Em meio aos recentes sucessos de Botafogo e Cruzeiro, o modelo de gestão das Sociedades Anônimas de Futebol vem, cada vez mais, tornando-se pauta entre os principais times do futebol brasileiro.
O Vasco da Gama, por exemplo, terá neste ano, sua primeira temporada como uma SAF e de início, já demonstrou uma grande mudança em suas contratações, fechando com bons nomes, como o artilheiro Pedro Raúl, ex-Goiás.
Todavia, não são todos os times que parecem ter o desejo de aderir ao modelo. O Corinthians, por exemplo, teve em três oportunidades, propostas para se tornar uma 'SAF', com a diretoria tendo em todas as oportunidades, recusando as sondagens.
Quem também não parece ter interesse no modelo é o Grêmio, que segundo informação divulgada hoje (21), pelo portal Grêmio TimeLine, recusou ainda este ano, uma proposta extremamente rentável financeiramente para se tornar uma SAF.
De acordo com o portal, uma empresa europeia, de nome não revelado, tentou no início deste ano persuadir o time a se tornar uma SAF, oferecendo R$ 1,8 bilhão pela aquisição de toda a SAF gremista. A informação de Luiz Henrique Siva Pereira no Portal Fanaticos.
Á você que está me lendo eu digo : Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é um modelo especial de constituição de empresas voltada para o futebol no Brasil. Em 8 de dezembro de 2018, este molde de sociedade foi inicialmente proposta por conselheiros e beneméritos influentes do Botafogo, e elaborado com a ajuda do clube carioca durante 3 anos, visando melhorar as gestões financeiras e as transparências nos clube esportivos, sendo oficialmente introduzido por meio da Lei nº 14.193 de 6 de agosto de 2021.
Associações sem fins lucrativos no futebol são clubes que buscam recursos financeiros, com o objetivo principal que não seja o seu enriquecimento. As sociedades empresárias, por outro lado, são o instrumento legal mais adequado e disponível na lei brasileira para transferir lucros a seus sócios. A premissa das sociedades empresárias, aliás, é a busca do lucro aos seus associados.
A grande diferença do novo modelo empresarial para os antigos clube-empresas, constituídos nas formas de S/A e LTDA, é que a SAF tem uma tributação mais vantajosa, além de possuir maior transparência, com regras claras de governança e com fiscalização pela CVM, o que deixa o negócio mais interessante e seguro para os investidores.
Outro ponto de diferença da Sociedade Anônima do Futebol para as demais modalidades de empresas diz respeito ao pagamento das dívidas. A SAF tem a obrigação de pagar os credores em até 10 anos. Nos primeiros 6 anos, 70% das dívidas cíveis e trabalhistas precisam ser quitadas, mas é possível renovar por mais 4 anos para concluir os pagamentos. Além disso, há vantagens para que as dívidas sejam negociadas. De acordo com os veículos de imprensa no Brasil.
Dentre os 20 clubes que disputarão a Série A do Campeonato Brasileiro de 2023, apenas 8 apresentaram um saldo de transferências positivo na janela de inverno ao final de fevereiro. Além do Palmeiras, que está entre os 10 clubes de maiores saldos de transferências na janela de inverno, outros 7 clubes da Série A possuem saldo positivo. De acordo com a Pluri Consultoria.
Um clube não funciona sem equilíbrio financeiro e sem ter dinheiro em caixa. A inserção do esporte como entretenimento transformou os clubes de futebol em um negócio. E não há negócio que sobreviva sem dinheiro. Está mais do que provado que o balanço financeiro de um clube esportivo ou de um clube-empresa está completamente em sintonia com a capacidade que esse clube tem de ganhar jogos e títulos.
SAF é meio e não fim. Ser uma SAF não significa que o clube está imune à crise. É uma sociedade anônima. As empresas quebram. O risco de você ter uma SAF é porque pode quebrar se for mal gerida. Por isso. Um clube de futebol deve escolher muito bem o seu respectivo investidor.
Contudo. Uma SAF bem administrada. E exatamente o que talvez deixaria os clubes de futebol no Brasil, um pouco mais fortes em termos financeiros, para tentar diminuir sua desvantagem em relação aos maiores clubes da Europa.
Entre 2014 a 2021 , o Flamengo tem sido um clube superavitário, um clube que gerava lucro nos seus balanços financeiros. Conforme eu já comentei em postagens anteriores, o clube empresa começou a ganhar sua força no Brasil.
Com quase 40 milhões de torcedores (as) e financeiramente equilibrado, o Flamengo seria um sério candidato a superpotência, caso se transformasse em uma SAF ( Sociedade Anônima de Futebol).
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Imagem : Site Liquipedia.
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