sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Futebol Feminino.

CENTRO UNIVERSITÁRIO AMPARENSE - UNIFIA 

GRADUAÇÃO EM DIREITO 

Larissa Aparecida da Silva Camilotti 

O FUTEBOL FEMININO NO BRASIL 

Amparo/SP 

2023 

Larissa Aparecida da Silva Camilotti 

RA: 4622727 

O Futebol Feminino no Brasil 

Artigo científico apresentado ao Curso de 

Direito do Centro Universitário Amparense - UNIFIA como requisito para a obtenção do 

título de Bacharel em Direito.  

Orientadora:  Prof. Dra. Ana Silvia Marcatto 

Begalli 

Amparo/SP 

2023       

“Lute contra quem diz que você não pode.” 

(Marta Silva) 

 

SUMÁRIO 

 

 

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 7 

1 O NASCIMENTO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL ...................................................... 9 

2 VISIBILIDADE DA MODALIDADE NA TV ABERTA ............................................................. 14 

3 PRÁTICAS DE INCENTIVO AO FUTEBOL FEMININO ........................................................ 15 

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 17 

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 18 


 RESUMO 

Este artigo visa mostrar a discriminação de gênero, dificuldades mais baixas em comparação 

com os jogadores masculinos, falta de investimento e infraestrutura. O futebol é o esporte mais 

praticado no nosso país, é notável a paixão que os brasileiros sentem ao assistir um jogo do seu 

time do coração e isso aconteceu tanto com os homens quanto com as mulheres, mas elas não 

apenas assistem, como jogam! O futebol feminino no Brasil experimentou um crescimento 

significativo nas últimas décadas, mas também enfrentou desafios e disparidades em 

comparação com o futebol masculino. O mesmo tem uma história que remonta ao início do 

século 20, mas causou resistência e discriminação ao longo do tempo. Nas últimas décadas, 

houve um aumento na popularidade e divulgação do esporte entre as mulheres, apesar do 

progresso, as jogadoras de futebol ainda enfrentam desafio. Porém, futebol feminino continua 

a melhorar em direção à igualdade de condições e reconhecimento, proporcionando um 

ambiente onde as mulheres brilham no esporte tanto quanto os homens. 

Palavras chaves: futebol feminino, futebol, esporte. 

ABSTRACT 

This article aims to show gender discrimination, lower difficulties compared to male players, 

lack of investment and infrastructure. Football is the most played sport in our country, the 

passion that Brazilian women feel when watching a game of their favorite team is remarkable 

and this happened to both men and women, but they not only watch, they play! Women's 

football in Brazil has experienced significant growth in recent decades, but has also faced 

challenges and disparities compared to men's football. It has a history that dates back to the 

beginning of the 20th century, but has caused resistance and discrimination over time. In recent 

decades, there has been an increase in the popularity and dissemination of the sport among 

women, despite progress, football players still face challenges. However, women's football 

continues to improve towards equal playing field and recognition, providing an environment 

where women shine in the sport as much as men. 

Keywords: women's football, football, sport. 

INTRODUÇÃO 

Atualmente, dentro do futebol, as mulheres vêm ganhando um pouco mais de 

visibilidade, mas nem, sempre foi assim, conforme nos mostra a história da modalidade no país. 

No passado, as mulheres eram vistas como frágeis e quando começaram a praticar o esporte 

(que até então era reservado somente aos homens), isso trouxe um grande desconforto para as 

pessoas da época e o alvoroço de opiniões contrárias foi tanto que determinadas medidas foram 

tomadas para impedir as mulheres de jogarem futebol. 

É de se questionar a razão de tal restrição, pois é como se o futebol fosse fazer com que 

as mulheres perdessem a essência feminina, mas com o passar dos séculos, as mulheres estão 

cada vez mais conquistando espaço entre os homens, chegando em níveis nunca esperados; isso 

demonstra a força e o poder que adquiriram através dos anos, e não está sendo diferente no 

futebol. 

O interesse de meninas vem aumentando conforme os anos, mas ainda assim as 

chamadas “peneiras” são mais comumente realizadas times pequenos, é difícil ver equipes do 

porte de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, darem oportunidades, eles parecem não 

sentir vontade de fazer investimentos, porque o futebol feminino talvez não traga a visibilidade 

que procuram, ou seja, não tem vantagem alguma. 

Isso ainda é constante, apesar do crescimento do esporte feminino no país, frases como 

“futebol não é para mulheres” ainda são ouvidas, mas se repararmos, em outras modalidades de 

esportes essa diferença já deixou de existir, a única coisa que segue é o respeito quanto ao 

gênero, mas por que no futebol não chegou nesse ponto?  Em vista da situação acima tratada, a 

seguinte questão é: Será que a discriminação tem impactado o futebol feminino para ser tão 

diminuído em comparação ao masculino? 

Este trabalho visa mostrar o modo como o futebol feminino é desmerecido em muitos 

aspectos, a diferença que se tem entre o feminino e o masculino é gigantesca, em questões 

salariais, de visibilidade, patrocinadores. A discriminação das mulheres está sempre presente 

em tudo o que vão fazer, apesar de terem conseguidos grandes feitos perante os homens, ainda 

conseguem ser taxadas como frágeis e sensíveis. O objetivo deste é analisar se existem formas 

de melhorias para a modalidade.  

Nesse sentido, são objetivos específicos desse artigo: identificar e diferenciar os tipos 

de discriminações dentro da modalidade; verificar e abordar o nascimento do futebol feminino 

no Brasil; conhecer e buscar opiniões das jogadoras do esporte; fazer observações com 

possíveis pontos pessoais sobre o tema abordado, podendo gerar pesquisas futuras: analisar se 

existe alguma política de incentivo ao futebol feminino 

O presente trabalho se mostra relevante para refletir sobre o preconceito que as mulheres 

ainda sofrem na modalidade esportiva mais popular do país. Afinal, se o esporte, em qualquer 

modalidade pode ser instrumento de mudança de vida e de inclusão social, por que não estender 

esses benefícios às mulheres? É o que passamos a investigar. 

1 O NASCIMENTO DO FUTEBOL FEMININO NO BRASIL  

O Brasil tem como esporte favorito o futebol, visto como arte e diferente de outros 

países, não é por menos que somos conhecidos como o país do futebol. Uma curiosidade, esse 

esporte já foi utilizado como ritual, na China, em 2.600 A.C, onde se utilizavam da cabeça de 

seus inimigos para ser chutadas pelas tribos vencedoras 

O mesmo chegou ao Brasil em meados do século XIX, trazido da Inglaterra por um 

homem cujo nome é Charles Miller, em sua volta para o país trouxe contigo, alguns uniformes, 

bolas e as regras do jogo e foi se popularizando por partes, com a chegada dos clubes de futebol. 

Bourdieu acreditava que: “O esporte é concebido como uma escola de coragem e virilidade, 

capaz de formar o caráter e inculcar a vontade de vencer [...] mas, uma vontade de vencer que 

se conforma às regras” (BOURDIEU, 1983, p. 140). 

A prática teve sua primeira realização pelo São Paulo Athetic Club, que foi concebido 

pelo próprio Charles, com o crescimento da modalidade no país, o remo que era até então o 

esporte do momento, foi deixado de lado. Logo, times já existentes viraram times de futebol, 

como o Flamengo, Vasco da Gama e Botafogo, na cidade do Rio de janeiro. O primeiro clube 

a cobrar por ingressos foi o Fluminense, que em sua partida contou exclusivamente com a 

presença do Presidente da República do ano, Rodrigues Alves.  

Todavia, de início esse esporte era praticado pelas elites do país, brancos e ricos, 

somente por volta de 1923, o clube Vasco e outros times cariocas se juntaram para que 

jogadores de pouca renda, negros também pudessem ter a mesma oportunidade que os outros, 

com a chegada de Getúlio Vargas o esporte cresceu ainda mais, pelo fato do grande incentivo 

do governo.  

A modalidade no Brasil, atravessa os gramados, influenciando inclusive na economia e 

política, os brasileiros são completamente apaixonados por esse esporte. Vários dizem que o 

futebol não é para mulheres, mas estão enganados, muitas delas amam esse esporte tanto quanto 

eles e isso só vem aumentando com o passar dos anos.  

Os primeiros passos das mulheres no esporte apareceram por volta dos anos 1920, 

apesar disso a sua primeira aparição foi na década de 1940, sendo apenas partidas em 

periferias, nada grandioso, por serem vistas por maus olhos, no ano seguinte aconteceu a 

proibição, pelo CND (Conselho Nacional de Desportos), o texto da lei, trazia exatamente que 

as mulheres não deviriam praticar esportes que não fossem devidamente adequados a sua 

natureza.  

DECRETO-LEI N. 3.199 - DE 14 DE ABRIL DE 1941 

CAPÍTULO IX: DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS 

Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com 

as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional 

de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país. 

O fim da proibição veio nos anos 1970, porém não houve grandes alterações na prática, 

já que as mulheres continuavam sendo mal vistas por clubes e federações, e também carecendo 

de qualquer tipo de investimento. Em 1983, finalmente houve a regulamentação da modalidade 

e alguns times profissionais começaram a aparecer. 

No Brasil, o futebol feminino começou a ser mais visto perto dos anos 2000, devido à 

seleção feminina ter conseguido medalhas em jogos olímpicos e ficado em terceiro lugar na 

Copa do Mundo. A discriminação quanto às mulheres diminuiu, mas não acabou. Nesse 

período, grandes feitos foram realizados por mulheres jogadoras, sendo Marta o exemplo mais 

emblemático: a brasileira foi 6 vezes considerada a melhor jogadora do mundo, bateu recordes 

de grandes jogadores, e é tido como o “Pelé” do futebol feminino. Mas não escapou ilesa das 

discriminações no início da carreira, conforme relata: “Quando eu estava no segundo ano desta 

competição de futsal, o treinador da outra equipe disse: ‘se deixar aquela menina jogar vou tirar 

meu time’. Aquilo doeu tanto, poxa! Estou fazendo algo de errado?”  

A jogadora ainda fez um desabafo depois da eliminadas pela França na Copa do Mundo, 

pedindo para que o futebol feminino fosse mais valorizado e apoiado:  

É um momento especial e a gente tem que aproveitar. Digo isso no 

sentido de valorizar mais. Valorize! A gente pede tanto, pede apoio, 

mas a gente também precisa valorizar. A gente está sorrindo aqui e acho 

que é esse o primordial, ter que chorar no começo para sorrir no fim. 

Quando digo isso é querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar 90 

e mais 30 minutos e mais quantos minutos forem necessários. É isso 

que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma 

Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para 

sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para 

sorrir no fim. 

10 

A melhor jogadora do mundo por 6 vezes, foi a convidada de honra no prêmio Woman, 

que aconteceu em Nova York, e após o seu discurso foi aplaudida por mais de 250 pessoas, 

depois de contar das dificuldades que sofreu durante sua carreira.   

O preconceito e a falta de oportunidade já me doeram ao longo do meu 

caminho. Doeu quando meninos não me deixaram jogar. Doeu quando 

treinadores me tiravam dos campeonatos porque eu era apenas uma 

menina. Doeu quando deixei minha família com 14 anos de idade para 

enfrentar três dias de viagem de ônibus com dinheiro contado no bolso 

e ir morar sozinha no Rio de Janeiro para jogar futebol profissional. 

Mas minha certeza de onde eu iria chegar nunca me deixou desistir. 

A mulher, ao longo de sua história, foi certamente objetificada e tida sob dominação em 

sociedades patriarcais. Bourdieu (2002b, p. 82) aborda esse tema muito bem, mostrando como 

essa forma dos homens constitui o ser feminino:  

A dominação masculina, que constitui as mulheres como objetos 

simbólicos, cujo se (esse) é um ser-percebido (percipi), tem por efeito 

colocá-las em permanente estado de insegurança corporal, ou melhor, 

de dependência simbólica: elas existem primeiro pelo, e para, o olhar 

dos outros, ou seja, enquanto objetos receptivos, atraentes, disponíveis.  

Delas se espera que sejam “femininas”, isto é, sorridentes, simpáticas, 

atenciosas, submissas, discretas, contidas ou até mesmo apagadas. E a 

pretensa “feminilidade” muitas vezes não é mais que uma forma de 

aquiescência em relação   

às   

expectativas masculinas, reais ou 

supostas, principalmente e, termos de engrandecimento do ego. Em 

consequência a dependência em relação aos outros então só aos homens 

tende a se tornar constitutiva do seu ser. 

Podemos esperar que um dia o futebol feminino seja tão valorizado quanto o masculino? 

De fato, não é impossível, mas o que fazer para chegar em um nível alto como o deles? Sobre 

o assunto, Marta já opinou. 

“Percebemos que o preconceito e o machismo acabam travando 

algumas situações que poderiam ajudar no desenvolvimento como, 

por exemplo, investir no futebol feminino de maneira que se possa 

dar a estrutura necessária para o atleta se dedicar 24 horas como 

profissional, assim como acontece no masculino. 

11 

Começamos por enfatizar que a CBF tem um regulamento onde diz que todas as equipes 

da primeira divisão do Campeonato Brasileiro Masculino devem ter um time feminino adulto e 

pelo menos uma categoria de base.  

D.11 – Equipe principal feminina: O Clube Requerente deverá contar 

com uma equipe principal feminina ou manter acordo de parceria ou 

associação com um clube que mantenha uma equipe feminina principal 

estruturada, da melhor forma que puder desenvolver o esporte. Nesse 

sentido, o Clube Requerente idealmente proverá as condições 

necessárias para o desenvolvimento adequado de referida equipe 

principal feminina, como, por exemplo, suporte técnico, seguro saúde, 

equipamentos e infraestrutura (campo para treinamento e local para 

disputa das partidas oficiais etc.), devendo informar à CBF o orçamento 

anual destinado ao futebol feminino. O Clube Requerente deverá 

demonstrar que a equipe principal feminina efetivamente disputa 

competições oficiais autorizadas pela CBF ou por Federações 

Estaduais. 

É muito difícil encontrar bases de times femininos, geralmente o que acontece é, por 

mais uma vez, as mulheres se provando em frente aos homens, nenhuma delas tem uma 

iniciação com os seis 7-8 anos de idade, e quando chegam na adolescência, outra vez não 

encontram uma categoria de base para sua idade, o que as leva ao profissional sem nem ao 

menos estarem devidamente preparadas para isso.  

Outro ponto importante é a falta de visibilidade no futebol feminino, falta investimento. 

A mídia é essencial para que isso possa vir a acontecer, antigamente quantos jogos femininos 

víamos passar na televisão? Aos poucos isso está mudando, mas para que isso de fato ocorra da 

maneira correta, o futebol feminino precisa ser abraçado de verdade, como outros países já 

fizeram, sem contar que a CBF precisa dar uma atenção maior a isso, criando categorias que 

possam ser competidas.  

Há alguns anos, a maior emissora de televisão do Brasil (TV Globo) fechou um contrato 

para que os jogos dos times femininos fossem transmitidos em seus canais, não somente a copa 

do mundo, e sim, os principais campeonatos da modalidade. Já é um grande passo, apesar de 

os horários das partidas não serem flexíveis como são no masculino. 

12 

Com o crescimento da modalidade no Brasil, a FIFA (Federação Internacional do Futebol) 

lançou um documento chamado de “Estratégia Global para o Futebol Feminino” pois 

acreditavam que seria de grande ajuda para impulsionar o futebol feminino para o profissional.  

13 

2 VISIBILIDADE DA MODALIDADE NA TV ABERTA 

Praticamente todos os dias vemos o futebol masculino na tv, seja ele pela manhã, pela 

tarde ou noite, mas quantos jogos de futebol feminino conseguimos assistir? A seleção feminina 

do Brasil, desde a criação da Copa do Mundo, participou de todas as edições, mas foi por volta 

de 2019 que as emissoras começaram a transmitir os jogos.  

“Desde sua primeira edição, em 1991, a Copa do Mundo de Futebol Feminino 

foi praticamente ignorada pelas grandes emissoras da TV aberta.” (Luana 

Torres, formada em Relações Públicas pela ECA) 

Na primeira edição do campeonato transmitida pela tv aberta, se destacou com Record 

de audiência e também menções nas redes sociais, o que gerou grande visibilidade para a 

modalidade. Além do mais, o Ano de 2023 ficou marcado para as narradoras, que tiveram a 

oportunidade de narrar jogos da copa do mundo feminina. A presença de narradoras de futebol 

na TV aberta ainda não era tão comum, mas a tendência à diversificação nas transmissões 

esportivas estava em crescimento. A primeira mulher a narrar uma copa do mundo, foi Renata 

Silveira, contratada da TV Globo, que entrou para história com este feito. A narradora de 33 

anos, fez sua estreia no jogo da Dinamarca X Tunísia.  

"A minha estreia não poderia ser melhor, já que vou narrar um jogo da 

Dinamarca, o que torna esse dia ainda mais especial, por ser uma seleção que 

conheço muito bem e agora terei a oportunidade de contar uma história bem 

diferente daquela da Eurocopa." (Renata Silveira, em entrevista para UOL)  

A visibilidade do futebol feminino na televisão tem crescido significativamente nos últimos 

anos, com mais emissoras reconhecendo a importância de transmitir e promover o esporte 

praticado por mulheres. Diversos canais de TV aberta e por assinatura ao redor do mundo têm 

incluído transmissões de partidas de futebol feminino em suas programações. Além das 

transmissões de jogos, alguns canais também oferecem programas de destaque, análises e 

cobertura dedicada ao futebol feminino. A crescente popularidade da modalidade tem 

contribuído para um aumento na oferta de conteúdo televisivo relacionado ao esporte. 

14 

3 PRÁTICAS DE INCENTIVO AO FUTEBOL FEMININO 

No Mato Grosso do Sul, foi criado um programa de incentivo a pratica do futebol 

feminino, e na verdade, ele abrange muito mais do que somente o futebol feminino, como 

também várias outras modalidades do esporte: society, futebol de areia, futsal. Com isso eles 

fazem a divulgação de torneios e campeonatos, além de darem o espaço adequado para que eles 

aconteçam, o diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer do Estado, acredita que com 

isso poderá se ter uma igualdade de gênero mais ampla.  

Temos ações em 72 cidades do Estado que também visam o público 

feminino, que incentivam mulheres como praticantes de esportes no 

geral. Mas, através de lei, o projeto que prioriza o gênero feminino 

fortalece ainda mais a presença delas em um esporte tão importante para 

o país. 

A CMULHER aprovou o projeto lei 1484/2019 onde visa que um porcentual de 10% 

das empresas públicas seja destinado a organização e base de times profissionais femininos. 

Liziane Bayer, deputada e criadora do projeto, depois de agradecer sua aprovação ainda fez um 

comentário, onde afirma que as jogadoras não possuem o mesmo incentivo que os jogadores. 

Segundo ela “jogadoras muitas vezes não conseguem competir com uma maior igualdade de 

oportunidade por não terem incentivos financeiros”.  

Aos poucos estão aparecendo projetos de leis, que querem ajudar o futebol feminino a 

crescer ainda mais para chegar em um nível próximo ao masculino, acabar com o machismo e 

o preconceito existente dentro do esporte, mostrar que o futebol não é apenas para homem.  O 

mais recente ato de preconceito que aconteceu dentro do esporte, ocorreu com uma jogadora de 

13 anos, Giovana, que joga pelas categorias de base do Botafogo, no Rio de Janeiro, sendo ela 

a única menina do time, estando ainda entre os artilheiros. Em uma das partidas do Campeonato 

que estava disputando, infelizmente acabou sofrendo preconceito. “Futebol é para homem”, 

disse um homem que estava na arquibancada. O jogo seguiu e depois de uma falta acabou tendo 

uma fratura na clavícula por ter caído de mal jeito. A mãe da jogadora, Jaqueline Waskman, 

ainda afirma... 

“O problema em si não é a falta sofrida, porque isso faz parte do esporte 

e ela está pronta e preparada para isso. O problema é como as pessoas 

encaram o fato, com naturalidade, como uma normalidade e com as 

15 

falas inadequadas, ressaltando o tempo inteiro que futebol não é para 

meninas”. - Jaqueline Waskman. 

16 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Esse trabalho se dedicou a investigar o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil 

e as dificuldades enfrentadas pela modalidade. O que se nota é que, desde que o futebol chegou 

ao Brasil, as mulheres têm enfrentado inúmeros desafios para poder se dedicar a esse esporte, 

passando por discriminações e falta de incentivo, seja de clubes, seja do Estado. 

Os times que vêm nascendo em cidades do interior, sejam eles de campo, quadra ou 

society, para promoverem suas atividades e a presença do público em seus jogos, fazem 

publicidade de suas atividades nas redes sociais, divulgando calendários de jogos, campeonatos 

e resultados das partidas, compartilhando tudo com quem gosta e apoia o esporte. Em algumas 

cidades, o futebol feminino ainda pode contar com a ajuda da prefeitura local, que 

disponibilizam o transporte até outras cidades para jogarem, e às vezes até uniformes, bolas e e 

local para treino; ou seja, os times acabam representando sua cidade nos campeonatos que 

participam.  

As mulheres já se emanciparam do ponto de vista jurídico e social, e não há nada que as 

impeça de praticar qualquer esporte, incluindo o futebol. O futebol feminino tem grande 

potencial; e é muito importante também ver as mulheres se incluindo nesse esporte, com graça, 

delicadeza, garra, confiança e não menos importante, talento! Existem jogadoras muito 

habilidosas, conhecidas mundialmente e certamente há aquelas que não são conhecidas e estão 

escondidas em vários lugares pelo mundo, apenas esperando uma oportunidade. 

Nesse sentido, o que se concluiu é que ao futebol feminino não faltam profissionais: 

sejam elas profissionais, amadoras, aspirantes, sejam elas jogadoras, técnicas ou preparadoras 

físicas. Ao futebol feminino no Brasil, apesar dos avanços dos últimos anos, ainda se sente a 

ausência de apoio e incentivo. O esporte é um importante mecanismo de inclusão social. Ele 

proporciona saúde, disciplina, autoestima, ensina valores éticos e muda a vida das pessoas nos 

mais diversos sentidos. Propiciar investimentos ao futebol feminino certamente trará muitos 

benefícios não somente para que o pratica, mas também para a sociedade como um todo.  

17 

REFERÊNCIAS 

em 

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Disponível 

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https://efdeportes.com/efd180/preconceito-no-futebol

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CHAMUSCA, Fernanda - O futebol feminino e as novas normativas de proteção à mulher 

atleta. Disponível em www https://correiodoestado.com.br/cidades/para-incentivar

futebol-feminino-programa-oferece-apoio-as-praticantes-do-esporte-no-estado/365129. 

Acesso em 20 de out. 2022. 

FERRARI, Murillo - Preconceito e machismo travam desenvolvimento do futebol 

feminino, diz Marta. Disponível em www https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/preconceito

e-machismo-travam-desenvolvimento-do-futebol-feminino-diz-marta/. Acesso em 19 de nov. 

2022. 

FRANCO, 

Giullya - 

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www 

https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/historia-do-futebol.htm. Acesso em 26 de nov. 

2022. 

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Disponível em www https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/07/jogadora-de

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HUNGRIA, Camila - Como combater preconceitos e estereótipos de gênero no esporte? 

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18 

LOPES, Rosiane - Pesquisa aborda visibilidade do futebol feminino e histórico de 

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departamento-de-relacoes-publicas-propaganda-e-turismo/pesquisa-aborda-visibilidade

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 ras%20Globo%20e%20Bandeirantes. Acesso em 12 de nov. 2023. 

MAURÍCIO, Professor - Dias história do futebol feminino. Disponível em www 

https://interativos.ge.globo.com/futebol/selecao-brasileira/especial/historia-do-futebol-femini 

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MENDONÇA, Renata - O futebol feminino é chato? Disponível em www 

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Acesso em 19 de nov. 2022. 

NEVES 

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Daniel – 

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Disponível 

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https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/educacao-fisica/futebol-2.htm. Acesso em 25 de set. 

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OSCAR, Blog - Futebol feminino – Uma história sobre garra e quebra de tabus. Disponível 

em www https://blog.oscarcalcados.com.br/historia-do-futebol-feminino/. Acesso em 26 de 

nov. 2022. 

TARRISSE, Ana - Preconceito dentro e fora de campo: a desvalorização do futebol 

feminino no Brasil. Disponível em www https://centralsul.org/2021/o-preconceito-dentro-e

fora-de-campo-a-desvalorizacao-do-futeb ol-feminino-no-brasil/. Acesso em: 24 de set. 2022.  O artigo da autora Larissa Aparecida da Silva Camilotti 

A Europa consolida-se como potência do futebol feminino através de um investimento massivo, com a UEFA destinando entre  €1  a 2 bilhões  para o projeto "Unstoppable" até 2030, visando a criação de seis ligas profissionais e o desenvolvimento da infraestrutura da modalidade. Esse investimento impulsiona a profissionalização, o crescimento do público e o aumento da receita comercial, com previsões de que o valor de mercado do futebol feminino europeu alcance €686 milhões até 2033, atraindo mais investidores e torcedores aos estádios. 

Investimento da UEFA: O projeto "Unstoppable", com investimento de €1 bilhão, busca criar seis ligas profissionais e profissionalizar cerca de 5 mil jogadoras no continente até 2030. 

Aumento de Ligas Profissionais: A estratégia da UEFA é aumentar o número de ligas profissionais nas federações filiadas para tornar o futebol feminino mais sustentável e atraente para investimentos. 

Crescimento da Participação: A participação no futebol feminino tem aumentado significativamente na Europa, com a França (150%), Espanha (95%) e Reino Unido (24%) registrando os maiores aumentos desde 2019. 

Aumento da Receita: O futebol feminino europeu tem registrado um aumento substancial nas receitas, impulsionado pelo novo formato da Liga dos Campeões Feminina, que permite a comercialização conjunta de direitos de TV e patrocínio. 

Sustentabilidade Financeira: A iniciativa da UEFA tem a potencialização da  Europa como o principal centro de futebol feminino do planeta, tornando a modalidade mais atrativa para investimentos. 

Potencial de Negócios: As projeções da Deloitte indicam um crescimento contínuo na receita dos clubes e ligas femininas, alcançando um valor de mercado de €686 milhões até 2033. 

Popularidade e Público: Há um aumento significativo no interesse pelo futebol feminino, com a base de fãs global projetada para crescer para mais de 800 milhões até 2030. 

Referência Global: Com esses avanços, a Europa busca desbancar os Estados Unidos e se consolidar como o principal centro do futebol feminino mundial. 

Suporte de Star-Players: Grandes nomes do futebol feminino, como Ada Hegerberg e Aitana Bonmatí, apoiam as iniciativas da UEFA, destacando a importância de um futuro sustentável para a modalidade. 

Confira a noticia no LANCE.               .https://www.lance.com.br/futebol-feminino/governo-encaminha-pl-futebol-feminino-camara-deputados.html

Por algum lugar. Temos que começar no Brasil. O governo está correto.

 Confira os campeões de todos os campeonatos de futebol no Brasil e no mundo. No Site campeões do futebol.   https://www.campeoesdofutebol.com.br/competicoes.html

Confira os canais do site campeões do futebol.https://www.campeoesdofutebol.com.br/canais.html


Imagem ; Site Oficial da Da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol 





 


 
 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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