sábado, 8 de novembro de 2025

Grande Prêmio do Brasil de 1991

 Segunda  corrida do campeonato,  teve triunfo do brasileiro Ayrton Senna, da McLaren-Honda, com Riccardo Patrese em segundo pela Williams-Renault e Gerhard Berger em terceiro pela McLaren-Honda. Apesar do resultado, a corrida teve um final dramático pois Ayrton Senna perdeu quase todas as marchas de sua McLaren-Honda e sofreu um desgaste físico acima do normal, fazendo com que ele não conseguisse sair sozinho do carro ao cruzar a linha de chegada. Tais elementos fizeram desta uma das provas mais lembradas na carreira do piloto brasileiro.

As Williams, guiadas  por Nigel Mansell e Riccardo Patrese se mostravam velozes , em grande parte pela potência dos motores Renault, despontavam como grandes concorrentes dos motores Honda, que equipavam as McLaren. A disputa pela pole position comprovou esse equilíbrio. Senna conseguiu a pole na última volta, marcando 1:16.392, contra 1:16.775 de Patrese, conquistando assim, sua pole position de numerop 54 na sua carreira.

A corrida .

A corrida começou com Senna na liderança e Mansell , quando o ingles superou Patrese logo após a largada. Senna e Mansell ditavam o ritmo da prova abrindo larga vantagem com relação aos seus adversários. Com  Ayrton tendo muita intleigencia para economizar motor gasolina e pneus . As paradas nos boxes iriam fazer a diferença para decidir quem venceriua a corrida . A parada da McLaren foi perfeita, assim como a da  Williams.

Mansell roda na volta 61, o que dá a Senna a vantagem de 40 segundos sobre Patrese, que assumiu a segunda colocação. Neste momento, os problemas mecânicos começaram a aparecer no carro do brasileiro. Primeiro Ayrton perdeu a quarta marcha, tendo assim, que passar da terceira direto para a quinta. Depois, nenhuma marcha funcionava sem que ele tivesse que segurar a alavanca de marchas para que ela permanecesse engatada. O barsileiro  precisou  segurar a alavanca de câmbio com a mão direita e pilotar com a esquerda. Nesse ínterim, Mansell, com problemas no câmbio semiautomático, teve que desitir  Devido ao problema no seu câmbio, a diferença de Senna para Patrese diminuía a cada volta. O brasileiro terminou a corrida só com a sexta marcha funcionando normalmente. 

Restando  duas voltas para o fim começou a chover em Interlagos, o que acabou decidindo a corrida. Após cruzar a linha final, Senna permaneceu no carro, sem forças para sair. Quando parou o carro na reta oposta para receber a bandeira do Brasil, o carro não saiu do lugar, mostrando que de fato o carro estava apenas com uma unica marcha.

                      Conclusão .

A inteligência exigida dos pilotos de Fórmula 1 evoluiu significativamente desde 1950, mudando de uma dependência maior da experiência e instinto para uma necessidade de adaptabilidade, multitarefas e processamento de dados em tempo real. Essa mudança se deve à complexidade crescente dos carros e das corridas, onde a gestão de eletrônica, informações da telemetria e comunicação com a equipe se tornaram cruciais. 

Anos 1950-1970: A era da intuição e da mecânica

Carros simples: Os carros eram relativamente simples, com pouca eletrônica e volantes sem botões.

Decisão na pista: As decisões dos pilotos eram baseadas principalmente em seu instinto e na interpretação sensorial de seus carros (som do motor, vibrações).

Experiência valorizada: A alta idade média dos pilotos nessa época sugere que a experiência era um fator-chave para o sucesso. 

Anos 1980-1990: A chegada da eletrônica e dos dados

Turbos e telemetria: A introdução dos motores turbo e a chegada da telemetria mudaram o jogo, permitindo que a equipe recebesse dados em tempo real.

Volantes mais complexos: Os volantes começaram a incorporar botões para ajustes, como a distribuição de frenagem e a pressão do turbo.

Nova habilidade: A capacidade de processar informações enquanto pilotava em alta velocidade começou a se tornar mais importante. 

Anos 2000-Atualmente: O ápice da tecnologia e da multitarefa

Supercomputadores sobre rodas: Os carros se transformaram em laboratórios tecnológicos, com volantes que podem ter mais de 100 funções.

Multitarefa extrema: Os pilotos precisam gerenciar configurações complexas no volante (energia, freios, DRS), ao mesmo tempo em que reagem a mudanças na pista e se comunicam com a equipe.

Tempo de reação: O tempo de reação dos pilotos modernos é excepcionalmente rápido, bem menor que o de uma pessoa comum, e é essencial para evitar acidentes e ganhar posições.

Apoio estratégico: A inteligência artificial agora auxilia as equipes e os pilotos na tomada de decisões estratégicas durante a corrida. 

Qualidades cognitivas e mentais

Além das habilidades técnicas, as seguintes capacidades mentais se tornaram cada vez mais importantes:

Foco mental: A concentração é crucial para a precisão e a tomada de decisões rápidas.

Memória: A capacidade de memorizar a pista e os pontos de referência é vital, especialmente considerando a visão limitada do cockpit.

Adaptação: A habilidade de se adaptar rapidamente a mudanças nas condições de corrida é fundamental.

Comunicação: A comunicação eficaz com os engenheiros é essencial para o ajuste do carro em tempo real. Segundo o Site Oficial da Fórmula 1.

desde 1950 até os dias de hoje

A inteligência aplicada pelos campeões da Fórmula 1 evoluiu significativamente, passando do foco na intuição e na pilotagem pura nas décadas de 1950 e 1960 para uma abordagem cada vez mais estratégica e baseada em dados na era moderna. A evolução tecnológica, a sofisticação da telemetria e o uso de inteligência artificial permitiram que a inteligência do piloto fosse complementada pela análise de dados em tempo real, refinando a estratégia de corrida. 

A evolução da inteligência dos campeões da F1

Década  Inteligência Aplicada Exemplos de Campeões

Anos 50–70 Intuição e Habilidade Pura: Com carros menos refinados e sem telemetria, a inteligência residia na capacidade de sentir o carro, prever o comportamento em diferentes condições e gerenciar a mecânica manualmente. Juan Manuel Fangio, Jim Clark, Jackie Stewart

Anos 80 Domínio da Tecnologia Turbinada: A chegada dos motores turbo exigiu a inteligência de gerenciar a potência explosiva, a confiabilidade do motor e o consumo de combustível, frequentemente com pouca assistência eletrônica. Niki Lauda, Nelson Piquet, Alain Prost

Anos 90 Estratégia e Adaptabilidade: A inteligência passou a incluir a capacidade de trabalhar com sistemas eletrônicos (como controle de tração e suspensão ativa) e aprimorar a estratégia de pit stops, gerenciamento de pneus e combustível. A disputa entre Senna e Prost exemplificou como diferentes abordagens estratégicas poderiam levar à vitória. Ayrton Senna, Alain Prost, Michael Schumacher

Anos 2000 Análise e Perfeição: Com a telemetria cada vez mais avançada, a inteligência dos pilotos foi complementada pela análise meticulosa dos dados. Campeões como Michael Schumacher e Fernando Alonso eram conhecidos por sua dedicação em analisar cada detalhe para extrair o máximo do carro. Michael Schumacher, Fernando Alonso

Anos 2010–Hoje Otimização por Dados e IA: A inteligência agora é uma colaboração entre piloto e equipe, com a inteligência artificial (IA) processando dados em tempo real para otimizar a estratégia de pneus, os pontos de frenagem e até o comportamento dos adversários. O piloto de ponta deve traduzir esses dados em ação na pista com precisão milimétrica, como Max Verstappen e Lewis Hamilton fazem. Lewis Hamilton, Max Verstappen

Inteligência na era moderna: 

Nos últimos anos, a aplicação da inteligência na Fórmula 1 se tornou uma ciência precisa, onde a análise de dados e o uso de IA desempenham um papel crucial. 

Estratégia em Tempo Real: As equipes usam IA para simular milhares de cenários de corrida com base em dados de telemetria em tempo real, degradação dos pneus e comportamento dos adversários.

Análise do Piloto: Dados de desempenho do piloto são analisados por machine learning para otimizar as linhas de corrida, uso do acelerador e frenagem.

Volante de Dados: O volante, que nos anos 50 era simples, hoje é uma ferramenta tecnológica que permite ao piloto fazer dezenas de ajustes finos no carro durante a corrida, com base nos dados que recebe da equipe. Segundo o Site Oficial da Fórmula 1.

Ayrton Senna. Foi um dos mais completos no seu tempo em termos de aplicar a inteligência. Conforme afirma seus próprios engenheiros. 

E não cabem "lendas urbanas a respeito "..

Confira no Site Tudo sobre Fórmula 1                   .https://www.tudosobreformula1.com.br/c%C3%B3pia-alain-prost-o-professor-1

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A reportagem do Portal Terra no link á seguir, traz uma comparação de Ayrton com os demais campeões da atualidade, em uma comparação com as mesmas 161 corridas que o tricampeão disputou entre 1984 a 1994. https://www.terra.com.br/parceiros/guia-do-carro/senna-so-perde-para-schumacher-no-ranking-de-161-corridas,3f9160f6fe2181d1d9cfd98ac275d45agiaw1xie.html

 
Confira as estadísticas dos pilotos na Fórmula 1                        .https://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote.aspx

Imagem ; Site Youse .



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