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A qualidade técnica do futebol brasileiro passou por transformações significativas desde suas origens até os dias atuais, marcada por uma transição do "futebol arte", baseado na criatividade e improvisação individual, para um modelo mais tático, físico e disciplinado.
Do Início à Era de Ouro (Até 1970)
Improvisação e Criatividade: Nos primórdios e na era romântica, o futebol brasileiro era caracterizado por uma qualidade de jogo impressionante, com ênfase na habilidade individual, improvisação e um estilo mais solto e fluido.
Futebol Arte: Esse período culminou na era de ouro, especialmente nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970. Com jogadores lendários como Pelé, Garrincha e Rivellino, a seleção brasileira exibia um futebol que encantava o mundo, com esquemas táticos (como o 4-2-4 e depois o 4-3-3 de 1970) que maximizavam o talento ofensivo dos atletas. A organização tática existia, mas o talento individual e a capacidade de decisão dos jogadores em campo eram os fatores preponderantes.
Declínio Relativo e a Busca por Organização (Anos 80 e 90)
Perda da Geração: Após 1970, o futebol brasileiro enfrentou um período de transição, com um certo declínio na qualidade técnica pura em comparação com a geração anterior. Houve uma busca por uma maior organização tática, muitas vezes influenciada por modelos europeus.
Futebol mais Competitivo e Físico: O jogo tornou-se mais físico e a marcação, que antes era predominantemente individual, evoluiu para sistemas mais complexos e coletivos.
A Era Moderna e a Globalização (Anos 2000 em Diante)
Influência Tática e Menos Espaço: O futebol atual é notavelmente mais rápido, taticamente organizado e fisicamente exigente. Os jogadores têm menos espaço e tempo para pensar, o que exige disciplina tática rigorosa e repetição exaustiva nos treinos.
Exportação de Talentos: A grande exportação de jovens talentos para a Europa, muitas vezes antes de atingirem a maturidade no Brasil, impacta a qualidade do campeonato nacional, que perde suas principais estrelas precocemente.
Impacto da Tecnologia: A tecnologia (como o VAR, análise de desempenho, etc.) modernizou o esporte, mas alguns críticos argumentam que a ênfase excessiva em dados e esquemas pode, por vezes, limitar a expressão da criatividade e do "futebol arte" característico do Brasil.
Técnicos Estrangeiros: A chegada de técnicos estrangeiros trouxe novas metodologias e maior rigor tático para os clubes brasileiros, o que tem elevado o nível de organização das equipes, embora o debate sobre o equilíbrio entre a tática e a habilidade individual persista.
Em resumo, a qualidade técnica individual do jogador brasileiro continua sendo uma referência mundial, mas o contexto geral do futebol mudou, valorizando mais a disciplina tática e a preparação física do que a improvisação pura de décadas passadas. Segundo a Revista Placar.
A ascensão econômica dos maiores clubes brasileiros nos últimos anos é marcada por um aumento significativo nas receitas, mas também por desafios persistentes relacionados ao endividamento. Flamengo e Palmeiras lideram o cenário financeiro, com faturamentos anuais bilionários, seguidos por Corinthians e São Paulo.
Panorama Econômico
O futebol brasileiro atingiu um recorde de receitas em 2024, com os 20 principais clubes apresentando um crescimento médio de 22%. No entanto, a gestão financeira varia consideravelmente entre as equipes, com algumas se destacando pela saúde financeira e outras enfrentando dívidas substanciais.
Clubes com Maiores Receitas (2024):
Flamengo: R$ 1,334 bilhão
Palmeiras: R$ 1,274 bilhão
Corinthians: R$ 1,114 bilhão
São Paulo: R$ 731,9 milhões
Botafogo: R$ 720 milhões
Clubes Mais Endividados (2025):
Corinthians: R$ 1,9 bilhão
Atlético-MG: R$ 1,4 bilhão
Cruzeiro: R$ 981,1 milhões
Vasco da Gama: R$ 928,5 milhões
Fatores de Ascensão Econômica
A evolução das finanças dos clubes brasileiros é impulsionada por diversas fontes de receita:
Direitos de TV e Premiações: Continuam sendo uma das principais fontes de renda, embora sua participação percentual no total tenha diminuído ligeiramente (de 36% em 2023 para 30% em 2024).
Transferências de Jogadores: Ganharam importância crescente, representando 26% da receita total em 2024, impulsionadas por negociações volumosas que ultrapassaram R$ 2,9 bilhões.
Marketing e Patrocínios: Atingiram 18% do total das receitas, indicando um maior aproveitamento comercial das marcas dos clubes.
Receitas de Matchday: Bilheteria, sócio-torcedor e exploração de estádios somaram quase R$ 2 bilhões, representando 10% da receita total.
Desafios
Apesar da ascensão nas receitas, o endividamento ainda é uma preocupação séria, totalizando bilhões de reais entre os principais clubes. A gestão eficiente e a diversificação de receitas são cruciais para a sustentabilidade a longo prazo do futebol brasileiro. A entrada de investidores, como no modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) adotado por clubes como Botafogo e Atlético-MG, tem potencial para reestruturar as finanças e impulsionar o crescimento. Segundo a Revista Sports Value.
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Imagem ; UOL
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