sábado, 23 de dezembro de 2023

Uma certa questão.

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Os clubes sul americanos, assinalaram apenas um gol nas cinco finais em que estiveram presentes na última década.

E foi  em cobrança de pênalti, anotado pelo Palmeiras.

A informação é da jornalista Amanda Kest.

O Acórdão Bosman, também conhecido como Lei Bosman, foi uma lei permitiu que os futebolistas, que são também considerados trabalhadores comunitários, não se vissem impedidos de jogar noutro país da União Europeia por normas internas da UEFA e das respectivas Federações nacionais de Futebol.

Esta Acórdão foi proferido pelo Tribunal de Justiça da União Europeia em 15 de dezembro de 1995, cinco anos após Jean-Marc Bosman entrar na justiça e pedir que seu clube, o RFC Liège, o liberasse para que ele pudesse jogar no clube francês Dunkerque

Aprovada em 1995, a Lei Bosman mudou para sempre os clubes de  futebol. Fruto de uma ação movida pelo belga Jean-Marc Bosman contra o seu então clube, o RFC Liege, a decisão permitiu que jogadores deixassem seus times após o final de seus contratos para assinar com outras equipes, além de derrubar as restrições relacionadas ao número de atletas da União Europeia nos seus clubes e campeonatos nacionais.

O processo foi iniciado em 1990, quando Bosman recusou uma oferta de renovação de contrato com o clube belga, que diminuiria seu salário em 75% do valor anterior. O ex-meia até recebeu uma proposta do Dunkerque, mas como o Liege não entrou em acordo com o clube francês, Bosman se viu “preso”, sem poder atuar ou se transferir

Mesmo com seu contrato rescindido ainda em 1990 e a transferência para o Olympique Saint-Quentin da França, Bosman deu sequência no processo contra o Liege, que só teria fim em 1995, com a decisão a favor do belga, que resultou na Lei Bosman.

A Lei Bosmana  conferiu  aos jogadores a liberdade para trocar de clubes e de buscar contratos mais favoráveis financeiramente, além da possibilidade de atuar em outros clubes de futebol em outros países com mais facilidade, mas nem todos os desdobramentos foram positivos.

A Lei de Bosman também afetou o balanceamento da competição entre os clubes de forma negativa, já que os clubes finançeiramente  mais poderosos e tradicionais passaram a ter mais poder para seduzir jogadores, que deixavam seus respectivos clubes  de formação sem o devido retorno financeiro.

Um dos exemplos emblemáticos é o do Ajax de 1995, campeão da Liga dos Campeões, que perdeu nomes de peso como Edgar Davids e Patrick Kluivert, tudo isso sem receber nada pelos craques, formados na base do clube holandês.

Nos clubes  sul-americanos, as mudanças ampliaram a diferença de nível com os clubes  europeus, já que segurar jovens talentos deixou de ser apenas uma tarefa difícil para se tornar uma missão praticamente impossível. Partindo do ano de aprovação da lei (1995), foram 19 títulos de equipes dos clubes da  europa no Mundial Interclubes, contra apenas seis dos clube sul americanos . O contraste é ainda maior quando consideramos os números antes de 1995, quando clubes  da CONMEBOL haviam obtido 20 troféus  contra 14 de troféus  dos clubes da  UEFA.

O abismo é inegável. Com poder para garimparem talentos no mundo inteiro. Os maiores clubes da Europa. Podem monatar verdadeiras seleções mundiais no seu elenco.

E os clubes sul americanos. Seguem cada vez mais longe do protagonismo de outrora.

Imagem ; Site Metrópoles. 





 

 




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