quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Fator econômico.

 Confira a reportagem no UOL                            https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/rodrigo-mattos/2025/10/23/em-crise-clubes-pedem-que-cbf-reassuma-serie-b-e-recebem-auxilio.htm

O fator econômico é fundamental para a sobrevivência e competitividade dos clubes de futebol, influenciando diretamente o desempenho em campo. A saúde financeira dos times é determinada pela sua capacidade de gerar receitas e gerir despesas de forma eficiente, algo que ainda é um grande desafio para muitos clubes brasileiros, que frequentemente acumulam dívidas significativas. 

Principais fontes de receita

Direitos de transmissão: Representam a maior fonte de renda para a maioria dos clubes brasileiros, superando até mesmo a venda de jogadores. Esses valores vêm de contratos com empresas de comunicação que transmitem os jogos.

Negociação de jogadores: A venda de atletas é crucial para a saúde financeira dos clubes, especialmente os de menor porte. A porcentagem de receita gerada pode variar entre 10% e 30% do faturamento total. O desenvolvimento de novos talentos nas categorias de base é uma estratégia importante para garantir essa receita.

Publicidade e patrocínios: Acordos com patrocinadores e fornecedores de material esportivo geram valores significativos para os clubes.

Receitas de match day: Incluem a bilheteria e a exploração do estádio. Em 2023, o Flamengo liderou as maiores rendas de bilheteria do Campeonato Brasileiro.

Programas de sócio-torcedor: A participação dos torcedores nos programas de sócio-torcedor tem se mostrado fundamental para as finanças dos clubes. Em 2023, a receita com sócios-torcedores da Série A cresceu 72%, com Corinthians, Flamengo, Internacional, Grêmio e Palmeiras sendo os principais arrecadadores. 

Desafios e desafios financeiros

Endividamento: Muitos clubes brasileiros lutam contra altas dívidas, que podem comprometer a estabilidade financeira e a capacidade de investimento. Em 2025, o Corinthians liderou o ranking dos clubes mais endividados do Brasil, seguido por Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco e São Paulo.

Custo de pessoal: Salários de jogadores e comissão técnica representam uma das maiores despesas dos clubes. Uma má gestão desses custos pode levar a déficits financeiros.

Gestão financeira ineficiente: A falta de organização financeira e a dependência de receitas não recorrentes, como a venda de jogadores, para cobrir custos operacionais recorrentes, é um problema comum. 

Tendências e inovações econômicas

Sociedade Anônima do Futebol (SAF): A criação da SAF permite que os clubes se transformem em empresas, com ações que podem ser adquiridas por investidores. Esse modelo atrai capital externo e pode melhorar a gestão financeira, mas sua eficácia depende da administração.

Diversificação de receitas: Há um crescente esforço para diversificar as fontes de receita, explorando o potencial de marketing digital e novas parcerias comerciais.

Fair play financeiro: A CBF tem trabalhado na implementação de um modelo de fair play financeiro para promover uma gestão mais responsável entre os clubes. Segundo especialistas nos veiculos de imprensa no Brasil.

Confira o artigo dos autores MARKE GEISY DA SILVA DANTAS 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

YURI GOMES PAIVA AZEVEDO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

CHRISTIANE LARISSA DUARTE DO NASCIMENTO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte na Universidade de São Paulo.

 Influência dos Fatores Financeiros e Esportivos Sobre o Valor dos Clubes de Futebol 

Brasileiros 

MARKE GEISY DA SILVA DANTAS 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

YURI GOMES PAIVA AZEVEDO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

CHRISTIANE LARISSA DUARTE DO NASCIMENTO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

Resumo 

O presente estudo tem como objetivo investigar quais são as variáveis financeiras e esportivas 

que influenciam no valor dos clubes de futebol brasileiros mais valiosos de acordo com a 

pesquisa da BDO RCS (2015), justificando-se pelo aprofundamento em uma esfera dos 

estudos do mercado de futebol até então pouco explorada, que é o valor dos clubes de futebol 

brasileiros, bem como a sua relação com as variáveis financeiras e esportivas. Para investigar 

essa relação, foram coletados dados da BDO RCS (2015), que elenca os clubes de futebol 

mais valiosos no Brasil, bem como das demonstrações contábeis dos clubes futebol no 

período de 2011 a 2014, sendo a amostra da pesquisa composta por 24 times, tendo em vista a 

exclusão de seis clubes que não tinham dados disponíveis ou foram considerados outliers 

através da análise do boxplot. No modelo proposto, o Q de Tobin foi utilizado como proxy 

para o valor dos clubes, sendo utilizada, através do pacote estatístico Gretl 2015®, a regressão 

linear múltipla para tratamento dos dados. Dentre os principais resultados, observa-se que as 

variáveis “ranking CBF”, “grau de endividamento” e “custo/receita” apresentaram-se 

estatisticamente significativos para explicar o valor dos clubes de futebol brasileiros, 

diferentemente das variáveis “retorno sobre ativos”, “primeira divisão” e “liquidez corrente”, 

que não apresentaram-se significantes ao nível de 5%. Dessa forma, percebe-se que os clubes 

que possuem maior pontuação de acordo com a convenção do ranking nacional de clubes, 

bem como que apresentam maiores índices de endividamento e menor relação “custo/receita” 

são mais valorizados no mercado. 

Palavras chave: Valor dos Clubes, Clubes de Futebol Brasileiros, Q de Tobin. 

www.congressousp.fipecafi.org 

1 Introdução 

Considerado como o esporte mais popular do mundo, de acordo com Nicolau (2011), o 

futebol têm-se tornado cada vez mais profissional, tendo em vista o crescimento das receitas 

na comercialização de produtos relacionados aos times nos últimos 20 anos, bem como da 

concessão de direitos de mídia e merchandising, em comparação com décadas anteriores 

(Gerhards & Mutz, 2016). 

Por estarem crescendo mais que outros tipos de negócios nas últimas décadas, conforme 

descrevem Ecer e Boyukaslan (2014), verifica-se que a indústria do futebol vem sofrendo 

mudanças significativas, tendo em vista que as equipes tornaram-se negócios competitivos, 

em que os custos dos clubes, a divulgação na mídia e o número de fãs-consumidores 

cresceram substancialmente, impactando cada vez mais na criação de valor dos clubes de 

futebol (Capasso & Rossi, 2013). 

No tocante à criação de valor, Freeman, Harrison, Wicks, Parmar e De Colle (2010) 

descrevem que os clubes estão sujeitos às mesmas pressões que outras organizações, como 

objetivos relacionados à busca de eficiência e sustentabilidade financeira. Nessa perspectiva, 

Frick (2007) complementa, descrevendo que o valor de um clube de futebol é composto por 

seus ativos tangíveis, como estádios e equipamentos, bem como pelos ativos intangíveis, os 

quais são constituídos principalmente pelos valores individuais dos jogadores de futebol.  

Levando em consideração que os clubes de futebol são companhias semelhantes às 

grandes empresas em relação à estrutura de ativos (Yang & Sonmez, 2005), percebe-se que os 

clubes de futebol no Brasil diferenciam-se de clubes de outros países, tendo em vista que os 

times brasileiros, em sua maioria, são associações sem fins lucrativos, enquanto que no 

mercado internacional, alguns clubes são listados na Bolsa de Valores, conforme evidenciam 

Capasso e Rossi (2013). 

No futebol brasileiro, cada clube possui características particulares que influenciam na 

criação de valor dos mesmos, denominadas pela BDO RCS (2015) como variáveis 

mercadológicas, tendo em vista os diferentes perfis de torcida, desenvolvimentos das receitas, 

marcas e características dos mercados em que estão localizados. No entanto, apesar da 

importância de investigar os fatores que influenciam no valor dos clubes de futebol, percebe

se que os únicos ensaios realizados na área foram os de Scelles, Helleu, Durand e Bonnal 

(2013) e Scelles, Helleu, Durand e Bonnal (2016), que identificaram os determinantes do 

valor dos clubes Europeus. 

Dessa forma, percebe-se que a literatura acerca dos determinantes do valor de clubes é 

mais extensa quando trata-se de participantes da Major League Baseball (MLB), National 

Basketball Association (NBA), National Hockey League (NHL) e National Football League 

(NFL), tendo em vista os estudos realizados por Alexander e Kern (2004), Miller (2007), 

Humphreys e Mondello (2008), Miller (2009) e Ulrich (2011), sendo as primeiras pesquisas 

realizadas nos Estados Unidos, conforme evidenciam Scelles et al. (2016). 

Considerando, então, a incipiência de estudos que investiguem os determinantes do 

valor dos clubes de futebol, principalmente no contexto nacional, bem como pelo desempenho 

econômico, financeiro e esportivo de um clube de futebol gerar impacto em seu valor, o 

presente estudo tem como objetivo investigar quais são as variáveis esportivas e financeiras 

que influenciam significativamente na geração de valor dos clubes mais valiosos do futebol 

brasileiro.  

Nesse sentido, esta análise de valor dos clubes brasileiros de futebol é desenvolvida 

com base em dois grupos de variáveis: as variáveis financeiras e esportivas. Ademais, a BDO 

RCS (2015) enfatiza que o uso de dados financeiros, pesquisas com o torcedor, informações 

de marketing esportivo de cada clube, dados econômicos e sociais dos brasileiros, como os 

hábitos de consumo dos torcedores são variáveis indispensáveis na avaliação das marcas de 

tais clubes.  

www.congressousp.fipecafi.org 

A presente pesquisa justifica-se pelo aprofundamento em uma esfera dos estudos do 

mercado de futebol até então pouco explorada, que é o valor dos clubes de futebol brasileiros, 

bem como a sua relação com as variáveis financeiras e esportivas que influenciam na geração 

de valor. De forma complementar, esta pesquisa contribui com o processo de gestão dos 

clubes de futebol, buscando o entendimento dos aspectos que influenciam este esporte e gera 

a maximização dos resultados financeiros. 

O estudo está estruturado em cinco sessões. Na próxima seção, encontra-se o referencial 

teórico, que aborda aspectos relacionados ao mercado de futebol, como os direcionadores de 

valor dos clubes, além dos estudos recentes relacionados à área. A terceira apresenta a 

metodologia utilizada para a análise de dados. Na quarta tem-se a análise dos resultados 

obtidos, para, em seguida, na quinta parte, apresentar as considerações finais, onde foram 

evidenciadas as constatações do estudo, também apresentando sugestões para futuros 

trabalhos. 

2 Referencial Teórico 

2.1 Direcionadores de Valor dos Clubes de Futebol 

Atualmente, o futebol não é mais visto apenas como um esporte, e sim como uma 

grande indústria de entretenimento capaz de gerar bilhões de dólares em bilheterias, 

patrocínios, na compra e venda de jogadores, entre outras formas de arrecadar recursos 

(Dantas & Boente, 2012). Nessa perspectiva, Silva e Campos (2006) evidenciam que o 

futebol mundial movimenta cerca US$ 250 bilhões por ano, sendo o Brasil responsável por 

aproximadamente 1% desse valor.  

De acordo com uma pesquisa da Forbes (2016a), o Real Madrid foi eleito como o clube 

mais valioso do mundo, pelo quarto ano consecutivo, chegando à US$ 3,65 bi, valor 12% 

maior que no ano passado. A pesquisa ainda destaca que o Barcelona aproxima-se ao Real 

Madrid, com o valor de US$ 3,55 bi, também com crescimento de 12% quando comparado 

com o valor de 2015. Entretanto, apesar de se destacarem como celeiros de craques, os clubes 

brasileiros não alcançam esse nível, fato evidenciado por Tavares (2009), que afirma que a 

maioria dos clubes de futebol brasileiros se tornaram menos capazes de competir com os 

países desenvolvidos, por serem desestruturados e amadores, e pela incapacidade de reter 

grandes talentos por um período suficiente para se montar um time competitivo e conquistar 

títulos.  

Dantas (2013) consolida tal realidade ao afirmar que os aspectos econômicos dos clubes 

brasileiros há tempos atrás não eram explorados, que não havia uma preocupação com a 

gestão dos clubes como nos países da Europa. Silva e Campos (2006) complementam, 

descrevendo que os resultados obtidos no esporte em outros países como EUA, Inglaterra, 

Itália, Espanha e Alemanha sugerem que o Brasil está atrasado em sua gestão profissional. Na 

visão dos autores, o futebol Europeu avançou muito em comparação ao Brasileiro, pois o seu 

governo e os administradores europeus do futebol adiantaram o conceito de profissionalização 

e formularam leis que forneceram maior segurança e estímulo ao torcedor.  

No âmbito brasileiro, segundo pesquisa da Forbes (2016b), o Corinthians é o clube mais 

valioso. Com valor estimado em quase US$ 532,7 milhões, ele é também o clube que mais 

vende seus espaços de patrocínio. O Palmeiras e o Grêmio seguem atrás, avaliados por US$ 

480,1 milhões e US$ 320,9 milhões, respectivamente. Dessa forma, observa-se que os clubes 

brasileiros estão longe de aproveitar todo o seu potencial, se comparado aos clubes mais 

valiosos do mundo citados anteriormente.  

De acordo com Perruci (2006), os clubes que apresentam melhores resultados 

esportivos e financeiros são aqueles que utilizam sistemas de gestão baseados nos princípios 

da administração. Porém, a aplicação de tais modelos não garante que os clubes de futebol 

profissionais brasileiros tenham superioridade técnica-esportiva e financeira em relação aos 

www.congressousp.fipecafi.org 

demais. De forma complementar, os autores evidenciam, no tocante ao aspecto econômico 

dos clubes de futebol, que o seu êxito se deve a vários fatores além das políticas de gestão 

profissional ou o desempenho nos gramados, como o tamanho da sua torcida, pois esta 

influencia todas as suas fontes de receita.  

Dentre os direcionadores relacionados à criação de valor dos clubes de futebol, Zagnoli 

e Radicchi (2010) consideram que os torcedores são de importância central para a criação de 

valor, levando em consideração a presença nos jogos, bem como a aquisição de produtos 

oficiais. Além disso, considera-se que os torcedores também são importantes na criação de 

valor dos clubes, tendo em vista que, além da fidelização no consumo de produtos registrados 

e comparecimento nos jogos, eles atraem novos torcedores.  

Segundo Pereira (2013), sem dúvida é importante estudar e interpretar os torcedores dos 

clubes com a finalidade de desenvolver estratégias que satisfaçam eficientemente as suas 

expectativas, sendo fundamental perceber quais são as suas motivações e quais as variáveis 

que determinam seu perfil. Entretanto, os autores ressaltam também que o envolvimento dos 

adeptos com os seus clubes não é homogêneo, muito menos estático, pelo contrário, é 

resultado de um processo de desenvolvimento da intensidade, do apoio, do conhecimento e da 

identidade, com diferentes antecedentes, manifestações e consequências em cada indivíduo. 

A Copa do Mundo de 2014, na qual o Brasil foi a sede, gerou vários benefícios 

econômicos. De acordo com Domingues, Betarelli e Magalhães (2011), tais benefícios dizem 

respeito, por exemplo, às obras de infraestrutura urbana e a construção de 12 estádios 

espalhados pelo Brasil de alta qualidade. Assim, tal fato incentivou a ida dos torcedores aos 

estádios para prestigiar os jogos de perto.  

Assim, um dos fatores que podem influenciar diretamente no valor dos clubes de 

futebol é a qualidade de seus estádios, confirmando, assim, a perspectiva de Scelles et al. 

(2013) e Scelles et al. (2016), que evidenciam que quanto maior a idade do estádio, menor a 

criação de valor nos clubes europeus. 

Além desse direcionador de valor, destacam-se os atletas, tendo em vista que, segundo 

Rowbottom (2002), o registro dos direitos dos jogadores é considerado um dos principais 

bens dos clubes de futebol. Nessa perspectiva, Dimitropoulos e Koumanakos (2015) 

evidenciam que o investimento em jogadores de futebol, representado pelo ativo intangível 

capital humano, possibilita agregar valor ao clube, otimizando, assim, seu desempenho 

econômico-financeiro. De forma complementar, Scelles et al. (2016) demonstram que o valor 

dos jogadores que atuam nos clubes é significativo para a criação de valor das equipes. 

De forma complementar à criação de valor pelo aumento de público nos estádios e 

campanhas de publicidade, de forma geral, também observa-se que o investimento nos 

jogadores propicia criar valor através da venda de jogadores para o mercado exterior, tendo 

em vista que, de acordo com Magee e Sungden (2002) e Poli (2010), os clubes brasileiros têm 

obtido receitas consideráveis na venda de jogadores devido ao processo de globalização do 

futebol, corroborando, assim, com Capasso e Rossi (2013), que descrevem que uma 

temporada bem sucedida para um clube de futebol está relacionada com fatores como o 

aumento de receitas com títulos, direitos de transmissão e vendas de ingressos. 

Outro fator que também influencia na criação de valor, de acordo com as pesquisas 

empíricas realizadas na área, é o desempenho esportivo em campo, levando em consideração 

os achados de Nicolau (2011), Scelles et al. (2013), Rohde e Breuer (2016) e Scelles et al. 

(2016), tendo em vista a relação entre o desempenho nos jogos e a conquista de títulos, que 

impactam positivamente no aumento de receitas dos clubes. 

Em relação às receitas dos clubes de futebol, que estão relacionadas com a criação de 

valor nos clubes, Baroncelli, Lago e Szymanski (2004) descrevem que as principais são: 

vendas de ingressos, sócio-torcedor, aluguel dos estádios, patrocínios, merchandising e venda 

de jogadores. De forma complementar, Capasso e Rossi (2013) evidenciam que os patrocínios 

www.congressousp.fipecafi.org 

 

www.congressousp.fipecafi.org 5 

são uma importante fonte de receita para os clubes de futebol, levando em consideração que 

diversas empresas desejam associar suas marcas a uma equipe bem sucedida. Além disso, as 

receitas de transmissão também são consideradas uma importante fonte de receita, 

principalmente com a expansão das transmissões em canais pay-per-view. 

 

2.2 Estudos Recentes 

Levando em consideração que fatores econômicos, financeiros e esportivos dos clubes 

impactam no seu valor, estudos anteriores investigaram os fatores determinantes do valor dos 

clubes de futebol na Europa, bem como de clubes de outros esportes, com base nas ligas 

MLB, NBA, NFL e NHL, conforme demonstra a Tabela 1. 

 

Tabela 1. Estudos recentes na área 

Autores Amostra Principais Resultados 

Alexander e Kern 

(2004) 

Quatro grandes ligas 

americanas (MLB, NBA, 

NFL e NHL), no período 

entre 1991-1997 

A única variável que se apresentou estatisticamente 

significante e com coeficiente positivo para todas as 

ligas foi a “performance esportiva no ano anterior”. A 

“população” se apresentou significativa para a MLB, 

NBA e NHL, enquanto que a variável “novas 

instalações” se demonstrou significativa e também 

com coeficiente positivo para a MLB e NHL. Por fim, 

a “renda” se apresentou significante apenas para a 

NBL. 

Miller (2007) 26 times da MLB no período 

entre 1990-2002 

Os resultados demonstram que as variáveis 

“população”, “performance esportiva no ano”, 

“performance esportiva no ano anterior” apresentaram

se significantes e com coeficientes positivos, enquanto 

que a variável “idade das instalações” apresentou-se 

significativa, mas com coeficiente negativo. 

Humphreys e 

Mondello (2008) 

Quatro grandes ligas 

americanas (MLB, NBA, 

NFL e NHL), no período 

entre 1969-2006 

As variáveis “população”, “propriedade privada” e 

“idade da franquia” apresentaram uma associação 

significativa e positiva com o valor da empresa. No 

entanto, a variável “competição local” demonstrou-se 

significante, mas com coeficiente negativo. 

Miller (2009) 

73 times da NBA, NFL e 

NHL, no período entre 

1991-2005 

As variáveis que se apresentaram estatisticamente 

significantes e com coeficientes positivos foram a 

“renda”, para os times da NBA e NFL, a “performance 

esportiva no ano anterior” para os times da NBA e 

NHL e a “propriedade privada” apenas para a NHL. A 

única variável que se apresentou significativa, porém, 

com coeficiente negativo, foi a “idade das 

instalações”, para os times da NFL. 

Ulrich (2011) 30 times da MLB no período 

entre 2000-2010 

As variáveis “população da área metropolitana”, 

“frequência anual dos torcedores”, “índice de fãs” 

demonstraram-se estatisticamente significativas e com 

coeficientes positivos. Entretanto, a variável “idade do 

estádio” apresentou coeficiente negativo, sugerindo 

que estádios mais antigos impactam negativamente no 

valor dos times. 

Scelles et al. (2013) 

23 times europeus e 105 

times das grandes ligas 

americanas (MLB, NBA, 

NFL e NHL), no período 

entre 2004-2011 

Os fatores determinantes que apresentaram-se 

significativos e com coeficientes positivos para a 

amostra dos times de futebol europeu foram: “tipo de 

propriedade”, “número de torcedores”, “lucro” e 

“performance desportiva”. Já as variáveis “idade das 

instalações” e “competição local” apresentaram-se 

significativas, mas com coeficientes negativos. 

Scelles et al. (2016) 

34 times europeus 

(Alemanha, Espanha, 

Escócia, França, Holanda, 

Inglaterra, Itália e Portugal), 

no período entre 2005-2013 

As variáveis “valor dos jogadores”, “tipo de 

propriedade”, “número de torcedores”, “lucro”, “lucro 

operacional”, “competição local” e “performance 

desportiva” 

apresentaram-se 

estatisticamente 

significativas e com coeficientes positivos. Entretanto, 

as variáveis “idade das instalações” e “população 

local” apresentaram-se significativas, porém, com 

coeficientes negativos. 

Fonte: Elaborado pelos autores 

Com base nos estudos anteriores, percebe-se que a literatura é mais extensa no tocante 

às ligas MLB, NBA, NFL e NHL. No entanto, em relação aos clubes de futebol, o primeiro 

estudo na área foi o de Scelles et al. (2013). Este fato é justificado pelo autor, na perspectiva 

que o valor da empresa, no contexto dos clubes de futebol, só começou a ser investigado 

recentemente, explicando, assim, a não realização de estudos anteriores que verifiquem os 

fatores determinantes do valor dos clubes europeus. De forma complementar, observa-se a 

inexistência de estudos nacionais que investiguem os fatores determinantes do valor dos 

clubes de futebol, bem como de outros esportes. 

3 Procedimentos Metodológicos 

Considerando que este estudo tem como objetivo investigar as variáveis financeiras e 

esportivas dos clubes de futebol, bem como a influência destas sobre o valor dos clubes 

brasileiros mais valiosos, utilizou-se a pesquisa mais atual da BDO RCS (2015), empresa que 

realiza um estudo anual sobre os clubes de futebol brasileiros, no qual é feito uma avaliação 

das marcas dos maiores clubes de futebol do Brasil.  

O ranking conta com 30 marcas avaliadas no estudo de 2015, que são: Corinthians, São 

Paulo, Palmeiras, Santos, Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, Flamengo, Vasco da Gama, 

Fluminense, Botafogo, Atlético-PR, Curitiba, Paraná, Sport, Náutico, Santa Cruz, Avaí, 

Figueirense, Criciúma, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, Bahia, Vitória, Goiás, 

Atlético GO, Ceará e Fortaleza.  

No entanto, para este estudo, foram coletados os dados de 24 clubes dos 30 contidos na 

classificação da BDO RCS (2015) como os mais valiosos do Brasil, sendo retirados da 

amostra o Fortaleza, Ceará, Atlético Goianiense, Santa Cruz, Guarani e Portuguesa devido à 

indisponibilidade de dados referentes aos seis clubes, entre os anos de 2011 e 2014, período 

analisado neste estudo. Assim, a amostra final é composta por 24 clubes, sendo ela do tipo 

não probabilística, tendo em vista a inacessibilidade a todos os elementos da população.  

O método estatístico de análise utilizado neste trabalho para descrever e prever o 

comportamento das variáveis esportivas e financeiras foi à chamada Regressão Linear 

Múltipla com dados cross sectional, feita no software Gretl 2015®, em que as variáveis foram 

selecionadas pelo critério teórico, isto é, foram introduzidas por que constituem a base teórica 

da pesquisa. Assim, pode-se afirmar que o método de seleção de variáveis utilizado neste 

trabalho foi o chamado “Especificação Confirmatória”, que segundo Corrar, Paulo e Dias 

(2009), as variáveis são inseridas pelo pesquisador conforme deseja de acordo com 

especificação de estudos anteriores e, assim sendo, é preciso especificar o conjunto de 

variáveis explicativas nas mesmas bases dos estudos anteriores.  

A Tabela 2 apresenta as variáveis utilizadas neste estudo, o seu cálculo e a fonte além 

dos sinais esperados para os coeficientes. 

www.congressousp.fipecafi.org 

Tabela 2. Variáveis da pesquisa 

Proxy 

Cálculo/Fonte 

Q de Tobin 

Valor de Mercado dividido pelo Ativo Total 

Sinais 

Esperados 

Estudos 

Anteriores 

Variável 

Dependente 

Liquidez 

Corrente 

Ativo Circulante dividido entre Passivo Circulante - 

Grau de 

Endividamento 

Relação entre o Passivo Total e o Ativo Total 

Dantas, Freitas, 

Costa e Barbosa 

(2017) 

+⁄ - 

Custo/Receita 

Relação entre Custo Operacional e Receita 

Halkos e Tzeremes 

(2013) e Dantas, 

Machado e Macedo 

(2015) 

ROA 

Relação entre Lucro Líquido e Ativo Total 

Lei N° 13.155 

(2015) 

Dummy 

Rebaixamento 

Assume 1 para os clubes rebaixados para divisões 

inferiores do Campeonato Brasileiro 

Dantas (2013) - 

Dummy 1ª 

divisão  

Assume 1 para os clubes da 1ª divisão do Campeonato 

Brasileiro 

Barbosa, Dantas, 

Azevedo e Holanda 

(2017) 

Ranking CBF 

Somatório da pontuação determinada pela CBF de 

acordo com a posição final de cada clube nos 

campeonatos providos pela instituição 

Barros e Rossi 

(2014) 

Fonte: Elaborado pelos autores 

Dantas et al. (2015) 

Ressalta-se que o “Q de Tobin’’ foi definido como variável dependente do modelo de 

regressão por ser considerado proxy para a criação de valor (Megna & Klock, 1993). De 

acordo com Reinhart (1977), o Q de Tobin é definido como a vinculação entre o valor de 

mercado de uma empresa e o valor de reposição de seus ativos físicos, sendo expresso por 

Famá e Barros (2000) pela Equação 1: 

(1) 

Em que o VMA representa o valor de mercado das ações, ou o capital próprio da 

entidade, VMD é o valor de mercado das dívidas, ou o capital de terceiros empregado, e VRA 

é o valor de reposição dos ativos da empresa. Posto isso, o VMA+VMD evidencia o valor de 

mercado total das empresas analisadas.  

Neste trabalho, foi necessário fazer uma adaptação da fórmula do Q de Tobin, em que o 

VMA+VMD é substituído pelos valores dos clubes de Futebol conforme pesquisa da BDO 

RCS (2015), isto é, o valor de mercado dos 24 clubes analisados, visto que, trata-se de clubes 

de futebol e não de sociedades anônimas com ações negociadas em bolsa de valores.  

Dentre as variáveis selecionadas, apontam-se as denominadas desportivas, que foram 

fundamentadas com base em estudos que indicam a relação entre fatores desportivos e a 

geração de valor dos clubes. Já as variáveis financeiras foram selecionadas por representarem 

indicadores financeiros referentes às empresas em geral e por serem informações extraídas 

das demonstrações contábeis dos mesmos. 

O “índice de liquidez corrente” demonstra a razão entre os ativos circulantes e os 

passivos circulantes. Assim, representa a capacidade da empresa em honrar suas obrigações 

financeiras de curto prazo. Tendo em vista que este índice pode evidenciar o potencial de 

crescimento futuro da empresa, pode então afetar o valor de mercado da mesma.  

www.congressousp.fipecafi.org 

Kayo (2002) corrobora com esta perspectiva, afirmando que uma liquidez muito alta 

pode indicar a falta de projetos de investimento, prejudicando, assim, o crescimento futuro da 

empresa e, consequentemente, o valor de mercado da empresa. Dessa forma, essa variável foi 

inserida com base em Dantas et al. (2017), esperando-se que exista uma relação positiva entre 

o índice de liquidez corrente e o “Q de Tobin”, isto é, quanto maior forem os recursos para 

saldar as dívidas de curto prazo, maior será o valor dos clubes. 

Considerando que o “grau de endividamento” é uma proxy que evidencia as 

dificuldades financeiras dos clubes de futebol do país, esta variável foi inserida no modelo 

com base nos estudos de Halkos e Tzeremes (2013) e Dantas et al. (2015), objetivando apurar 

se a geração de valor é influenciada pelo índice de endividamento. Supõe-se nesta pesquisa, 

que haja uma inter-relação negativa ou positiva entre o valor e o grau de endividamento dos 

clubes, em outras palavras, este indicador pode apresentar tanto um coeficiente positivo como 

também negativo.  

Se este indicador for positivo, pode sugerir que os clubes estão com maior 

endividamento por estarem utilizando maiores valores de terceiros na realização de 

investimentos em atletas de melhores qualidades, em suas arenas, na estruturação dos clubes, 

entre as demais atividades operacionais do futebol em geral e assim, fomentar o crescimento 

dos clubes para gerar mais riquezas. Dessa forma, um saldo positivo de endividamento poderá 

retratar a magnitude do investimento operacional mantido pelos clubes para a implementação 

do nível desejado de operações. Entretanto, quanto maior seu resultado, maior é a 

dependência do capital de terceiros e maior será o risco do clube não conseguir pagar seus 

compromissos. 

Todavia, se o grau de endividamento dos clubes for negativo, retrata que o ativo total 

dos clubes está sendo financiado em sua maior parte com o capital próprio, isto é, que a 

dependência financeira de terceiros é pequena, consequentemente, menores são as dívidas 

financeiras destes clubes e menor é o risco de não conseguir honrar com seus compromissos, 

o que pode sinalizar um aumento do lucro dos clubes. 

A variável “Custo/Receita” foi inserida com base na Lei nº 13.155 (2015), que define 

que os custos com folha de pagamento e direitos de imagem de atletas profissionais não 

superem 80% da receita bruta anual das atividades do futebol profissional, representando, 

assim, a relação entre os custos e as receitas dos clubes de futebol brasileiros.  

Espera-se que o coeficiente desta variável seja negativo, porque, quanto maior for seu 

resultado, indica que os custos dos clubes são maiores que as receitas dos mesmos e 

consequentemente o lucro apurado é menor e assim, menor será o valor dos clubes. Dessa 

forma, esta variável pode ser tida como uma espécie de indicador do lucro dos clubes e por 

isso é de suma importância que esta faça parte do modelo de regressão estimado.   

Com base no estudo de Dantas (2013), a variável ROA foi inserida no modelo por 

representar a lucratividade do ativo investido, bem como por demonstrar-se determinante na 

eficiência financeira e esportiva dos clubes de futebol brasileiros. Dessa forma, em relação á 

variável ROA, espera-se que o resultado do mesmo seja positivo, pois indica que os clubes 

obtiveram uma rentabilidade positiva associada à atividade operacional dos mesmos. 

A variável “Rebaixamento em campeonatos nacionais”, segundo Dantas et al. (2015), 

representa, esportivamente falando, o insucesso maior de um clube no campeonato brasileiro, 

foi inserida no modelo com base em Barbosa et al. (2017). Assim, pretendeu-se analisar se há 

alguma relação entre este aspecto esportivo e o valor dos clubes, com o entendimento de que 

o rebaixamento dos clubes provoca uma queda nos seus valores e por isso esta tende a 

influenciar o valor dos clubes negativamente. 

As variáveis “Primeira Divisão” e “Ranking CBF” representam características 

esportivas do futebol. Para estas, espera-se que se apresentem de forma positiva, pois 

certamente com maior sucesso esportivo, isto é, os clubes que permanecem na série “A” e 

www.congressousp.fipecafi.org 

 

www.congressousp.fipecafi.org 9 

melhor pontuação no Ranking CBF, maior também podem ser as receitas dos clubes e assim, 

pode acarretar em mais valor aos clubes. 

A variável “Primeira Divisão” foi inserida no modelo com base em Barros e Rossi 

(2014), partindo do pressuposto que os clubes da primeira divisão são mais valiosos que os 

das demais divisões, tendo em visa que existe uma redução nas receitas dos clubes quando 

estes são rebaixados. 

A variável “Ranking CBF” foi escolhida com base no estudo de Dantas et al. (2015), 

que representa os principais resultados esportivos dos clubes brasileiros, tendo em vista que o 

Ranking CBF é uma metodologia que atribui pontuações tanto do campeonato brasileiro (em 

todas as séries), como a Copa do Brasil. 

 

4 Análise de Resultados 

4.1 Análise Descritiva 

No que diz respeito à variável que representa o valor dos clubes de Futebol “Q de 

Tobin”, conforme Tabela 3, os clubes Goiás e Flamengo apresentaram-se com os maiores 

valores da amostra, sobretudo o Goiás, pois esteve na frente nos anos de 2011, 2012 e 2014 e 

o Flamengo, no ano de 2013. Já o clube Paraná, em todo o período estudado, isto é, de 2011 a 

2014, apresentou o valor menos expressivo, em outras palavras, foi o clube de menor valor da 

amostra. A média varia entre 0,62 (2012) e 1,05 (2013). Já o desvio-padrão se mantém entre 

0,50 (2012) e 0,78 (2013). 

 

Tabela 3. Estatística Descritiva das variáveis do modelo de Regressão Linear Múltipla 

Variáveis Est. 

Descritiva 2011 2012 2013 2014 

“Q de Tobin’’ 

(R$) 

Média 0,78 0,62 1,05 0,99 

D. Padrão 0,56 0,5 0,78 0,64 

Máximo 2,05 (Goiás) 1,98 (Goiás) 2,63 (Flu) 2,54 (Goiás) 

Mínimo 0,1 (Paraná) 0,1 (Paraná) 0,11 (Paraná) 0,13 (Paraná) 

Custo/Receita 

(%) 

Média 83,53 77,54 85,14 109,92 

D. Padrão 21,1 18,56 17,86 97,2 

Máximo 145,06 (Goiás) 116,84 (Ponte) 136,03 (Figue.) 542,79 (Paraná) 

Mínimo 57,42 (Bota.) 45,85 (Flu) 62,39 (Cricíu.) 41,85 (Goiás) 

Grau de 

Endividamento 

(%) 

Média 122,22 98,79 156,31 149,84 

D. Padrão 105,36 79,69 179,57 167,55 

Máximo 450,13 (Goiás) 396,71 (Goiás) 674,95 (Bahia) 815,88 (Bota) 

Mínimo 17,23 (Sport) 16,55 (Sport) 14,6 (Sport) 37,73 (Cricíu.) 

ROA (%) 

Média -10,62 -0,61 -27,01 -12,7 

D. Padrão 22,22 9,02 83,28 37,51 

Máximo 7,83 (Cricíu.) 22,2 (Atl.-PR) 10,18 (Cricíu.) 60,19 (Goiás) 

Mínimo -93,19 (Goiás) -22,29 (Figue.) -406,62 (Bahia) -158,42 (Bota.) 

Índice de 

Liquidez 

Corrente (R$) 

Média 0,39 0,46 0,33 0,27 

D. Padrão 0,28 0,42 0,3 0,27 

Máximo 1,28 (Atl.-PR) 1,85 (Sport) 1,2 (Cricíu.) 1,19 (Atl.-PR) 

Mínimo 0,01 (Náutico) 0,01 (Ponte) 0,01 (Ponte) 0,01 (Náutico) 

Ranking CBF Média 739,08 783,65 794 659,3 

D. Padrão 289,89 254,61 333,38 252,24 

Máximo 

1240 (Vasco) 

1290 (São Paulo) 1490 (Grêmio) 1280 (Cruzeiro) 

Mínimo 

240 (Cricíu.) 

300 (Atl.-PR) 

289 (Paraná) 

294 (Náutico) 

Fonte: Dados da pesquisa 

Observa-se que os clubes que possuem maior grau de endividamento são o Goiás, nos 

anos de 2011 e 2012, o Bahia, no ano de 2013, e o Botafogo, no ano de 2014. Enquanto os 

que menos utilizam o capital de terceiros são o Sport, durante os anos de 2011, 2012 e 2013, e 

o Criciúma, no ano de 2014. Considerando a média, percebe-se que, no período analisado, o 

nível de endividamento sofreu uma queda de 2011 para 2012, passando de 122,22% para 

98,79%, mas nos anos subsequentes ficou em alta, chegando a 156,31% em 2013.  

Em relação à variável calculada pela razão entre os custos e a receita total dos clubes 

(Custo/Receita), cujo objetivo é medir a eficácia de seus custos, os times que apresentaram os 

maiores resultados foram: Goiás, Ponte Preta, Figueirense e Paraná, nos anos de 2011, 2012, 

2013 e 2014, respectivamente. Todos estes clubes demonstraram resultado maior que 100%, 

no entanto, o Paraná se destacou negativamente, pois apresentou como resultado dessa relação 

542,79%, demonstrando que a capacidade de geração de receitas está muito abaixo dos custos 

incorridos, revelando uma situação financeira não planejada.  

Enquanto o Botafogo, o Fluminense, o Criciúma e o Goiás apresentaram os menores 

resultados a essa relação nos anos de 2011 (57,42%), 2012 (45,85%), 2013 (62,39%) e 2014 

(41,85%), respectivamente. Como tais resultados se mantiveram abaixo de 100%, demonstra 

que tais clubes obtiveram maiores receitas em relação aos custos incorridos em tais anos, com 

média variando entre 77,54% (2012) e 109,92% (2014). 

No tocante ao índice de Liquidez Corrente, os clubes que apresentaram maior 

capacidade em honrar suas obrigações financeiras no curto prazo foram o Atlético-PR, nos 

anos de 2011 e 2014, o Sport, no ano de 2012, e o Criciúma, no ano de 2013. Já os times que 

apresentaram menor valor desse indicador foram o Náutico, nos anos de 2011 e 2014, e a 

Ponte Preta, nos anos de 2012 e 2013. 

Sobre a variável financeira ROA, os clubes que apresentaram maior retorno sobre os 

ativos foram o Criciúma, nos anos de 2011 e 2013, o Atlético-PR, no ano 2012, e o Goiás em 

2014. Já os times com menor retorno foram o Goiás, Figueirense, Bahia e Botafogo, nos anos 

de 2011, 2012, 2013 e 2014 respectivamente.  

É importante destacar que realizou-se um ajustamento dos pois os clubes Santos, no ano 

de 2012 e o Flamengo, no ano de 2014 foram considerados outliers, através do boxplot, as 

quais prejudicam a interpretação do resultado do estudo de relações entre as variáveis 

independentes e a dependente, sendo assim, retirados da amostra.  

Variáveis 

Tabela 4. Variáveis Dicotômicas (Frequência de Valores “1’’) 

Est. Descritiva 

2011 

2012 

2013 

2014 

Primeira Divisão 

Frequência 

17 

16 

19 

19 

Rebaixamento 

Frequência 

Fonte: Dados da peqsuisa 

Em relação a frequência das variáveis Dummies, destaca-se a variável Primeira Divisão, 

que aponta a quantidade de clubes da amostra que se encontraram na série A em cada ano 

analisado (17, 16, 19 e 19 clubes na primeira divisão, para os anos 2011, 2012, 2013 e 2014, 

respectivamente). Quanto a variável Rebaixamento, demonstra que poucos clubes da amostra 

passaram por tal situação, com uma variação de 2, no ano de 2011, passando para 3, no ano de 

2012 e 4 nos anos de 2013 e 2014. 

10 

www.congressousp.fipecafi.org 

4.2 Análises do Modelo de Regressão Múltipla 

Neste estudo, o R2 calculado é de 0,4963, isto demonstra que as sete variáveis 

independentes usadas no modelo explicam 49,63% da variável dependente “Q de Tobin”. 

Visto que o objetivo deste estudo não é de previsão com o modelo de Regressão múltipla e 

sim para investigar se as variáveis explicativas exercem influência sobre o valor dos clubes de 

futebol, então essa medida é considerada satisfatória.  

Foi realizado o Teste F-ANOVA, usado para testar a adequação global do modelo de 

Regressão, o qual permite concluir se há variáveis explicativas no modelo que são 

significantes. Conforme a estatistica do teste, se o valor F estimado pelo modelo for maior o 

valor de F da média de variabilidade explicada, rejeita-se H0, isto é, se a quantia de variação 

explicada pelo modelo de regressão for maior que a variação explicada pela média, o modelo 

de regressão estimado é significativo. Neste estudo, o teste-F atingiu um resultado abaixo de 

0,05, indicando que pelo menos uma variável presente no modelo explica a variabilidade da 

variável “Q de Tobin”. 

Ademais, foi necessário realizar alguns testes para verificar se são atendidos os 

principais pressupostos da Regressão Linear Múltipla. Na Tabela 5 estão demonstrados os 

procedimentos utilizados para a verificação dos pressupostos do modelo dos estimadores de 

Método dos Mínimos Quadrados e validação das inferências. 

Tabela 5. Testes de verificação dos pressupostos do modelo de regressão 

Pressuposto 

Ho 

P-Valor 

Nível de 

Significância 

Resultado 

Teste da Normalidade dos 

Resíduos 

Os resíduos apresentam 

distribuição normal 

0,33657 

5% 

Não Rejeita Ho 

Teste RESET para Especificação 

A especificação é 

adequada 

0,000489692 

5% 

Rejeita Ho 

Teste White para a 

Heteroscedasticidade 

Sem 

heteroscedasticidade 

0,0828145 

5% 

Não Rejeita Ho 

Fonte: Dados da pesquisa 

O resultado do teste de avaliação do pressuposto da distribuição normal dos resíduos 

constata que o p-valor de 0,33657, que corresponde à Sig. maior que α = 0,05, condição para 

aceitar a hipótese nula do teste, isto é, a distribuição da série é tida como normal.  

O teste Ramsey Reset verifica se há problemas de especificação na forma funcional do 

modelo de regressão adotado, isto é, se há funções não lineares de variáveis independentes. 

Através da implementação de um teste de restrição nos coeficientes usando a estatística F para 

verificar H0. Como o resultado do p-valor foi de 0,000489692, que corresponde a Sig.  menor 

que α, rejeita H0, demonstrando que há algum problema com não-linearidades no modelo, ou 

seja, tem-se um modelo tido como mal especificado, pois apresenta variáveis independentes 

insignificantes para explicar a variável dependente “Q de Tobin”.   

Em relação ao processo de avaliação do comportamento dos resíduos, foi realizado o 

teste White com o intuito de examinar a inexistência de heteroscedasticidade, isto é, se a 

variância dos resíduos das variáveis independentes mantém-se constante em toda a regressão. 

Em outras palavras, o efeito da observação de cada variável X é nulo sobre as observações 

seguintes, não existindo dependência dos erros. No caso estudado, o sig. é de 0,0828145, 

portanto, seu coeficiente é significativamente diferente de zero e consequentemente se rejeita 

a H0, isto é, indica que a heteroscedasticidade está solucionada para interferências estatísticas 

(o conjunto dos resíduos referentes a cada observação de X tem variância constante em toda a 

extensão das variáveis independentes). 

Em resumo, no que diz respeito aos testes dos principais pressupostos da Regressão 

Linear Múltipla, constatou-se que apenas o teste Ramsey Reset apontou resultado que implica 

11 

www.congressousp.fipecafi.org 

 

www.congressousp.fipecafi.org 12 

em especificação inadequada na forma funcional do modelo de regressão adotado, isto porque 

no modelo encontram-se variáveis que não exercem influência significativa sobre a variável 

dependente. Todavia, como esta pesquisa busca identificar as variáveis que influenciam e as 

que não influenciam a variável dependente, tal constatação não invalida o modelo estimado. 

Já o teste da normalidade dos resíduos e o teste White para a Heteroscedasticidade, 

demonstraram p-valores aos testes aplicados satisfatórios para validar o modelo estimado. 

Para diagnosticar tal pressuposto, foi feito o teste chamado VIF (Fator de Inflação da 

Variância), examinando as variâncias, já que estas indicam a relação entre as variáveis. Se 

todos os VIF forem abaixo de 1, não há indícios de multicolinearidade, mas se houver algum 

VIF maior que 1, os preditores são correlacionados, com multicolinearidade aceitável. 

Entretanto, quando o resultado do teste atinge valores maiores que 10,0, isto indica a 

existência de uma multicolinearidade problemática. Assim, nenhuma das variáveis apresentou 

problemas de multicolinearidade. 

Na Tabela 6, com base no resultado do modelo de regressão, verifica-se que as variáveis 

Ranking CBF, relação Custo/Receita e Grau de endividamento, apresentam significância 

estatística ao nível de 5%.  

 

Tabela 6. Resultados do modelo de regressão múltipla 

 Coeficiente Erro Padrão Razão-t P-valor VIF 

Constante 0,207927 0,145332 1,431 0,1561 - 

Ranking CBF 0,000530786 0,000228665 2,321 0,0226 ** 1,760 

Custo/Receita -0,000992751 0,000477310 -2,080 0,0405 ** 1,214 

ROA 0,000590714 0,00189331 0,3120 0,7558 1,992 

Divisão 0,0723027 0,133875 0,5401 0,5905 1,758 

Rebaixamento -0,182133 0,126408 -1,441 0,1533 1,117 

Liquidez Corrente -0,153256 0,109449 -1,400 0,1650 1,179 

Grau de Endividamento 0,00289083 0,000772274 3,743 0,0003 *** 2,023 

*** Significante ao nível de 1%  ** Significante ao nível de 5%. * Significante ao nível de 10%.   

   Fonte: Dados da pesquisa 

 

Neste trabalho, adotou-se o Teste T com o objetivo de atestar quais são os coeficientes 

estatisticamente relevantes das variáveis independentes do modelo no qual se utilizou o nível 

de significância de 5% (α = 0,05). Com base na amostra, verificou-se que, das sete variáveis 

independentes, apenas três apresentaram nível de significância em relação a variável 

dependente. 

Em relação ao fator “Ranking CBF”, seu p-valor (0,0226) é significante ao nível de 5%, 

podendo-se, então, concluir que esta variável independente exerce influência significativa 

sobre o valor dos clubes de futebol. Dessa forma, observa-se que os clubes que possuem 

maior pontuação no Ranking (calculado a partir da Convenção de Pontos da CBF, para 

campeonatos nacionais) conseguem agregar maior valor e obter maiores condições para 

investir no clube como um todo do que os que se encontram com pontuações menos 

expressivas.  

Com base nesse resultado, destaca-se a dependência do valor dos clubes diante do 

resultado esportivo nos campeonatos nacionais. De forma complementar, percebe-se que este 

resultado corrobora com os achados de Dantas et al. (2015), tendo em vista que essa 

apresentou-se com coeficiente positivo para explicar o valor dos clubes.  

A variável “Custo/Receita” também se demonstra relevante para o estudo, com p-valor 

de 0,0405, influenciando, assim, no valor dos clubes de futebol a um grau de confiabilidade 

de 95%. Porém, esta relação entre o custo e a receita, diferentemente da variável “Ranking 

CBF”, apresenta coeficiente negativo, significando que, quanto maior for seu resultado, 

consequentemente, menor será o valor dos clubes de futebol.  

Dessa forma, entende-se que os clubes que obtiveram os resultados maiores nessa 

relação, estão com os custos maiores que as receitas geradas, demonstrando situação 

financeira indesejada, que pode ser minimizada através de possíveis decisões apontadas para 

atingir um maior retorno sem a utilização de mais capital. 

Além das duas citadas, a variável “Grau de endividamento” apresentou-se significativa 

ao nível de 1%, expressando que esta possui poder de influência sobre o valor dos clubes de 

Futebol. Vale ressaltar, como tal indicador apresentou coeficiente positivo, demonstra que os 

clubes mais endividados, possuem maior capacidade de gerar valor. 

Por outro lado, as dummies Primeira Divisão e Rebaixamento em campeonatos 

nacionais, além das variáveis, Liquidez Corrente e ROA, apresentaram um p-valor maior que 

o nível de significância de 5%, não sendo possível fazer nenhum tipo de inferência da relação 

entre essas variáveis e o valor dos clubes analisados. 

5 Considerações Finais 

Esta pesquisa buscou coletar e analisar o valor dos clubes de futebol no Brasil, 

utilizando como base para tal fim a pesquisa da BDO RCS (2015), estudo sobre as marcas 

mais valiosas do futebol brasileiro e aponta possíveis determinantes dos seus valores através 

de um modelo de Regressão Linear Múltipla, para os anos de 2011, 2012, 2013 e 2014. Além 

disso, utilizou-se de estudos anteriores para compor a métrica da análise das variáveis que 

possuem grande potencial para influenciar o valor da marca de cada clube analisado.  

Considerando os fatores que vêm se intensificando ao longo dos anos à respeito do 

cenário do futebol, como a continuidade da ampliação das receitas de cada entidade com 

marketing, estádio, sócios e mídia, o aumento dos valores recebidos dos patrocinadores e 

ampliação do interesse de empresas em se associar aos clubes, a maior participação do 

torcedor nos negócios gerados pelas entidades, as novas arenas com potencial de exploração, 

o crescimento dos programas de sócio torcedor, enfim, a evolução dos clubes brasileiros ao 

longo dos anos, optou-se por investigar o ramo do Futebol.  

Por outro lado, deve-se levar em consideração a dificuldade financeira dos clubes, 

evidenciada principalmente pelo indicador de endividamento e a relação “Custo/Receita”. O 

grau de endividamento expõe o quanto os clubes estão endividados, percebendo-se que, 

conforme o resultado da regressão, os clubes que agregaram mais valor no mercado são os 

mais endividados.  Nessa perspectiva, observou-se que os clubes elevaram seu valor ao passo 

que aumentaram os investimentos em suas atividades operacionais utilizando-se do capital de 

terceiros.  

Dentre os fatores determinantes do valor dos clubes, observou-se que o endividamento 

exerce influência positiva no valor dos clubes. Assim, um maior giro do capital investido com 

recursos de terceiros possibilitará um incremento maior de valor, valorizando a marca dos 

clubes. Partindo do pressuposto de que estes estão conseguindo suprir as necessidades da 

gestão financeira do negócio ao longo do tempo analisado. 

Além disso, a respeito do resultado da relação “custo/receita”, os clubes apresentaram

se em sua maioria com custos maiores do que as receitas atingidas nos anos analisados e 

consequentemente o lucro dos mesmos diminuiu. Assim, a maior parte dos clubes demonstra 

13 

www.congressousp.fipecafi.org 

que a capacidade de geração de receitas esta muito abaixo dos custos incorridas, revelando 

uma situação financeira não planejada. 

Na análise dos resultados da pesquisa foi exposto que os clubes mais valorizados em 

termos de geração de valor são aqueles que conquistam as maiores pontuações na convenção 

do Ranking nacional de clubes, partindo do pressuposto de que a maximização de resultados 

esportivos nacionais está diretamente ligada ao valor de um clube de futebol. 

Apesar das variáveis “ranking CBF”, o “grau de endividamento” e “custo/receita” 

apresentaram-se estatisticamente significativos para explicar o valor dos clubes de futebol, 

percebeu-se que as dummies Primeira Divisão e Rebaixamento em campeonatos nacionais, 

além das variáveis, Liquidez Corrente e ROA, apresentaram um p-valor maior que o nível de 

significância de 5%, não sendo possível fazer nenhum tipo de inferência da relação entre essas 

variáveis e o valor dos clubes analisados.  

Entretanto, apesar de não existir significância não impede de ressaltar o fato de que, os 

clubes, de acordo com a amostra analisada, possuem uma situação indesejável em relação à 

Liquidez Corrente e ao Retorno dos Ativos, variáveis tidas como financeiras, haja vista a 

estatística descritiva dessas variáveis. 

Os resultados desta pesquisa podem ser úteis para novos estudos que tenham como 

objetivo identificar os fatores financeiros e esportivos que influenciem no valor dos clubes de 

futebol do Brasil, que é ainda escassa ao nível nacional, conforme revisão da literatura. Além 

disso, resultados de trabalhos relacionados à valoração dos times podem auxiliar gestores de 

clubes a compreender melhor os elementos que influenciam, seja negativamente ou 

positivamente na geração de valor dos clubes e valorização de suas marcas. 

Como sugestão para estudos futuros, recomenda-se investigar se a quantidade de 

jogadores estrangeiros que atuam nos clubes brasileiros influencia na criação de valor, 

levando em consideração que as equipes cada vez mais têm-se tornado multinacionais, 

conforme evidenciam Gerhards e Mutz (2016). 

Referências  

Alexander, D. A., & Kern, W. (2004). The economic determinants of professional sports 

franchise values. Journal of Sports Economics, 5(1), 51–66. 

Barbosa, A., Dantas, M. G. S., Azevedo, Y. G. P., & Holanda, V. B. (2017). Fiscal 

responsibility strategy in Brazilian football clubs: a dynamic efficiency analysis [Special 

Issue]. Brazilian Business Review, 45-66. 

Baroncelli, A., Lago, U., & Szymanski, S. (2004). Il business del calcio: successi sportivi e 

rovesci finanziari. Milano: Egea. 

Barros, C. P., & Rossi, G. (2014). A Bayesian stochastic frontier of Italian football. Applied 

Economics, 46(20), 2398-2407. 

BDO RCS. (2015). 8º Valor das marcas dos clubes brasileiros: Finanças dos Clubes. 

Recuperado de https://www.bdobrazil.com.br/pt-br/publicacoes/noticias-em

destaque/estudos-das-marcas. 

Capasso, A., & Rossi, M. (2013). Systemic value and corporate governance: Exploring the 

case of professional football teams. Business Systems Review, 2(2), 216-236. 

Corrar, L. J., Paulo, E., & Dias, J. M., Filho. (2009). Análise multivariada para os cursos de 

administração, ciências contábeis e economia. São Paulo: Atlas. 

14 

www.congressousp.fipecafi.org 

Dantas, M. G. S. (2013). Fatores determinantes da eficiência financeira e esportiva de clubes 

de futebol do Brasil (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do 

Norte, Natal, RN, Brasil.  

Dantas, M. G. S., & Boente, D. R. (2012). A utilização da análise envoltória de dados na 

medição de eficiência dos clubes brasileiros de futebol. Contabilidade Vista & Revista, 

23(4), 101-130. 

Dantas, M. G. S., Freitas, R. M., Neto, Costa, M. A. A., & Barbosa, A. (2017). The 

determinants of brazilian football clubs’ debt ratios [Special Issue]. Brazilian Business 

Review, 94-109. 

Dantas, M. G. S., Machado, M. A. V., & Macedo, M. A. S. (2015). Fatores determinantes da 

eficiência dos clubes de futebol do Brasil. Advances in Scientific and Applied Accounting, 

8(1), p. 113-132. 

Dimitropoulos, P. E., & Koumanakos, E. (2015). Intellectual capital and profitability in 

european football clubs. International Journal of Accounting, Auditing and Performance 

Evaluation, 11(2), 202-220. 

Domingues, E. P., Betarelli, A. A., Júnior, & Magalhães, A. S. (2011). Quanto vale o show? 

Impactos econômicos dos investimentos da Copa do Mundo 2014 no Brasil. Estudos 

Econômicos, 41(2), 409-439. 

Ecer, F., & Boyukaslan, A. (2014). Measuring performances of football clubs using financial 

ratios: The gray relational analysis approach. American Journal of Economics, 4(1), 62-71. 

Famá, R., & Barros, L. A. B. C. (2000). Q de Tobin e seu uso em finanças: aspectos 

metodológicos e conceituais. Caderno de Pesquisas em Administração, 7(4), 27-43. 

Forbes. (2016a). The world's most valuable soccer teams 2016. Retrieved from 

https://www.forbes.com/sites/mikeozanian/2016/05/11/the-worlds-most-valuable-soccer

teams-2016/#39e7d93e73b0. 

Forbes. (2016b). 13 times de futebol mais valiosos do Brasil em 2016. Recuperado de 

http://www.forbes.com.br/listas/2016/11/13-times-de-futebol-mais-valiosos-do-brasil-em

2016/.  

Freeman, R. E., Harrison, J. S., Wicks, A. C., Parmar, B.L., & De Colle, S. (2010). 

Stakeholder theory: The state of the art. Cambridge: Cambridge University Press. 

Frick, B. (2007). The football players’ labor market: empirical evidence from the major 

European leagues. Scottish Journal of Political Economy, 54(3), 422-46. 

Gerhards, J., & Mutz, M. (2016). Who wins the championship? Market value and team 

composition as predictors of success in the top European football leagues. European 

Societies, 1-20. 

15 

www.congressousp.fipecafi.org 

Halkos, G., & Tzeremes, N. (2013). A two-stage double bootstrap DEA: The case of the top 

25 european football clubs’ efficiency levels. Managerial and Decision Economics, 34(2), 

108–115. 

Humphreys, B. R., & Mondello, M. (2008). Determinants of franchise values in North 

American professional sports leagues: Evidence from a hedonic price model. International 

Journal of Sport Finance, 3(2), 98–105. 

Kayo, E. K. (2002). A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e intangível

intensivas: uma contribuição ao estudo da valoração das empresas (Tese de doutorado). 

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Recuperado de 

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-05032003-194338/pt-br.php. 

Lei nº 13.155, de 4 de agosto de 2015. (2015). Institui normas sobre a responsabilidade fiscal 

e financeira para entidades desportivas, altera dispositivos das Leis nos 9.615, 8.212, 

10.671, 11.438 e os Decretos-Leis nos 3.688 e 204 e dá outras providências. Recuperado de 

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13155.htm. 

Magee, J., & Sugden, J. (2002). “The world at their feet”. Professional football and 

international labor migration. Journal of Sport & Social Issues, 26(4), 421–37. 

Megna, P., & Klock, M. (1993). The impact of intangible capital on Tobin´s Q in the 

semiconductor industry. The American Economic Review, 83(2), 265-269.  

Miller, P. (2007). Private financing and sports franchises values: The case of Major League 

Baseball. Journal of Sports Economics, 8(5), 449–467. 

Miller, P. (2009). Facility age and ownership in major american team sports leagues: The 

effect on team franchise values. International Journal of Sport Finance, 4(3), 176–191. 

Nicolau, J. L. (2011). The decision to raise firm value through a sports-business exchange: 

How much are Real Madrid’s goals worth to its president’s company’s goals? European 

Journal of Operational Research, 215(1), 281-288. 

Pereira, T. A. (2013). Orientações estratégicas para acrescentar valor à oferta dirigida a 

segmentos premium de clubes de futebol: o red pass do Sport Lisboa e Benfica 

(Dissertação de mestrado). Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Lisboa, 

Portugal. Recuperado de http://hdl.handle.net/10071/6954. 

Perruci, F. F. (2006). Clube-empresa: o modelo brasileiro para transformação dos clubes de 

futebol em sociedades empresárias (Dissertação de mestrado). Faculdade de Direito Milton 

Campos, Nova Lima, MG, Brasil. Recuperado de 

http://www.mcampos.br/posgraduacao/mestrado/dissertacoes/felipefalconeperrucci.pdf. 

Poli, R. (2010). Understanding globalization through football: The new international division 

of labour, migratory channels and transnational trade circuits. International Review for the 

Sociology of Sport, 45(4), 491–506. 

16 

www.congressousp.fipecafi.org 

Reinhart, W. J. (1977). The theoretical development and empirical investigation of a relative 

valuation concept (Doctoral dissertation). University of North Carolina, Chapel Hill, NC, 

United States of America. 

Rohde, M., & Breuer, C. (2016). Europe’s elite football: Financial growth, sporting success, 

transfer investment, and private majority investors. International Journal of Financial 

Studies, 4(2), 1-20. 

Rowbottom, N. (2002). The application of intangible asset accounting and discretionary 

policy choices in the UK football industry. British Accounting Review, 34(4), 335–355. 

Scelles, N., Helleu, B., Durand, C., & Bonnal, L. (2013). Determinants of professional sports 

firm values in the United States and Europe: A comparison between sports over the period 

2004-2011. International Journal of Sport Finance, 8(4), 280-293. 

Scelles, N., Helleu, B., Durand, C., & Bonnal, L. (2016). Professional sports firm values: 

Bringing new determinants to the foreground? A study of european soccer, 2005-2013. 

Journal of Sports Economics, 17(7), 688-715. 

Silva, C. V. G. F., & Campos, L. A. N., Filho. (2006). Gestão de clubes de futebol brasileiros: 

Fontes alternativas de receita. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão, 1(3), 195-209. 

Recuperado de http://www.uff.br/sg/index.php/sg/article/view/SGV1N3A2/20.  

Tavares, N. (2009). Futebol, Leis e Regulamentações. Recuperado de 

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=332. 

Ulrich, D. F. (2011). Winning off the field:  the determinants of MLB franchise value (Thesis). 

Claremont McKenna College, Claremont, CA, United States of America. Retrieved from 

http://scholarship.claremont.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1236&context=cmc_theses. 

Yang, D., & Sonmez, M. (2005). Intangible balls. Business Strategy Review, 16(2), 39–44. 

Zagnoli, P., & Radicchi, E. (2010). The football-fan community as a determinant stakeholder 

in value co-creation. Sport in Society, 13(10), 1532-1551. O artigo doa autores MARKE GEISY DA SILVA DANTAS 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

YURI GOMES PAIVA AZEVEDO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

CHRISTIANE LARISSA DUARTE DO NASCIMENTO 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte na Universidade de São Paulo.

Fator econômico é crucial nos clubes de futebol.

Confira os campeões de todos os campeonatos de futebol no Brasil e no mundo. No Site campeões do futebol.   https://www.campeoesdofutebol.com.br/competicoes.html

Confira os canais do site campeões do futebol.https://www.campeoesdofutebol.com.br/canais.html

Imagem ; Site Sports Value . 





                   .


Nenhum comentário:

Postar um comentário