. As Williams haviam dominado os treinos livres e classificatórios. Alain Prost tinha marcado a pole-position e Damon Hill a segunda posição no grid de largada, completando a “dobradinha” da equipe de Frank Williams. A diferença de tempo entre Prost e Senna, que largou em terceiro, de quase dois segundos, chamou à atenção. Senna sabia do favoritismo das Williams, entretanto, esperava por uma boa prova, principalmente se a chuva chegasse durante a corrida, nivelando o nível dos carros, fazendo com que o piloto fizesse a diferença.
A corrida.
Na largada, Michael Andretti e Gerhard Berger se envolveram em um acidente na curva que dá acesso ao "S do Senna". Os dois pilotos não sofreram ferimentos graves.
Ayrton pula para a segunda posição mas viu sua diferença em relação a Prost aumentar a cada volta. Na 24ª volta, Senna foi penalizado com um "Stop and Go" de 10 segundos, por ter feito uma manobra arriscada em cima de Erik Comas, caindo assim para a quarta posição.
Na volta 27 começou a chover em Interlagos e Senna percebendo que a precipitação podia se intensificar, fez seu pit stop primeiro para trocar os pneus "slick", pelos pneus de chuva. Os demais pilotos foram parando para trocarem os seus pneus, enquanto que Prost resolveu continuar com os pneus "slick". Na 28ª volta, Aguri Suzuki perde o controle de sua Arrows e bate violentamente no muro da reta dos boxes, por não ter trocado os seus pneus, e na volta 29 Prost não conseguiu mais segurar a sua Williams, rodando e se chocando com a Minardi de Christian Fittipaldi, que tinha rodado também, por não ter trocado os pneus, assim os dois carros foram parar na caixa de brita.
Devido a esses acidentes, somado com a chuva fortíssima que caia no autódromo, a direção de prova decidiu aplicar a bandeira amarela em todo o circuito, assim o safety-car entrou na pista e Hill se torna o novo líder da prova.
Na volta 39 , ocorre a relargada com Hill em primeiro. Imediatamente, Senna entra nos boxes antes de todos os pilotos e troca os pneus de chuva pelos pneus slick. Os demais foram efetuando as trocas nas voltas seguintes, sendo que Hill fez a sua parada mas conseguiu voltar na frente de Senna. Mesmo assim foi o suficiente para o brasileiro alcançar o carro do piloto inglês.
Na 41ª volta, Senna entra pela esquerda da subida do laranjinha, faz a ultrapassagem em cima do carro de Damon Hill e consegue tomar a primeira posição do inglês.
A partir de então, Senna administra a sua vantagem conseguida em cima do piloto inglês e parte para a sua 37ª vitória, a segunda e última conseguida em Interlagos.
Conclusão .
A inteligência exigida dos pilotos de Fórmula 1 evoluiu significativamente desde 1950, mudando de uma dependência maior da experiência e instinto para uma necessidade de adaptabilidade, multitarefas e processamento de dados em tempo real. Essa mudança se deve à complexidade crescente dos carros e das corridas, onde a gestão de eletrônica, informações da telemetria e comunicação com a equipe se tornaram cruciais.
Anos 1950-1970: A era da intuição e da mecânica
Carros simples: Os carros eram relativamente simples, com pouca eletrônica e volantes sem botões.
Decisão na pista: As decisões dos pilotos eram baseadas principalmente em seu instinto e na interpretação sensorial de seus carros (som do motor, vibrações).
Experiência valorizada: A alta idade média dos pilotos nessa época sugere que a experiência era um fator-chave para o sucesso.
Anos 1980-1990: A chegada da eletrônica e dos dados
Turbos e telemetria: A introdução dos motores turbo e a chegada da telemetria mudaram o jogo, permitindo que a equipe recebesse dados em tempo real.
Volantes mais complexos: Os volantes começaram a incorporar botões para ajustes, como a distribuição de frenagem e a pressão do turbo.
Nova habilidade: A capacidade de processar informações enquanto pilotava em alta velocidade começou a se tornar mais importante.
Anos 2000-Atualmente: O ápice da tecnologia e da multitarefa
Supercomputadores sobre rodas: Os carros se transformaram em laboratórios tecnológicos, com volantes que podem ter mais de 100 funções.
Multitarefa extrema: Os pilotos precisam gerenciar configurações complexas no volante (energia, freios, DRS), ao mesmo tempo em que reagem a mudanças na pista e se comunicam com a equipe.
Tempo de reação: O tempo de reação dos pilotos modernos é excepcionalmente rápido, bem menor que o de uma pessoa comum, e é essencial para evitar acidentes e ganhar posições.
Apoio estratégico: A inteligência artificial agora auxilia as equipes e os pilotos na tomada de decisões estratégicas durante a corrida.
Qualidades cognitivas e mentais
Além das habilidades técnicas, as seguintes capacidades mentais se tornaram cada vez mais importantes:
Foco mental: A concentração é crucial para a precisão e a tomada de decisões rápidas.
Memória: A capacidade de memorizar a pista e os pontos de referência é vital, especialmente considerando a visão limitada do cockpit.
Adaptação: A habilidade de se adaptar rapidamente a mudanças nas condições de corrida é fundamental.
Comunicação: A comunicação eficaz com os engenheiros é essencial para o ajuste do carro em tempo real. Segundo o Site Oficial da Fórmula 1.
desde 1950 até os dias de hoje
A inteligência aplicada pelos campeões da Fórmula 1 evoluiu significativamente, passando do foco na intuição e na pilotagem pura nas décadas de 1950 e 1960 para uma abordagem cada vez mais estratégica e baseada em dados na era moderna. A evolução tecnológica, a sofisticação da telemetria e o uso de inteligência artificial permitiram que a inteligência do piloto fosse complementada pela análise de dados em tempo real, refinando a estratégia de corrida.
A evolução da inteligência dos campeões da F1
Década Inteligência Aplicada Exemplos de Campeões
Anos 50–70 Intuição e Habilidade Pura: Com carros menos refinados e sem telemetria, a inteligência residia na capacidade de sentir o carro, prever o comportamento em diferentes condições e gerenciar a mecânica manualmente. Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jackie Stewart
Anos 80 Domínio da Tecnologia Turbinada: A chegada dos motores turbo exigiu a inteligência de gerenciar a potência explosiva, a confiabilidade do motor e o consumo de combustível, frequentemente com pouca assistência eletrônica. Niki Lauda, Nelson Piquet, Alain Prost
Anos 90 Estratégia e Adaptabilidade: A inteligência passou a incluir a capacidade de trabalhar com sistemas eletrônicos (como controle de tração e suspensão ativa) e aprimorar a estratégia de pit stops, gerenciamento de pneus e combustível. A disputa entre Senna e Prost exemplificou como diferentes abordagens estratégicas poderiam levar à vitória. Ayrton Senna, Alain Prost, Michael Schumacher
Anos 2000 Análise e Perfeição: Com a telemetria cada vez mais avançada, a inteligência dos pilotos foi complementada pela análise meticulosa dos dados. Campeões como Michael Schumacher e Fernando Alonso eram conhecidos por sua dedicação em analisar cada detalhe para extrair o máximo do carro. Michael Schumacher, Fernando Alonso
Anos 2010–Hoje Otimização por Dados e IA: A inteligência agora é uma colaboração entre piloto e equipe, com a inteligência artificial (IA) processando dados em tempo real para otimizar a estratégia de pneus, os pontos de frenagem e até o comportamento dos adversários. O piloto de ponta deve traduzir esses dados em ação na pista com precisão milimétrica, como Max Verstappen e Lewis Hamilton fazem. Lewis Hamilton, Max Verstappen
Inteligência na era moderna:
Nos últimos anos, a aplicação da inteligência na Fórmula 1 se tornou uma ciência precisa, onde a análise de dados e o uso de IA desempenham um papel crucial.
Estratégia em Tempo Real: As equipes usam IA para simular milhares de cenários de corrida com base em dados de telemetria em tempo real, degradação dos pneus e comportamento dos adversários.
Análise do Piloto: Dados de desempenho do piloto são analisados por machine learning para otimizar as linhas de corrida, uso do acelerador e frenagem.
Volante de Dados: O volante, que nos anos 50 era simples, hoje é uma ferramenta tecnológica que permite ao piloto fazer dezenas de ajustes finos no carro durante a corrida, com base nos dados que recebe da equipe. Segundo o Site Oficial da Fórmula 1.
Ayrton Senna. Foi um dos mais completos no seu tempo em termos de aplicar a inteligência. Conforme afirma seus próprios engenheiros.
E não cabem "lendas urbanas a respeito "..
Confira no Site Tudo sobre Fórmula 1 .https://www.tudosobreformula1.
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A reportagem do Portal Terra no link á seguir, traz uma comparação de Ayrton com os demais campeões da atualidade, em uma comparação com as mesmas 161 corridas que o tricampeão disputou entre 1984 a 1994. https://www.terra.com.br/
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