Olá caro(a) leitor(a), hoje vou abordar um assunto que gerou muita polêmica nos programas esportivos que eu acompanhei, desde de que a seleção brasileira conquistou o pentacampeonato mundial em 2002.
A comparação vem a tona. Pois desde o pentacampeonato mundial em 2002, a seleção brasileira vem sendo eliminada por seleções europeias em Copas do Mundo.
Muitos comentaristas e também torcedores fazem a comparação do futebol brasileiro com o futebol europeu.
Posso dizer que eu ouvi todos os tipos de opiniões, tanto de comentaristas esportivos quanto de torcedores, a favor e contra o nosso futebol, aliás caro leitor eu ouvi muitos torcedores dizerem que o nosso futebol é um lixo se comparado ao futebol dos principais eixos do velho continente, já por parte dos comentaristas mesmo as opiniões mais ácidas que eu acompanhei não chegaram a tanto, mas as críticas foram enfáticas em relação a certas questões.
Bom, vamos aos fatos, desde Pelé e Leônidas da Silva o Brasil tem sido um celeiro de craques, haja vista que tivemos Didi, Vavá, Garrincha, Nilton Santos, Djalma Dias, Carlos Alberto Torres, Tostão, Reinaldo, Zico, Roberto Dinamite, Romário, Ronaldo, entre outros.
Brasil também é o país que mais conquistou títulos mundiais e o único a disputar todos os mundiais, desde que acompanho futebol há pouco mais de 30 anos, sempre assisti muitos comentaristas afirmam que não fossem as mazelas do nosso futebol fora dos gramados certamente a seleção canarinho teria mais do que cinco títulos mundiais.
As teses dos críticos do futebol brasileiro ganham ainda mais força, se você acompanhar os últimos escândalos de corrupção envolvendo a participação do Rio de Janeiro nas últimas olimpíadas, provavelmente os críticos muito provavelmente irão dizer “Está vendo? eu falei com o futebol brasileiro é uma esculhambação total”, de fato com esses noticiários fica complicado debater com os críticos de plantão, pois contra determinados fatos dificilmente há argumentos.
Já os otimistas afirmam que o futebol europeu também tem seus problemas, que não se pode fazer com que o futebol brasileiro carregue sempre o estigma de vira latas, os otimistas em sua argumentação provavelmente irão dizer, “Afinal de contas tivemos Pelé e Garrincha”, de fato leitor, talvez se você pensar bem, o argumento dos otimistas ganham força se analisarmos que Pelé foi eleito o atleta do século, ainda cabe ressaltar que pelo menos cinco brasileiros estão na seleta lista dos maiores artilheiros de todos os tempos, e ainda revelamos Neymar.
Mas entretanto os críticos certamente irão dizer que o futebol nas principais ligas do velho continente é exemplo de estrutura e organização, além disso, os críticos certamente irão citar que Inglaterra e Alemanha resolveram seus problemas com torcidas organizadas no começo dos anos 1990, aliás nesse quesito podemos até considerar a hipótese dos críticos afirmarem o seguinte, “Tá vendo, eles acabaram com a violência nos estádios porque não existe o esquema com torcidas organizadas”, além disso os críticos também podem afirmar que no velho continente os estádios não viram elefantes brancos depois de inaugurados.
Entretanto os otimistas apesar de reconhecerem nossas mazelas, certamente irão rebater citando o rebaixamento da Juventus de Turim e a perda dos títulos das temporadas 2004-2005 e 2005-2006 por envolvimento de seus principais dirigentes com um esquema de corrupção, irão novamente dizer que esses problemas não são exclusividade no futebol brasileiro, aliás, certamente também nesse caso podemos considerar que os otimistas certamente irão dizer o seguinte “Os nossos jogadores ainda são os mais procurados nos grandes centros”.
Bom, para não me estender muito mais, vou dar minha opinião pessoal sobre o assunto, pode-se afirmar que os críticos e otimistas têm razão nos seus respectivos argumentos, de fato alguns dos problemas do esporte brasileiro no geral não são resolvidos por falta de vontade dos nossos dirigentes e de parte das nossas autoridades.
No esporte brasileiro como um todo existe o problema dos “eternos dirigentes”, que ficam anos e anos nos cargos e não acrescentam nada por não terem qualquer preparo para serem dirigentes esportivos, claro que não se pode generalizar pois tivemos alguns casos de bons dirigentes por exemplo, nesse quesito vale ressaltar o caso do ex jogador César Sampaio que durante anos estudou Administração e Gestão esportiva e se preparou para ser dirigente.
No entanto os otimistas também tem sua razão nos seus argumentos, pois de fato tivemos Pelé, Garrincha, Ayrton Senna e Nelson Piquet por exemplo, com a conquista da inédita medalha de ouro no futebol ficou provado que o futebol pentacampeão não adquiriu a chamada “caveira de burro” e que ainda revela excelentes jogadores.
Os problemas do esporte brasileiro com um todo são inegáveis, mas isso não necessariamente diz que o nosso futebol tenha adquirido a “caveira de burro”, apesar das nossas mazelas ainda temos grandes talentos anônimos por aí, que não se destacam pela falta de estrutura do esporte brasileiro como um todo.
Imagem : Facebook da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
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