No aniversário de Ayrton Senna, eu trago sua primeira vitória no Grande Premio de Portugal em 1985. Uma atuação expendida sob fortíssima chuva. A atuação de Ayrton Senna, no Grande Premio de Portugal em 1985, supera até sua vitória no Grande Premio da Europa em 1993.
Acompanho a Fórmula 1 desde 1983. Na minha opinião, o Grande Prémio de Portugal em 1985, foi a melhor atuação da carreira de Ayrton Senna. Na minha lista, a atuação de Ayrton Senna em Portugal 1985, supera inclusive a de Donington Park, no Grande Prêmio da Europa em 1993.
Nos treinos classificatórios, Senna deu um show ao conseguir uma volta voadora nos últimos instantes e cravar um tempo de 1:21.007 contra 1:21.420 do francês Alain Prost, que tinha em sua McLaren o melhor carro do grid e ainda assim Ayrton foi quase 1 segundo mais rápido que o francês, na segunda fila tivemos pela ordem o finlandês Keke Rosberg com a Williams Honda e o italiano Elio de Angelis, companheiro de Senna na Lotus e na terceira fila tivemos o italiano Michelle Alboreto com sua Ferrari e o inglês Derek Warwick com a Renault.
No dia da corrida chovia muito no circuito de Estoril, na largada Senna foi perfeito e manteve a ponta, com uma pilotagem perfeita ia mantendo o carro debaixo de uma tempestade abrindo vantagem para seus adversários nas primeiras voltas. Na terceira volta o francês François Hesnault abandona com seu Brabham BMW por problemas elétricos, enquanto o também francês Philippe Allot roda com seu RAM HART e dá adeus a corrida.
Já na quarta volta, é a vez do italiano Riccardo Patrese abandonar com seu Alfa Romeo também por causa de uma rodada, na frente Senna seguia soberano e ia abrindo vantagem sobre os demais enquanto a chuva ia aumentando. Na volta de número 12 seria a vez do também italiano Pierluigi Martini abandonar com sua Minardi Ford também por uma rodada, aliás o mesmo motivo que levaria o austríaco Gerhard Berger a abandonar no final da mesma volta com sua Arrows BMW.
Enquanto isso, Senna seguia soberano na frente e na volta de número 15 faria a volta mais rápida da corrida com o tempo 1:21.007. O brasileiro seguia dando um show debaixo de chuva que sempre foi uma de suas marcas registradas na carreira, na volta de número 15 o também francês Jacques Laffite abandona com sua Ligier Renault por problemas nos pneus, na volta seguinte o campeão mundial de 1982 Keke Rosberg roda com seu Williams Honda e também dá adeus a corrida, três voltas depois é a vez do também italiano Mauro Baldi também dar adeus rodando com sua Spirit Hard, na frente Senna ia fazendo uma corrida à parte seguindo absoluto na liderança da prova guiando como um veterano sob forte chuva.
Já na volta de número 20 seria a vez de o inglês Martin Brundle abandonar por problemas de transmissão em sua Tyrrell Ford, na volta de número 28 o belga Thierry Boutsen e o também brasileiro Nelson Piquet também abandonam, na volta de número 30 o francês Alain Prost conhecido como “professor” roda na chuva e também dá adeus.
Já Senna ia reinando absoluto na frente, e sua vitória teria que ser grandiosa como realmente foi de fato, ele ia dando uma aula de pilotagem na chuva e ia guiando para a sua primeira vitória na Fórmula 1, e assim seguiu até a bandeirada final, quando o brasileiro venceu com 1 minuto de vantagem para o segundo colocado o também italiano MIchele Alboreto que tinha na sua Ferrari um carro mais veloz, para o terceiro colocado o também francês Patrick Tambay da Renault e para o quarto colocado o também italiano Elio de Angelis (companheiro de Senna na Lotus), a vantagem de Ayrton foi de simplesmente uma volta, enquanto o também inglês Nigel Mansell com sua Williams Honda terminou duas voltas atrás do vencedor ,na quinta colocação.
Assim, a Fórmula 1 via a confirmação de uma nova estrela, e o Brasil via um novo campeão mundial em alto potencial, após os igualmentes excepcionais Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet, talvez foram performances como essas e algumas outras que fizeram Ayrton Senna da Silva ser eleito pelos seus próprios pares o maior piloto da história, quinze anos após sua morte, em 1994.
Imagem : Revista Bula. 
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