonte: Autor 

Sobre o indicador de liquidez geral, Bonfim e Cole (2019) dizem que ele reflete a 

situação financeira a longo prazo da empresa e, para considerar um bom resultado, é 

necessário que o índice seja superior a 1.  

De acordo com o gráfico 3, a liquidez geral do Flamengo de 2013 e 2016, cresceu 

gradativamente e chegou a mais de 120% ao longo de três anos. Porém, em 1 ano 

(2016 e 2017), cresceu quase 100%. Grande parte deste aumento se deve à venda 

de jogadores, que aumentou em mais de 350% o valor registrado na conta de “conta 

de transferência de jogadores”. Neste ano de 2017 o Flamengo vendeu Vinicius Junior 

ao Real Madrid da Espanha, por 45 milhões de euros. No ano de 2017, o Flamengo 

recebeu R$ 55 milhões da primeira parcela da compra do jogador e mais R$18 milhões 

pela venda do jogador Hernane.  

13 

Em 2018, o índice de liquidez geral diminuiu em quase 50% em relação a 2017. Em 

grande parte, devido à diminuição de 98% do valor na conta de transferência de 

jogadores (R$71.65 milhões em 2017, para R$1.937 milhões em 2018). 

Em 2019, o índice de liquidez geral aumentou em quase 70% em termos percentuais, 

comparado com 2018. Grande parte devido ao aumento de quase 200% no ativo 

circulante. Em 2024, o índice de liquidez geral apresentou queda de 45% em relação 

a 2023, principalmente devido à redução de 25% no “ativo circulante” e o aumento de 

quase 50% no “passivo circulante” e “não circulante”. 

Entre 2013 e 2024, o índice de liquidez geral cresceu cerca de 400%. Isso demonstra 

uma evolução significativa da capacidade do clube em honrar suas obrigações de 

curto e longo prazo.  

2.7.2 ENDIVIDAMENTO TOTAL 

GRÁFICO 4 - ENDIVIDAMENTO TOTAL 

Fonte: Autor 

Segundo Montoto (2018), quanto menor o índice de endividamento total, melhor será 

para a instituição.  

14 

De acordo com o gráfico 4, houve uma diminuição do endividamento total do 

Flamengo de quase 70% entre 2013 e 2024. O ativo do clube aumentou em mais de 

300%, saindo de R$382.049.987, em 2013, para R$1.531.041, em 2024. O passivo 

circulante diminuiu em quase 33%. Destaque para os “impostos e contribuições 

sociais” que diminuíram quase 57%, saindo de R$349.130.971, em 2013, para 

R$151.799.000, em 2024.  

A única exceção foi no ano de 2018, que houve um aumento de quase 35% em relação 

a 2017. Neste ano de 2018, observou-se uma diminuição do “ativo total” e um aumento 

quase 10% no “passivo não circulante”.  

2.7.2.1 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 

GRÁFICO 5 - PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS 

Fonte: Autor 

A participação de capital de terceiros mostra quanto do ativo está sendo financiado 

por recursos externos. De acordo com Lucente e Bressan (2015), quando o indicador 

é igual ou superior que 100% mostra que existe demasiado capital de terceiros, o que 

torna o clube dependente de seus credores e do aumento da taxa de juros, 

empréstimos e financiamentos. 

15 

Nos primeiros quatro anos analisados, o clube apresentou um resultado negativo, com 

maior destaque para o ano de 2016, indicando a ausência de capacidade financeira 

para honrar suas obrigações, devido ao patrimônio líquido negativo.   

No ano de 2015, o Flamengo aderiu ao Programa de Modernização da Gestão e de 

Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (PROFUT), conforme descrito nas 

notas explicativas do clube. Com isso, o Flamengo parcelou sua dívida fiscal e obteve 

descontos em multa, juros e encargos legais, o que causou impacto positivo em seu 

passivo. De acordo com a divulgação financeira oficial do time, foram faturados 

R$16.546.693 no primeiro ano. 

A partir de 2017, com o resultado positivo do patrimônio líquido, o clube começou a 

ter garantia nos pagamentos de suas obrigações. No ano de 2018, o clube atingiu o 

maior valor, 903% e a partir deste ano, começou a diminuir a participação de capital 

de terceiros. De acordo com as “notas explicativas” de 2018, o Flamengo tinha direito 

irrestrito ao bônus de assinatura do contrato de cessão de direitos de transmissão 

exibição dos jogos do Campeonato Brasileiro, firmado com a Rede Globo de 

Televisão, o Clube reconheceu, em 1º de janeiro de 2018, uma receita diferida, em 

contrapartida a uma redução do patrimônio líquido no saldo de abertura. Sendo assim, 

a receita futura foi sendo reconhecida durante os anos do contrato, o que ocasionou 

uma queda nos anos seguintes. 

Entre 2013 e 2024, o clube saiu de um resultado negativo para um dos melhores 

resultados, com exceção do ano de 2023, que teve o menor índice positivo de 

participação de capital de terceiros durante o período analisado. 2.7.2.2 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 

GRÁFICO 6 - COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 

A composição de endividamento indica, em termos percentuais, a proporção das 

obrigações a vencer no curto prazo. Quanto menor o índice, menor é o grau de risco 

financeiro enfrentado pelo clube (Bazzi, 2020). 

De acordo com o gráfico 6, o menor grau de risco registrado foi em 2013, no primeiro 

ano da análise. O time conseguiu manter suas dívidas de curto prazo em uma média 

de 36,40% durante o período de 2014 e 2018. Entretanto, comparando os períodos, 

observa-se um aumento superior a 60%. Apesar disso, pode-se considerar razoável, 

visto que, quanto maior forem as obrigações de curto prazo, maior o risco financeiro 

(Bazzi, 2016). Silva (2018) aponta que, quanto maior for o prazo das obrigações, mais 

tempo o clube terá para gerar recursos. 

17 

2.7.3 ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE 

GRÁFICO 7- ÍNDICE DE LUCRATIVIDADE 

Fonte: Autor 

De acordo com Silva (2010), a margem líquida representa a lucratividade de uma 

entidade, em relação às vendas líquidas do período. Mostra que o valor das vendas 

de produtos e serviços ofertados pelo clube é suficiente para cobrir os custos e 

despesas.   

Entre 2013 e 2016, o Flamengo concentrou esforços para sanar suas dívidas e 

aumentar receitas. Diante disso, os maiores índices de margem líquida do período 

estão em 2015 e 2016. A partir de 2017, à diminuição da margem líquida está 

relacionada com o aumento de despesas e custos, maior que o aumento das receitas 

do clube. As principais causas são: 1) Reforma e ampliação do CT- Centro de 

Treinamento, que começou em 2016 e terminou no final de 2018; 2) contratações de 

jogadores de renome, em 2017; 3) pagar as dívidas trabalhistas e tributárias. 

No ano de 2018, houve uma queda considerável, em comparação a 2017. Parte dessa 

queda se deve a diminuição de mais de 15% do valor da “receita líquida”, e houve 

uma redução de mais de 70% do valor do “resultado líquido”. Do ano 2019 ao 2021, 

18 

houve um aumento de mais de 160%, em termos percentuais, no “índice de 

lucratividade”. Parte disso se deve ao aumento de 175%, em termos percentuais, do 

“resultado líquido”. 

No ano de 2023, o índice se recupera, devido ao maior resultado líquido do clube, 

R$ 319.545.000, representando um aumento de mais de 130% em relação a 2022.  

2.7.4 ÍNDICE DE RENTABILIDADE  

2.7.4.1 GIRO DO ATIVO 

GRÁFICO 8- GIRO DO ATIVO 

Fonte: Autor 

De acordo com Montoto (2018), quanto maior o valor do índice giro do ativo, melhor 

será para a entidade.  

O índice de giro ativo é considerado bom nos anos de 2016, 2017 e 2019 por estar 

acima de 1, o que indica um bom aproveitamento dos recursos, caindo apenas nos 

anos de 2013 e 2024. Os anos de 2016, 2017 e 2019 coincidem com os períodos em 

que o clube realizou as maiores vendas, o que contribui para o aumento das receitas 

líquidas e, consequentemente, para o desempenho deste indicador.  2.7.4.2 RETORNO SOBRE ATIVO 

GRÁFICO 9- RETORNO SOBRE ATIVO 

Fonte: Autor 

O ROA mede o retorno gerado sobre o ativo total da entidade, ou seja, mostra quão 

eficiente a empresa é em gerar lucro ao utilizar seus ativos (Silva, 2010). 

De acordo com o gráfico 9, o Flamengo apresentou ROA negativo em apenas dois 

anos (2013 e 2024), ambos resultados foram impactados pelos prejuízos 

apresentados. Em 2013, o clube apresentou um prejuízo de R$ -19.512.492, em 2024 

foi de R$ -734.000.  Os anos de 2018 e 2019 foram abaixo da média, com exceção 

de 2013 e 2024 que apresentaram valores negativos. O ano de 2018 teve uma 

diminuição de quase 20% no valor de “receita operacional líquida” e uma redução no 

ativo total, acompanhada do aumento dos “custos e despesas operacionais”, 

principalmente “salários, encargos e benefícios a funcionários” que aumentou em mais 

de 10%. O ano de 2019, apesar do “ativo total” aumentar em quase 50% no valor de 

“receita operacional líquida” aumentar quase 80% o valor de “custo das atividades 

20 

sociais e esportivas” subiu em quase 80%, as “despesas administrativas” quase 

triplicaram e as “despesas comerciais” aumentaram dez vezes.   

2.7.5 ANÁLISE INTEGRADA DOS INDICADORES FINANCEIROS 

2.7.5.1 LIQUIDEZ E ENDIVIDAMENTO 

A evolução contínua dos índices de liquidez, especialmente entre 2017 e 2023, 

coincide com a queda do endividamento total no mesmo período. Isso sugere que o 

Flamengo, além de quitar dívidas com terceiros, passou a contar com mais recursos 

próprios para honrar suas obrigações de curto e longo prazo. 

2.7.5.2 ENDIVIDAMENTO E RENTABILIDADE 

A queda do índice de rentabilidade em 2024 ocorreu justamente em um momento de 

endividamento, com a aquisição do terreno do Gasômetro e reforços milionários no 

elenco. Embora esses investimentos tenham valor estratégico, seus efeitos 

financeiros imediatos impactaram o ROA e o giro do ativo. 

2.7.5.2 LIQUIDEZ E LUCRATIVIDADE 

Mesmo nos anos de maior índice de lucratividade, como 2021 e 2023, o índice de 

liquidez imediata do Flamengo se manteve sempre abaixo de 1. Isso sugere que, 

apesar da lucratividade, parte relevante do ativo estava imobilizada ou alocada em 

ativos não circulantes, como direitos federativos de atletas, algo comum na estrutura 

patrimonial de clubes de futebol.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Conforme o cenário apresentado, o presente estudo teve como objetivo analisar a 

situação financeira do Clube de Regatas do Flamengo, entre os anos de 2013 e 2024, 

com exceção do ano de 2020, ano da pandemia. Buscou, por meio dos indicadores 

econômico-financeiros, analisar a situação do clube ano após ano. 

A análise conjunta dos indicadores de liquidez, endividamento, lucratividade e 

rentabilidade mostra que, nos anos estudados, houve uma evolução contínua e 

gradativa. Na parte dos índices liquidez, observou-se uma melhoria considerável em 

todos os índices, especialmente os índices de liquidez corrente e geral, embora com 

oscilações pontuais, demonstrando um esforço do clube de honrar as obrigações, 

especialmente no curto e longo prazo.  

Já na parte do endividamento, o clube mostrou uma redução substancial nas suas 

obrigações, com destaque para a adesão ao PROFUT e o controle rigoroso sobre 

dívidas de longo prazo. Essa redução impactou diretamente os índices de participação 

de capital de terceiros, mostrando uma menor dependência de fontes externas de 

financiamento e uma melhora na solidez financeira do clube. Além da diminuição de 

quase 70% do endividamento geral. 

Entretanto, os indicadores de lucratividade e rentabilidade não apresentaram uma 

melhoria contínua. Houve anos bons, especialmente os anos que o clube estava no 

processo de reestruturação, aumentando a receita e controlando os custos (2015 e 

2016), mas também anos com prejuízo e aumento significativo dos custos 

operacionais, como em 2024, evidenciando o impacto de investimentos elevados, 

como contratações e a aquisição do terreno para futura construção de seu estádio 

próprio. 

Mesmo com a melhora dos índices de liquidez e uma diminuição significativa do 

endividamento, o aumento dos custos operacionais impactam na rentabilidade e 

lucratividade. Ainda assim, o Flamengo demonstrou capacidade de gerar receitas, 

manter uma boa rotação de ativos e adotar uma gestão financeira mais estratégica e 

22 

equilibrada ao longo do tempo. Desta forma, os resultados obtidos mostram uma 

evolução financeira do clube, apesar dos desafios.  

Como sugestão para pesquisas futuras, recomenda-se a análise comparativa entre 

clubes com diferentes modelos de gestão financeira. Também seria interessante 

investigar os impactos do novo formato de clube-empresa (SAF) nos indicadores 

financeiros dos clubes. 

Como limitação deste estudo, destaca-se a utilização exclusiva dos indicadores 

financeiros básicos, para a análise do desempenho do Clube de Regatas do 

Flamengo.

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Clube de Futebol não é banco. Não dividem lucro e tem que ter suas despesas em dia. Algo que não tem sido o caso do Corinthians desde a inauguração da sua arena.

Confira a História de Clubes de Futebol no Brasil. No Site Campeões do Futebol. https://www.campeoesdofutebol.com.br/hist_clubes.html.

Confira os Clubes de Futebol no Mundo. No Site Campeões do Futebol.   https://www.campeoesdofutebol.com.br/hist_clubes_int.html

Confira o Ranking de Clubes, Seleções e Federações em Varias Competições. No Site Campeões do Futebol.   hthttps://www.campeoesdofutebol.com.br/ranking_geral.html

Confira os Campeões das Competições Nacionais de Futebol. No Site Campeões do Futebol.   https://www.campeoesdofutebol.com.br/nacionais.html

Confira os Campeões das Competições Continentais do Futebol. No Site Campeões do Futebol.  https://www.campeoesdofutebol.com.br/campeoes_continentais.html

Confira os Campeões das Competições Intercontinentais do Futebol. No Site Campeões do Futebol.       https://www.campeoesdofutebol.com.br/campeoes_intercontinentais.html

Confira o Mundial de Clubes da FIFA. No Site Campeões do Futebol.    https://www.campeoesdofutebol.com.br/mundial_clubes_fifa.html

Confira o Arquivo das Competições Estaduais de Futebol. No Site Campeões do Futebol.    https://www.campeoesdofutebol.com.br/estaduais.html

Confira o Arquivo de Competições de Futebol no Brasil de Nível Nacional e Regional. No Site Campeões do Futebol. https://www.campeoesdofutebol.com.br/fut_brasil.html

Imagem ; Site Sports Value. 



     

 


 



 






 




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