O campeonato mundial em 1990, prometia uma disputa acirrada
entre o brasileiro Ayrton Senna e o francês Alain Prost. Alain havia acertado os
carros da Ferrari, com o cambio semi automático,enquanto Ayrton havia trabalhado
com maestria a parte aerodinâmica dos carros da MC Laren.
Ayrton havia vencido a corrida anterior no Grande Premio dos
Estados Unidos, e assim, chegava com confiança para o Grande Premio do Brasil,
que iria ser disputado em São Paulo após dez anos.
Nos treinos, Senna foi o mais veloz e fez a pole,com seu
companheiro Gerhard Berger ao seu lado na primeira fila do grid.Já na segunda
fila,tivemos Thierry Boutsen e Ricardo Patrese com as Williams. Já na terceira
fila, tivemos Nigel Mansell e Alain Prost, com as duas Ferraris.
Alain sempre foi marcado por um estilo de pilotagem seguro,
leve e muito elegante. Um dos exemplos disso era a economia dos componentes do
carro (motor,gasolina e pneus) durante a
maior parte da corrida,para que as grandes acelerações de dessem somente nos
momentos mais decisivos da corrida ( como nos instantes de ultrapassagem).Adotando
essa forma racional e calculista de competição,Prost ficou conhecido como o
“professor”.
As arquibancadas em Interlagos estavam lotadas.Ayrton fez uma
largada conservadora e manteve a ponta
no começo da corrida. Allain fazia uma corrida de recuperação, já
havendo pulado da sexta para a quarta colocação.
Apesar de não contar com Berger para manter o primeiro lugar,
Senna aumentou sua vantagem na liderança da corrida, pois Thierry Boutsen
cometeu um erro ao entrar nos boxes, ao atropelar um dos pneus novos e quebrar
o bico do seu Williams.
Ayrton vinha fazendo uma corrida segura e se mantendo em primeiro.
Entretanto, o brasileiro se chocou com Satouro Nakajima na volta 42 e teve que
fazer uma parada emergencial para trocar o bico da sua MC Laren. Ayrton teve
que fazer uma corrida intensa de recuperação, fazendo varias ultrapassagens.
Já Alain, que havia economizado os componentes do carro na
primeira metade da corrida, fez as grandes acelerações para vencer pela sexta
vez o Grande Premio do Brasil. O austríaco Gerhard Berger chegou em segundo e
Ayrton Senna ainda completou o pódio em terceiro.
Prost chegava a impressionante marca de 40 vitórias na sua carreira, e
assim, se mantinha até então, como o maior vencedor de corridas da história da
Formula 1 em todos os tempos.
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