CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE - UNIFIA
GRADUAÇÃO EM DIREITO
Larissa Aparecida da Silva Camilotti
O FUTEBOL FEMININO NO BRASIL
Amparo/SP
2023
Larissa Aparecida da Silva Camilotti
RA: 4622727
O Futebol Feminino no Brasil
Artigo científico apresentado ao Curso de
Direito do Centro Universitário Amparense - UNIFIA como requisito para a obtenção do
título de Bacharel em Direito.
Orientadora: Prof. Dra. Ana Silvia Marcatto
Begalli
Amparo/SP
2023
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“Lute contra quem diz que você não pode.”
(Marta Silva)
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7
1 O NASCIMENTO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL ...................................................... 9
2 VISIBILIDADE DA MODALIDADE NA TV ABERTA ............................................................. 14
3 PRÁTICAS DE INCENTIVO AO FUTEBOL FEMININO ........................................................ 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 17
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 18
RESUMO
Este artigo visa mostrar a discriminação de gênero, dificuldades mais baixas em comparação
com os jogadores masculinos, falta de investimento e infraestrutura. O futebol é o esporte mais
praticado no nosso país, é notável a paixão que os brasileiros sentem ao assistir um jogo do seu
time do coração e isso aconteceu tanto com os homens quanto com as mulheres, mas elas não
apenas assistem, como jogam! O futebol feminino no Brasil experimentou um crescimento
significativo nas últimas décadas, mas também enfrentou desafios e disparidades em
comparação com o futebol masculino. O mesmo tem uma história que remonta ao início do
século 20, mas causou resistência e discriminação ao longo do tempo. Nas últimas décadas,
houve um aumento na popularidade e divulgação do esporte entre as mulheres, apesar do
progresso, as jogadoras de futebol ainda enfrentam desafio. Porém, futebol feminino continua
a melhorar em direção à igualdade de condições e reconhecimento, proporcionando um
ambiente onde as mulheres brilham no esporte tanto quanto os homens.
Palavras chaves: futebol feminino, futebol, esporte.
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ABSTRACT
This article aims to show gender discrimination, lower difficulties compared to male players,
lack of investment and infrastructure. Football is the most played sport in our country, the
passion that Brazilian women feel when watching a game of their favorite team is remarkable
and this happened to both men and women, but they not only watch, they play! Women's
football in Brazil has experienced significant growth in recent decades, but has also faced
challenges and disparities compared to men's football. It has a history that dates back to the
beginning of the 20th century, but has caused resistance and discrimination over time. In recent
decades, there has been an increase in the popularity and dissemination of the sport among
women, despite progress, football players still face challenges. However, women's football
continues to improve towards equal playing field and recognition, providing an environment
where women shine in the sport as much as men.
Keywords: women's football, football, sport.
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INTRODUÇÃO
Atualmente, dentro do futebol, as mulheres vêm ganhando um pouco mais de
visibilidade, mas nem, sempre foi assim, conforme nos mostra a história da modalidade no país.
No passado, as mulheres eram vistas como frágeis e quando começaram a praticar o esporte
(que até então era reservado somente aos homens), isso trouxe um grande desconforto para as
pessoas da época e o alvoroço de opiniões contrárias foi tanto que determinadas medidas foram
tomadas para impedir as mulheres de jogarem futebol.
É de se questionar a razão de tal restrição, pois é como se o futebol fosse fazer com que
as mulheres perdessem a essência feminina, mas com o passar dos séculos, as mulheres estão
cada vez mais conquistando espaço entre os homens, chegando em níveis nunca esperados; isso
demonstra a força e o poder que adquiriram através dos anos, e não está sendo diferente no
futebol.
O interesse de meninas vem aumentando conforme os anos, mas ainda assim as
chamadas “peneiras” são mais comumente realizadas times pequenos, é difícil ver equipes do
porte de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, darem oportunidades, eles parecem não
sentir vontade de fazer investimentos, porque o futebol feminino talvez não traga a visibilidade
que procuram, ou seja, não tem vantagem alguma.
Isso ainda é constante, apesar do crescimento do esporte feminino no país, frases como
“futebol não é para mulheres” ainda são ouvidas, mas se repararmos, em outras modalidades de
esportes essa diferença já deixou de existir, a única coisa que segue é o respeito quanto ao
gênero, mas por que no futebol não chegou nesse ponto? Em vista da situação acima tratada, a
seguinte questão é: Será que a discriminação tem impactado o futebol feminino para ser tão
diminuído em comparação ao masculino?
Este trabalho visa mostrar o modo como o futebol feminino é desmerecido em muitos
aspectos, a diferença que se tem entre o feminino e o masculino é gigantesca, em questões
salariais, de visibilidade, patrocinadores. A discriminação das mulheres está sempre presente
em tudo o que vão fazer, apesar de terem conseguidos grandes feitos perante os homens, ainda
conseguem ser taxadas como frágeis e sensíveis. O objetivo deste é analisar se existem formas
de melhorias para a modalidade.
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Nesse sentido, são objetivos específicos desse artigo: identificar e diferenciar os tipos
de discriminações dentro da modalidade; verificar e abordar o nascimento do futebol feminino
no Brasil; conhecer e buscar opiniões das jogadoras do esporte; fazer observações com
possíveis pontos pessoais sobre o tema abordado, podendo gerar pesquisas futuras: analisar se
existe alguma política de incentivo ao futebol feminino
O presente trabalho se mostra relevante para refletir sobre o preconceito que as mulheres
ainda sofrem na modalidade esportiva mais popular do país. Afinal, se o esporte, em qualquer
modalidade pode ser instrumento de mudança de vida e de inclusão social, por que não estender
esses benefícios às mulheres? É o que passamos a investigar.
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1 O NASCIMENTO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL
O Brasil tem como esporte favorito o futebol, visto como arte e diferente de outros
países, não é por menos que somos conhecidos como o país do futebol. Uma curiosidade, esse
esporte já foi utilizado como ritual, na China, em 2.600 A.C, onde se utilizavam da cabeça de
seus inimigos para ser chutadas pelas tribos vencedoras
O mesmo chegou ao Brasil em meados do século XIX, trazido da Inglaterra por um
homem cujo nome é Charles Miller, em sua volta para o país trouxe contigo, alguns uniformes,
bolas e as regras do jogo e foi se popularizando por partes, com a chegada dos clubes de futebol.
Bourdieu acreditava que: “O esporte é concebido como uma escola de coragem e virilidade,
capaz de formar o caráter e inculcar a vontade de vencer [...] mas, uma vontade de vencer que
se conforma às regras” (BOURDIEU, 1983, p. 140).
A prática teve sua primeira realização pelo São Paulo Athetic Club, que foi concebido
pelo próprio Charles, com o crescimento da modalidade no país, o remo que era até então o
esporte do momento, foi deixado de lado. Logo, times já existentes viraram times de futebol,
como o Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, na cidade do Rio de janeiro. O primeiro clube
a cobrar por ingressos foi o Fluminense, que em sua partida contou exclusivamente com a
presença do Presidente da República do ano, Rodrigues Alves.
Todavia, de início esse esporte era praticado pelas elites do país, brancos e ricos,
somente por volta de 1923, o clube Vasco e outros times cariocas se juntaram para que
jogadores de pouca renda, negros também pudessem ter a mesma oportunidade que os outros,
com a chegada de Getúlio Vargas o esporte cresceu ainda mais, pelo fato do grande incentivo
do governo.
A modalidade no Brasil, atravessa os gramados, influenciando inclusive na economia e
política, os brasileiros são completamente apaixonados por esse esporte. Vários dizem que o
futebol não é para mulheres, mas estão enganados, muitas delas amam esse esporte tanto quanto
eles e isso só vem aumentando com o passar dos anos.
Os primeiros passos das mulheres no esporte apareceram por volta dos anos 1920,
apesar disso a sua primeira aparição foi na década de 1940, sendo apenas partidas em
periferias, nada grandioso, por serem vistas por maus olhos, no ano seguinte aconteceu a
proibição, pelo CND (Conselho Nacional de Desportos), o texto da lei, trazia exatamente que
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as mulheres não deviriam praticar esportes que não fossem devidamente adequados a sua
natureza.
DECRETO-LEI N. 3.199 - DE 14 DE ABRIL DE 1941
CAPÍTULO IX: DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com
as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional
de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país.
O fim da proibição veio nos anos 1970, porém não houve grandes alterações na prática,
já que as mulheres continuavam sendo mal vistas por clubes e federações, e também carecendo
de qualquer tipo de investimento. Em 1983, finalmente houve a regulamentação da modalidade
e alguns times profissionais começaram a aparecer.
No Brasil, o futebol feminino começou a ser mais visto perto dos anos 2000, devido à
seleção feminina ter conseguido medalhas em jogos olímpicos e ficado em terceiro lugar na
Copa do Mundo. A discriminação quanto às mulheres diminuiu, mas não acabou. Nesse
período, grandes feitos foram realizados por mulheres jogadoras, sendo Marta o exemplo mais
emblemático: a brasileira foi 6 vezes considerada a melhor jogadora do mundo, bateu recordes
de grandes jogadores, e é tido como o “Pelé” do futebol feminino. Mas não escapou ilesa das
discriminações no início da carreira, conforme relata: “Quando eu estava no segundo ano desta
competição de futsal, o treinador da outra equipe disse: ‘se deixar aquela menina jogar vou tirar
meu time’. Aquilo doeu tanto, poxa! Estou fazendo algo de errado?”
A jogadora ainda fez um desabafo depois da eliminadas pela França na Copa do Mundo,
pedindo para que o futebol feminino fosse mais valorizado e apoiado:
É um momento especial e a gente tem que aproveitar. Digo isso no
sentido de valorizar mais. Valorize! A gente pede tanto, pede apoio,
mas a gente também precisa valorizar. A gente está sorrindo aqui e acho
que é esse o primordial, ter que chorar no começo para sorrir no fim.
Quando digo isso é querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar 90
e mais 30 minutos e mais quantos minutos forem necessários. É isso
que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma
Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para
sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para
sorrir no fim.
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A melhor jogadora do mundo por 6 vezes, foi a convidada de honra no prêmio Woman,
que aconteceu em Nova York, e após o seu discurso foi aplaudida por mais de 250 pessoas,
depois de contar das dificuldades que sofreu durante sua carreira.
O preconceito e a falta de oportunidade já me doeram ao longo do meu
caminho. Doeu quando meninos não me deixaram jogar. Doeu quando
treinadores me tiravam dos campeonatos porque eu era apenas uma
menina. Doeu quando deixei minha família com 14 anos de idade para
enfrentar três dias de viagem de ônibus com dinheiro contado no bolso
e ir morar sozinha no Rio de Janeiro para jogar futebol profissional.
Mas minha certeza de onde eu iria chegar nunca me deixou desistir.
A mulher, ao longo de sua história, foi certamente objetificada e tida sob dominação em
sociedades patriarcais. Bourdieu (2002b, p. 82) aborda esse tema muito bem, mostrando como
essa forma dos homens constitui o ser feminino:
A dominação masculina, que constitui as mulheres como objetos
simbólicos, cujo se (esse) é um ser-percebido (percipi), tem por efeito
colocá-las em permanente estado de insegurança corporal, ou melhor,
de dependência simbólica: elas existem primeiro pelo, e para, o olhar
dos outros, ou seja, enquanto objetos receptivos, atraentes, disponíveis.
Delas se espera que sejam “femininas”, isto é, sorridentes, simpáticas,
atenciosas, submissas, discretas, contidas ou até mesmo apagadas. E a
pretensa “feminilidade” muitas vezes não é mais que uma forma de
aquiescência em relação
às
expectativas masculinas, reais ou
supostas, principalmente e, termos de engrandecimento do ego. Em
consequência a dependência em relação aos outros então só aos homens
tende a se tornar constitutiva do seu ser.
Podemos esperar que um dia o futebol feminino seja tão valorizado quanto o masculino?
De fato, não é impossível, mas o que fazer para chegar em um nível alto como o deles? Sobre
o assunto, Marta já opinou.
“Percebemos que o preconceito e o machismo acabam travando
algumas situações que poderiam ajudar no desenvolvimento como,
por exemplo, investir no futebol feminino de maneira que se possa
dar a estrutura necessária para o atleta se dedicar 24 horas como
profissional, assim como acontece no masculino.
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Começamos por enfatizar que a CBF tem um regulamento onde diz que todas as equipes
da primeira divisão do Campeonato Brasileiro Masculino devem ter um time feminino adulto e
pelo menos uma categoria de base.
D.11 – Equipe principal feminina: O Clube Requerente deverá contar
com uma equipe principal feminina ou manter acordo de parceria ou
associação com um clube que mantenha uma equipe feminina principal
estruturada, da melhor forma que puder desenvolver o esporte. Nesse
sentido, o Clube Requerente idealmente proverá as condições
necessárias para o desenvolvimento adequado de referida equipe
principal feminina, como, por exemplo, suporte técnico, seguro saúde,
equipamentos e infraestrutura (campo para treinamento e local para
disputa das partidas oficiais etc.), devendo informar à CBF o orçamento
anual destinado ao futebol feminino. O Clube Requerente deverá
demonstrar que a equipe principal feminina efetivamente disputa
competições oficiais autorizadas pela CBF ou por Federações
Estaduais.
É muito difícil encontrar bases de times femininos, geralmente o que acontece é, por
mais uma vez, as mulheres se provando em frente aos homens, nenhuma delas tem uma
iniciação com os seis 7-8 anos de idade, e quando chegam na adolescência, outra vez não
encontram uma categoria de base para sua idade, o que as leva ao profissional sem nem ao
menos estarem devidamente preparadas para isso.
Outro ponto importante é a falta de visibilidade no futebol feminino, falta investimento.
A mídia é essencial para que isso possa vir a acontecer, antigamente quantos jogos femininos
víamos passar na televisão? Aos poucos isso está mudando, mas para que isso de fato ocorra da
maneira correta, o futebol feminino precisa ser abraçado de verdade, como outros países já
fizeram, sem contar que a CBF precisa dar uma atenção maior a isso, criando categorias que
possam ser competidas.
Há alguns anos, a maior emissora de televisão do Brasil (TV Globo) fechou um contrato
para que os jogos dos times femininos fossem transmitidos em seus canais, não somente a copa
do mundo, e sim, os principais campeonatos da modalidade. Já é um grande passo, apesar de
os horários das partidas não serem flexíveis como são no masculino.
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Com o crescimento da modalidade no Brasil, a FIFA (Federação Internacional do Futebol)
lançou um documento chamado de “Estratégia Global para o Futebol Feminino” pois
acreditavam que seria de grande ajuda para impulsionar o futebol feminino para o profissional.
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2 VISIBILIDADE DA MODALIDADE NA TV ABERTA
Praticamente todos os dias vemos o futebol masculino na tv, seja ele pela manhã, pela
tarde ou noite, mas quantos jogos de futebol feminino conseguimos assistir? A seleção feminina
do Brasil, desde a criação da Copa do Mundo, participou de todas as edições, mas foi por volta
de 2019 que as emissoras começaram a transmitir os jogos.
“Desde sua primeira edição, em 1991, a Copa do Mundo de Futebol Feminino
foi praticamente ignorada pelas grandes emissoras da TV aberta.” (Luana
Torres, formada em Relações Públicas pela ECA)
Na primeira edição do campeonato transmitida pela tv aberta, se destacou com Record
de audiência e também menções nas redes sociais, o que gerou grande visibilidade para a
modalidade. Além do mais, o Ano de 2023 ficou marcado para as narradoras, que tiveram a
oportunidade de narrar jogos da copa do mundo feminina. A presença de narradoras de futebol
na TV aberta ainda não era tão comum, mas a tendência à diversificação nas transmissões
esportivas estava em crescimento. A primeira mulher a narrar uma copa do mundo, foi Renata
Silveira, contratada da TV Globo, que entrou para história com este feito. A narradora de 33
anos, fez sua estreia no jogo da Dinamarca X Tunísia.
"A minha estreia não poderia ser melhor, já que vou narrar um jogo da
Dinamarca, o que torna esse dia ainda mais especial, por ser uma seleção que
conheço muito bem e agora terei a oportunidade de contar uma história bem
diferente daquela da Eurocopa." (Renata Silveira, em entrevista para UOL)
A visibilidade do futebol feminino na televisão tem crescido significativamente nos últimos
anos, com mais emissoras reconhecendo a importância de transmitir e promover o esporte
praticado por mulheres. Diversos canais de TV aberta e por assinatura ao redor do mundo têm
incluído transmissões de partidas de futebol feminino em suas programações. Além das
transmissões de jogos, alguns canais também oferecem programas de destaque, análises e
cobertura dedicada ao futebol feminino. A crescente popularidade da modalidade tem
contribuído para um aumento na oferta de conteúdo televisivo relacionado ao esporte.
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3 PRÁTICAS DE INCENTIVO AO FUTEBOL FEMININO
No Mato Grosso do Sul, foi criado um programa de incentivo a pratica do futebol
feminino, e na verdade, ele abrange muito mais do que somente o futebol feminino, como
também várias outras modalidades do esporte: society, futebol de areia, futsal. Com isso eles
fazem a divulgação de torneios e campeonatos, além de darem o espaço adequado para que eles
aconteçam, o diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer do Estado, acredita que com
isso poderá se ter uma igualdade de gênero mais ampla.
Temos ações em 72 cidades do Estado que também visam o público
feminino, que incentivam mulheres como praticantes de esportes no
geral. Mas, através de lei, o projeto que prioriza o gênero feminino
fortalece ainda mais a presença delas em um esporte tão importante para
o país.
A CMULHER aprovou o projeto lei 1484/2019 onde visa que um porcentual de 10%
das empresas públicas seja destinado a organização e base de times profissionais femininos.
Liziane Bayer, deputada e criadora do projeto, depois de agradecer sua aprovação ainda fez um
comentário, onde afirma que as jogadoras não possuem o mesmo incentivo que os jogadores.
Segundo ela “jogadoras muitas vezes não conseguem competir com uma maior igualdade de
oportunidade por não terem incentivos financeiros”.
Aos poucos estão aparecendo projetos de leis, que querem ajudar o futebol feminino a
crescer ainda mais para chegar em um nível próximo ao masculino, acabar com o machismo e
o preconceito existente dentro do esporte, mostrar que o futebol não é apenas para homem. O
mais recente ato de preconceito que aconteceu dentro do esporte, ocorreu com uma jogadora de
13 anos, Giovana, que joga pelas categorias de base do Botafogo, no Rio de Janeiro, sendo ela
a única menina do time, estando ainda entre os artilheiros. Em uma das partidas do Campeonato
que estava disputando, infelizmente acabou sofrendo preconceito. “Futebol é para homem”,
disse um homem que estava na arquibancada. O jogo seguiu e depois de uma falta acabou tendo
uma fratura na clavícula por ter caído de mal jeito. A mãe da jogadora, Jaqueline Waskman,
ainda afirma...
“O problema em si não é a falta sofrida, porque isso faz parte do esporte
e ela está pronta e preparada para isso. O problema é como as pessoas
encaram o fato, com naturalidade, como uma normalidade e com as
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falas inadequadas, ressaltando o tempo inteiro que futebol não é para
meninas”. - Jaqueline Waskman.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho se dedicou a investigar o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil
e as dificuldades enfrentadas pela modalidade. O que se nota é que, desde que o futebol chegou
ao Brasil, as mulheres têm enfrentado inúmeros desafios para poder se dedicar a esse esporte,
passando por discriminações e falta de incentivo, seja de clubes, seja do Estado.
Os times que vêm nascendo em cidades do interior, sejam eles de campo, quadra ou
society, para promoverem suas atividades e a presença do público em seus jogos, fazem
publicidade de suas atividades nas redes sociais, divulgando calendários de jogos, campeonatos
e resultados das partidas, compartilhando tudo com quem gosta e apoia o esporte. Em algumas
cidades, o futebol feminino ainda pode contar com a ajuda da prefeitura local, que
disponibilizam o transporte até outras cidades para jogarem, e às vezes até uniformes, bolas e e
local para treino; ou seja, os times acabam representando sua cidade nos campeonatos que
participam.
As mulheres já se emanciparam do ponto de vista jurídico e social, e não há nada que as
impeça de praticar qualquer esporte, incluindo o futebol. O futebol feminino tem grande
potencial; e é muito importante também ver as mulheres se incluindo nesse esporte, com graça,
delicadeza, garra, confiança e não menos importante, talento! Existem jogadoras muito
habilidosas, conhecidas mundialmente e certamente há aquelas que não são conhecidas e estão
escondidas em vários lugares pelo mundo, apenas esperando uma oportunidade.
Nesse sentido, o que se concluiu é que ao futebol feminino não faltam profissionais:
sejam elas profissionais, amadoras, aspirantes, sejam elas jogadoras, técnicas ou preparadoras
físicas. Ao futebol feminino no Brasil, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda se sente a
ausência de apoio e incentivo. O esporte é um importante mecanismo de inclusão social. Ele
proporciona saúde, disciplina, autoestima, ensina valores éticos e muda a vida das pessoas nos
mais diversos sentidos. Propiciar investimentos ao futebol feminino certamente trará muitos
benefícios não somente para que o pratica, mas também para a sociedade como um todo.
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REFERÊNCIAS
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18
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A Europa consolida-se como potência do futebol feminino através de um investimento massivo, com a UEFA destinando entre €1 a 2 bilhões para o projeto "Unstoppable" até 2030, visando a criação de seis ligas profissionais e o desenvolvimento da infraestrutura da modalidade. Esse investimento impulsiona a profissionalização, o crescimento do público e o aumento da receita comercial, com previsões de que o valor de mercado do futebol feminino europeu alcance €686 milhões até 2033, atraindo mais investidores e torcedores aos estádios.
Investimento da UEFA: O projeto "Unstoppable", com investimento de €1 bilhão, busca criar seis ligas profissionais e profissionalizar cerca de 5 mil jogadoras no continente até 2030.
Aumento de Ligas Profissionais: A estratégia da UEFA é aumentar o número de ligas profissionais nas federações filiadas para tornar o futebol feminino mais sustentável e atraente para investimentos.
Crescimento da Participação: A participação no futebol feminino tem aumentado significativamente na Europa, com a França (150%), Espanha (95%) e Reino Unido (24%) registrando os maiores aumentos desde 2019.
Aumento da Receita: O futebol feminino europeu tem registrado um aumento substancial nas receitas, impulsionado pelo novo formato da Liga dos Campeões Feminina, que permite a comercialização conjunta de direitos de TV e patrocínio.
Sustentabilidade Financeira: A iniciativa da UEFA tem a potencialização da Europa como o principal centro de futebol feminino do planeta, tornando a modalidade mais atrativa para investimentos.
Potencial de Negócios: As projeções da Deloitte indicam um crescimento contínuo na receita dos clubes e ligas femininas, alcançando um valor de mercado de €686 milhões até 2033.
Popularidade e Público: Há um aumento significativo no interesse pelo futebol feminino, com a base de fãs global projetada para crescer para mais de 800 milhões até 2030.
Referência Global: Com esses avanços, a Europa busca desbancar os Estados Unidos e se consolidar como o principal centro do futebol feminino mundial.
Suporte de Star-Players: Grandes nomes do futebol feminino, como Ada Hegerberg e Aitana Bonmatí, apoiam as iniciativas da UEFA, destacando a importância de um futuro sustentável para a modalidade.
Confira a noticia no LANCE.               .https://www.lance.com.br/
Por algum lugar. Temos que começar no Brasil. O governo está correto.
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Imagem ; Site Oficial da Da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol
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