O Galo segue se mexendo para transformar o clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol), o repórter Claudio Rezende, da Itatiaia, divulgou o interesse de um fundo norte-americano que estaria próximo de adquirir 50% + 1 das ações do clube. Veja um pouco sobre a carreira do possível comprador da SAF.
Grieve já tem em seu currículo uma “experiência” com futebol, nada animadora é verdade. Em 2009 comprou o Bantu Rovers, clube do Zimbábue que foi criado um ano antes (2008). Desde então, o time esteve durante quatro temporadas na primeira divisão da liga nacional. Em 2009, quando conseguiu sua melhor colocação, terminou o campeonato em 9º. A informação é de Caleb Ribeiro, no Portal do Atleticano.
Os sócios do Bahia votaram a favor da venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ao Grupo City. A decisão foi tomada neste sábado, após assembleia realizada na Arena Fonte Nova. A proposta, que garante um investimento de R$ 1 bilhão no Tricolor, ao longo de 15 anos, em troca de 90% da SAF, foi aprovada por 98,6% dos votos válidos.
Logo após a divulgação do resultado, o presidente Guilherme Bellintani oficializou a aceitação da proposta feita pelo Grupo City.
"Está oficializado o sim. O Bahia aceita a proposta formalizada para transformação em SAF", disse Bellintani.
- Hoje nossos sócios tomaram uma decisão histórica e democrática, nos aproximando de formar parte do maior e mais pioneiro grupo de futebol do mundo e de um novo futuro para o nosso querido e ousado clube, por meio do Bahia SAF. É muito emocionante que o nosso querido clube esteja prestes a formar parte do City Football Group. Continuaremos trabalhando duro nos próximos meses para finalizar o investimento - completou Bellintani.
O vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz, também falou após o resultado ser oficializado na Arena Fonte Nova.
- Primeiro um agradecimento para todos que votaram e participaram deste processo. Hoje me remete muito ao dia 17 de maio de 2013, quando neste mesmo lugar, esse mesmo público escolheu fazer do Bahia democrático. E não se enganem, foi a democracía que nos trouxe aqui, que nos possibilitou evoluir - disse Ferraz.
Carlos Santoro, representante do Grupo City, acompanhou a votação na Fonte Nova e também falou ao final do processo.
- Queríamos agradecer pela aprovação para trazer o Bahia para parte de nossa família. Temos muito trabalho pela frente, uma transição nos próximos meses, e vamos trabalhar junto para que possamos construir um grande ano para vocês, um grande projeto de médio e longo prazo. Temos muitas decisões para tomar nas próximas semanas e vamos trabalhar junto nisso.
Em vídeo, o CEO do Grupo City, Ferran Soriano, também deixou seu recado para os torcedores do Bahia. Ele agradeceu pela aprovação e projetou o futuro da parceria com o Tricolor.
Em nome de todos nós, obrigado pela confiança. Obrigado por confiar em nós para cuidar do clube de vocês. É uma grande honra e uma grande responsabilidade, que encaramos com a seriedade que merece. Hoje é um dia histórico, mas ainda não cruzamos a linha de chegada. Serão necessários mais alguns meses para finalizar aspectos jurídicos e financeiros que são importantes também. Os times do Bahia e do City vão trabalhar juntos na preparação da próxima temporada. Várias pessoas do City já estão em Salvador para comemorar a votação. O clube já demonstrou sua capacidade e juntos seremos ainda melhores. Já aprendemos bastante sobre o Bahia, sua história e valores, mas vamos aprender mais. Tenham certeza que o City vai dedicar todos os esforços para fazer do Bahia um clube ainda melhor e maior. Vamos trabalhar duro para finalizar o acordo e fazer nosso futuro juntos. Vamos precisar da ajuda e apoio de vocês e tenho certeza que vamos ter - finalizou.
Entenda a aprovação da SAF
No último sábado, foram realizadas duas assembleias entre os sócios, uma pela manhã e outra à tarde. Na primeira, das 8h às 13h, foi aprovada a adequação do estatuto do Bahia à Lei nº 14.193/2021, que possibilitou ao clube constituir uma SAF. Depois, a segunda assembleia do sábado, das 14h às 19h, aprovou a constituição do Bahia SAF.
Na proposta, o Grupo City se comprometeu a aportar R$ 1 bilhão da seguinte forma:
Mínimo de R$ 500 milhões para a compra de jogadores;
R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas;
R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros - único item não obrigatório.
Antes da votação final que decidiu sobre a SAF, no entanto, o Conselho Deliberativo do Bahia promoveu diversas reuniões e encontros para debater o assunto. Além disso, a aprovação da constituição da Sociedade Anônima do Futebol com o Grupo City foi recomendada pelo Conselho por unanimidade e contou com pareceres favoráveis das comissões Jurídica e Provisória da SAF.
O acordo permanecerá em vigor por um prazo determinado de 90 anos, renovável por períodos adicionais. Agora, o clube poderá resolver pendências relacionadas ao futebol antes do início da temporada 2023, na qual vai disputar Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série A do Campeonato Brasileiro. De acordo com o Portal Globo Esporte.
Á você que está me lendo eu digo : Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um modelo especial de constituição de empresas voltada para o futebol no Brasil. Em 8 de dezembro de 2018, este molde de sociedade foi inicialmente proposta por conselheiros e beneméritos influentes do Botafogo, e elaborado com a ajuda do clube carioca durante 3 anos, visando melhorar as gestões financeiras e as transparências nos clube esportivos, sendo oficialmente introduzido por meio da Lei nº 14.193 de 6 de agosto de 2021.
Associações sem fins lucrativos no futebol são clubes que buscam recursos financeiros, com o objetivo principal que não seja o seu enriquecimento. As sociedades empresárias, por outro lado, são o instrumento legal mais adequado e disponível na lei brasileira para transferir lucros a seus sócios. A premissa das sociedades empresárias, aliás, é a busca do lucro aos seus associados.
A grande diferença do novo modelo empresarial para os antigos clube-empresas, constituídos nas formas de S/A e LTDA, é que a SAF tem uma tributação mais vantajosa, além de possuir maior transparência, com regras claras de governança e com fiscalização pela CVM, o que deixa o negócio mais interessante e seguro para os investidores.
Outro ponto de diferença da Sociedade Anônima do Futebol para as demais modalidades de empresas diz respeito ao pagamento das dívidas. A SAF tem a obrigação de pagar os credores em até 10 anos. Nos primeiros 6 anos, 70% das dívidas cíveis e trabalhistas precisam ser quitadas, mas é possível renovar por mais 4 anos para concluir os pagamentos. Além disso, há vantagens para que as dívidas sejam negociadas.
Em 6 de dezembro de 2021, o Cruzeiro foi a primeira associação sem fins lucrativos a trocar o seu CNPJ para Sociedade Anônima do Futebol.[5] Em 18 de dezembro de 2021, o Cruzeiro também se tornou a primeira SAF que assinou um pré-contrato, ao aceitar a oferta vinculante do ex-jogador pentacampeão do mundo Ronaldo Nazário, por 90% do clube mineiro,[6] tendo 120 dias para concluir a compra. O Cruzeiro acreditava que seria o pioneiro do modelo no Brasil, mas os mineiros atrasaram em várias burocracias na afobação, como na falta de transparência das dívidas ao comprador, adiando a aprovação interna da venda e até colocando a assinatura definitiva de Ronaldo em risco "Tecnicamente, sim. No contrato, há essa saída. Mas está longe da minha cabeça, do meu pensamento desistir do projeto" Em 14 de março, houve um conselho entre Ronaldo e os dirigentes da equipe celeste, com o ex-jogador pedindo mais garantias para fechar a compra, o que foi determinante para o ex-jogador assinar a compra definitiva do clube mineiro em meados de abril e aceitando de vez o desafio de salvar o Cruzeiro da extinção.
Nesse intervalo de tempo, em 3 de março de 2022, o Botafogo se tornou a primeira SAF oficialmente vendida no Brasil, após a sua venda ter passado por todos os trâmites do processo de aquisição, ao constituir o registro do seu CNPJ novo,além de ter tido a sua venda aprovada no conselho deliberativo e na votação dos sócios, assim assinando o contrato mútuo e definitivo de venda do clube. O empresário norte-americano John Textor, por meio da Eagle Football Holding, assinou um pré-contrato para adquirir 90% das ações do clube carioca, por um investimento inicial de R$ 410 milhões e absorção da dívida de R$ 1 bilhão, o que totalizou a compra em um valor recorde no Brasil de R$ 1.4 bilhão, além da promessa de entrega de CTs modernos, para a base e profissional no acordo selado. Durante os acertos finais do contrato de compra, John ainda comentou sobre a possibilidade de melhorar o Estádio Nilton Santos e não descartou um estádio próprio.
Curiosamente muitos clubes aderiram a onda do novo modelo de gestão, após o acordo promissor do Botafogo e começaram a buscar investidores interessados em investir no futebol brasileiro, inclusive alguns que eram contra os clubes virarem empresas e que atrapalharam o procedimento de criação da Lei da SAF, como o Vasco da Gama, devido a permanência na Série B em 2022 e falta de perspectiva, ao assinar um pré-contrato de venda de 70% das suas ações, ao aceitar a oferta vinculante do fundo de investimentos norte-americano 777 Partners que os procurou, por um empréstimo imediato de R$ 70 milhões retirados do aporte inicial de R$ 700 milhões oferecidos, depois do grupo norte-americano ter tentado fechar com o Botafogo, oferecendo um aporte inicial de mesmo valor, por meio de um grupo político apoiado inicialmente pelo ex-presidente Carlos Augusto Montenegro. De acordo com as informações nos veículos de imprensa, no jornalismo esportivo.
A administração nos clubes brasileiros, é completamente amadora. Os clubes brasileiros, são administrados por dirigentes completamente despreparados, que não possuem o mínimo conhecimento em gestão esportiva.
O futebol se torna cada vez mais globalizado. Sendo assim, os clubes brasileiros, também precisam acompanhar esta tendência. Posso estar errado. Se as SAFS derem errado, você pode me cobrar leitor (a). Pois não sou o dono da verdade.
Mas, ao que me parece, as SAFS, irão trazer uma gestão mais profissional, o que daria mais organização administrativa aos clubes brasileiros, na sua maioria, atolados em dividas.
Imagem: Site Sports Value.
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