terça-feira, 14 de maio de 2019

O equilíbrio no futebol brasileiro, eis a questão.

Certa vez, vi uma entrevista do presidente do Corinthians Andrés Sanchez no programa “Grande Circulo” do Sport TV. Em um determinado momento, ele foi questionado sobre a situação financeira do clube alvinegro. Ele justificou o fato de atletas Balbuena e Romero pedirem multas baixas quando chegarem propostas da seguinte maneira dizendo que é normal os atletas quererem sair do Corinthians para ganhar mais em outros clubes.
 O dirigente foi questionado sobre fato de clubes brasileiros pagarem salários de R$ 1 milhão por mês .Andrés foi taxativo “É inconsequente. Mas tem três times pagando” afirmou na entrevista.” É impossível .Eu posso pagar um milhão para o jogador, eu não quero pagar. O Teto do Corinthians é o Fagner e o Cássio. Ninguém ganha mais do que eles” completou o dirigente na entrevista . Bom leitor caro (a) leitor (a),não estou criticando dirigentes de clubes brasileiros que optam por pagar um salário de R$ 1 milhão por mês para determinados jogadores repatriados (embora eu tenha lá minhas duvidas se isso é viável no Brasil).
Bom leitor (a),acompanhando futebol e estudando dentro do que minha condição me permite, deu pra   perceber que o futebol brasileiro é composto por pelo menos mais de 20 clubes com tradições regionais no país. Esse diversos clubes com uma forte  tradição nos seus respectivos estados compões o campeonato brasileiro, que é considerado por muitos o campeonato nacional  mais disputado do mundo.
No futebol europeu existem apenas os campeonatos nacionais que tem apenas dois ou no máximo três clubes com força para serem campeões  nos seus países. Essa mesma estrutura de futebol também compõem o futebol dos demais países da América do Sul. Eu posso estar errado, mas baseado no meu raciocínio, eu concordo com o posicionamento do presidente do Corinthians.
Se eu fosse um presidente de clube no Brasil eu também não pagaria um salário de R$ 1 milhão por mês a jogador algum. Veja bem leitor (a),não estou entrando no mérito se isso é ou não viável no Brasil. No entanto, acompanhe meu raciocínio, o futebol brasileiro é composto por pelo menos mais de 20 clubes com muita tradição l nos seus respectivos estados. Já no futebol europeu, você tem no máximo campeonatos de dois ou três clubes tradicionais  no máximo.
Sendo assim, um Barcelona, um Real Madrid, uma Juventus ou Bayern de Munique tem totais garantias de ganhar campeonatos pagando salários acima de 1 milhão. No futebol brasileiro não há essa garantia. Sim leitor, pense bem. O campeonato brasileiro é composto por mais de 20 clubes com tradição regional nos seus estados. Sendo assim, o futebol brasileiro tende a ser mais equilibrado e mais cíclico entre períodos de vitórias e derrotas nos seus clubes do que no futebol europeu e nos demais países da América do Sul, aonde esse fenômeno cíclico entre vitórias  e derrotas entre os clubes  tende a ser bem menor.
Não custa lembrar que o Flamengo em 1995 fez investimentos milionários no ano do seu centenário e não conquistou troféu algum. Sendo assim caro (a) leitor (a),eu não vejo sentido em pagar um salário de R$ 1 milhão para um jogador no Brasil. Pois em um futebol tão equilibrado com vários clubes fortes em seus estados não há garantias de que  esse gasto vai se reverter em troféus .Eu posso até estar errado, mas acompanhando futebol desde criança e com minhas pesquisas no site campeões do futebol, eu cheguei á essa conclusão há alguns anos.
Portanto, eu concordo com o posicionamento de Andrés Sanchez, se eu fosse presidente do São Paulo (meu clube de coração),eu também não pagaria um milhão por mês a jogador algum. Ainda que o clube me permitisse ter condições de pagar. Pense bem leitor (a),somente no estado de São Paulo, existem outros três clubes com a mesma tradição regional que o São Paulo, no caso Corinthians, Palmeiras e Santos .Portanto, eu não teria garantias que eu iria ganhar tudo no ano com o São Paulo pagando um salário de R$ 1 milhão para dois ou três  jogadores e assim eu não vejo nenhum sentido em ter tal gasto. Um futebol brasileiro composto por vários clubes com tradição nos seus estados  não me dá essa garantia. Portanto, isso não me parece fazer sentido algum .Um cenário bem diferente com grandes clubes europeus como Juventus, Bayern de Munique, Barcelona e Real Madrid aonde os campeonatos nacionais na Europa são totalmente  concentrados em no máximo  dois ou três clubes a nível de brigar por títulos.


Imagem : Site Sports Value.



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