quinta-feira, 30 de julho de 2020

Um são paulino em estado terminal.

Acompanhando futebol desde criança, pude ver equipes fortes no meu Tricolor, e pude vê-lo conquistar três títulos paulistas, em 1985, 1987 e 1989, além de um título do Brasileiro em 1986. Tivemos algumas derrotas, é verdade, mas vale dizer que quando vinham, o time do não era ‘surrado’ em campo.

Eu me lembro que o São Paulo era tido como modelo administrativo, onde se dizia que os antigos diretores lavavam a roupa suja internamente e nada se vazava publicamente. Em 1990, após a participação ruim no Campeonato Paulista, chegava ao clube Telê Santana, que, com total respaldo, começou a montar o elenco que seria bicampeão Sul-americano e Mundial. Além disso, ele começou a melhorar ainda mais a estrutura do clube. Naquele ano, o Tricolor chegou às finais do Brasileirão contra o Corinthians, de Neto e Nelsinho Batista. Infelizmente, o time, que chegou como favorito, acabou perdendo o título. Mas, como eu já disse, as derrotas fazem parte do jogo. E o elenco prometia para o ano seguinte.
Em 1991, o tricolor paulista conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e do Paulistão sob a batuta do treinador. Mais uma vez, a equipe era citada como modelo administrativo. Em 92 e 93, ainda vieram as conquistas da Taça Libertadores e do Mundial Interclubes, e isso comprova o quanto o meu Tricolor foi um clube que soube ser bem administrado.

Infelizmente, a conquista do tricampeonato, em 1994, não veio por conta de uma má arbitragem na final contra os argentinos do Vélez Sársfield. Após esse período, os títulos não vieram, pois Corinthians e Palmeiras se fortaleceram. Ainda assim, o time revelou bons jogadores nas suas categorias de base. Em 19 96, um dos olheiros descobriu o jovem França, um dos melhores atacantes que eu vi jogar.

Veio a conquista do Paulista de 98, contra o forte Corinthians de Luxemburgo, e o de 2000, contra o Santos de Giba. Também tivemos a tríplice coroa em 2005 e o Tri-Brasileiro em 2006 ,2007 e 2008. A partir de 2010, o meu Tricolor parou no tempo e foi sendo ultrapassado pelos rivais do estado. Montando elencos fracos tecnicamente, passou a ser surrado em campo em todos os clássicos regionais. A única coisa em que o São Paulo esteve muito bem servido foi de ótimos treinadores, como Muricy Ramalho, Paulo Cesar Carpegiani, Ney Franco, Paulo Autuori, Juan Carlos Osório, e agora o argentino Edgardo Bauza. Entretanto, a fragilidade dos elencos impediu que os treinadores brigassem na parte de cima das tabelas.
A decadência na gestão tricolor foi tanta que na contratação de Osório a direção prometeu um elenco vencedor e uma ótima estrutura nas categorias de base. No entanto, não foi nada disso que o colombiano encontrou quando assumiu o time. O CT de Cotia, por exemplo, não revela praticamente ninguém. Ainda assim, Osório tirou leite de pedra e classificou o time para a Libertadores em 2015.
O argentino Edgardo Balza também sofreu com as limitações do elenco em 2016. Ainda assim, levou o limitado time são paulino as semifinais da Copa Libertadores naquele ano. Em 2013 e 2017, houveram ameaças de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
O tricolor está seguindo a mesma receita que Corinthians e Palmeiras seguiram quando foram rebaixados. Haverá um determinado momento em que os treinadores não conseguirão mais fazer milagre, e o time corre o risco de protagonizar o pior vexame de sua história. Hoje, por exemplo, sem a menor sombra de dúvida o São Paulo é a quarta força do estado.
E assim segue este apaixonado são-paulino, um torcedor em “estado terminal”.
Clique no link abaixo e veja as conquistas são paulinas . As informações no link á seguir são do blog do São Paulo.



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