A União dos Grandes Clubes do Futebol Brasileiro - Clube dos 13 - nasceu em 11 de julho de 1987 para representar os grandes clubes do futebol brasileiro, combater a crise que já naquela época afetava o nosso futebol e ainda para levar ao esporte que é a grande paixão nacional uma brisa de modernidade, atualidade e respeito.
Recebeu este nome por ser, inicialmente, composto por quatro clubes de São Paulo - Sociedade Esportiva Palmeiras, Santos Futebol Clube, Sport Club Corinthians Paulista e São Paulo Futebol Clube -, quatro do Rio de Janeiro - Clube de Regatas Vasco da Gama, Clube de Regatas do Flamengo, Fluminense Foot Ball Club e Botafogo de Futebol e Regatas -, dois de Minas Gerais - Cruzeiro Esporte Clube e Clube Atlético Mineiro -, dois do Rio Grande do Sul - Sport Club Internacional e Grêmio Foot Ball Porto Alegrense - e um da Bahia - Esporte Clube Bahia, que representavam juntos, na época, cerca de 75% dos torcedores do país.
Carlos Miguel Aidar, então presidente do São Paulo, foi o primeiro presidente, que em 1995 passou a ser comandado pelo Dr.Fábio Koff, presidente até 2011, ratificado por sua atuação durante anos à frente do Grêmio Porto Alegrense.
O Clube dos 13 organizou o campeonato brasileiro de 1987, denominado Copa União porque a CBF, então presidida por Octávio Pinto Guimarães, vivia problemas financeiros e administrativos e não tinha condições de organizar o Brasileiro.
A inclusão de mais três clubes, Santa Cruz, Goiás e Coritiba, neste torneio fora uma exigência da CBF. Não houve critério técnico para a escolha. Os três tinham bom desempenho em seus estados, mas a sua inclusão provocou a exclusão do Guarani e do América, respectivamente, vice-campeão e quarto colocado no Brasileiro de 1986.
Em 1988, a CBF voltou a organizar o Campeonato Brasileiro, agora no formato de 24 equipes, com a inclusão de oito novidades: América-RJ, Atlético-PR, Bangu, Criciúma, Guarani, Portuguesa, Sport e Vitória. Ao contrário da edição anterior, o torneio previa o sistema de acesso e rebaixamento, atendendo a uma exigência da Fifa.
Com a volta da CBF ao "comando" do futebol brasileiro, o Clube dos 13 assumiu nova função a partir de então e passou a negociar os direitos de transmissão de campeonatos com emissoras de rádio e televisão.
No ano de 1997, em junho, mostrou fortalecimento no cenário nacional e ganhou três novos sócios: Goiás, Sport e Coritiba. Em seguida, no aniversário de dez anos de sua fundação, assinou um contrato com a Rede Globo.
Se no início o Clube dos 13 representava apenas os times mais importantes do País em termos de conquistas e torcida, em 1999 fechou seu quadro de sócios com mais quatro integrantes, passou a ter o número de 20 times e ganhou dimensões nacionais. Se aliaram à entidade Atlético-PR, Guarani, Portuguesa e Vitória.
Clube dos 13 volta a realizar campeonato
Com veto à CBF, o Clube dos 13 organiza a Copa João Havelange de 2000, depois do polêmico rebaixamento da equipe do Gama (DF) à segunda divisão em 1999. O ocorrido foi a escalação irregular de Sandro Hiroshi em dois jogos, o São Paulo perdeu quatro pontos, que foram repassados a Internacional (2) e Botafogo (3), livrando o time carioca do rebaixamento.
Sem aceitar a decisão do tribunal, a equipe do Distrito Federal recorreu à Justiça Comum em processo que se estendeu por vários meses. Como em junho o processo ainda não havia sido julgado em todas as instâncias, a CBF foi impedida de organizar a próxima edição, que teria a inclusão do Gama graças a uma liminar. O temor de novas decisões unificou todas as divisões no mesmo torneio.
mpossibilitado de poder aplicar os critérios de acesso e rebaixamento do ano anterior, o Clube dos 13 organizou o maior Brasileiro de todos os tempos, com 116 times de três divisões, divididos em quatro módulos (azul, amarelo, verde e branco) na primeira fase. Sem a "assinatura" da CBF, o torneio se chamou Copa João Havelange, em homenagem ao ex-presidente da CBF e da Fifa.
TIMEMANIA (2006)
Criado para buscar soluções financeiras aos principais times do Brasil, o Clube dos 13 teve fundamental importância na discussão da Timemania, loteria criada pelo Governo Federal para sanear as dívidas de equipes de futebol do País. Em setembro de 2006, a entidade esteve ao lado da iniciativa e acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a lei foi sancionada.
A decadência
O relacionamento no Clube dos 13 começou a ficar estremecido em 2010, quando houve um racha entre os clubes na eleição para presidente da entidade. O ex-presidente do Grêmio Fábio Koff (foto ao lado) acabou reeleito com 12 votos contra oito do ex-presidente do Flamengo, Kleber Leite, que tinha o apoio do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Koff comandou a entidade de 1995 a 2011, ano de sua dissolução.
A dissolução, não o fim...
O Clube dos 13 sucumbiu em 2011, quando um racha na negociação dos direitos de transmissão dos nacionais de 2012 a 2014 para a TV provocou uma debandada. Foi o fim. Fim? Não é bem assim.
A negociação dos direitos de transmissão pela televisão dos jogos do Campeonato Brasileiro a partir de 2012 provocou um racha no Clube dos 13. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco decidiram conduzir eles mesmos a discussão de seus interesses, sem a intermediação do grupo, que foi criado em 1987 e desde então representava os principais clubes do Brasil. O Corinthians foi além e anunciou, em 23 de fevereiro de 2011, sua desfiliação da entidade.
Os quatro grandes times do Rio anunciaram, um dia depois, que iriam negociar em conjunto os direitos de transmissão de TV e informaram, em nota assinada pelos quatro presidentes, que não reconhecem mais "como adequada a forma pela qual o Clube dos 13 conduziu, perante seus associados, o projeto para o novo contrato de transmissão".
Os clubes cariocas só não se desfiliaram naquele momento do Clube dos 13 porque tinham dívidas com a entidade. Os quatro deviam, juntos, R$ 60 milhões e precisariam pagar o montante para deixar o grupo. Até setembro de 2011, eles não têm nada a receber de cota de TV porque ganharam antecipação, dada pelo Clube dos 13.
Em resumo o que houve foi o seguinte:
O apoio do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, à oposição no pleito de 2010 indicava que o Clube dos 13 perderia força no futuro. Sem o mesmo poder dos anos anteriores, a entidade viu aumentar o número de clubes insatisfeitos com sua maneira de negociação dos direitos de transmissão dos jogos e passou a enfrentar a ameaça de contratos de TV próprios ou até mesmo uma liga alternativa.
Insatisfeitas com a forma de negociação de Fábio Koff e companhia, Globo e Record se retiraram do processo e deixaram a licitação com candidata única, fato que deu a vitória à RedeTV! na categoria TV aberta. No entanto, as emissoras derrotadas se movimentaram nos bastidores e passaram a negociar diretamente com o grupo de dissidentes e até com aliados da associação.
Sem perder tempo, a Globo anunciou os acertos com 15 dos principais clubes do País. Ao mesmo tempo, RedeTV! e Clube dos 13 prometem agitar a "batalha" com denúncia formal no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), entendendo que houve desrespeito da emissora carioca à cláusula de preferência e à concorrência leal. Além disso, a entidade escancarou o "racha" ao divulgar lista de 11 equipes que usaram a associação como avalista em troca de empréstimos bancários, e que os obrigaria a aceitar os resultados da licitação.
Dívida Milionária
Passados seis anos desde a implosão, o Clube dos 13 continua existindo, com o CNPJ ativo na Justiça, mesmo sem ter nenhum representante e sede. Foi o que constatou a reportagem do ESPN.com.br.
O motivo? Uma dívida milionária com a Franco Associados, empresa de Jaime Franco, ex-diretor de marketing do Clube dos 13. O montante inicial era de R$ 20 milhões, e hoje (2017), com correções, já passa de R$ 40 milhões.
Franco chegou ao Clube dos 13 na era Fábio Koff, presidente da entidade de 1996 até o seu fim. O executivo foi responsável pelos contratos milionários de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, o que permitia à empresa uma comissão como pagamento. Ele deixou o Clube dos 13 alguns anos antes de o órgão implodir, mas a empresa dele não recebeu todos as remunerações devidas. Então, Franco recorreu à Justiça e ganhou.
De acordo com Franco, uma dificuldade para executar a cobrança é que o Clube dos 13 não tem mais representantes legais nem patrimônio. O mesmo foi explicado pelo advogado do executivo, José Carlos Masagão.
"Tiramos uma certidão em Porto Alegre, onde é a sede do Clube dos 13, comprovando que ele ainda existe como Pessoa Jurídica. O problema é que não houve por parte do Clube dos 13 a formalização da última administração após a realização da eleição (em 2010).
"A Justiça já decidiu. E eu estou aguardando o pagamento. O Clube dos 13 não tem patrimônio e, se realmente isso for provado, me parece que a responsabilidade será partilhada com os clubes que eram membros", disse Franco.
FORAM MEMBROS DA UNIÃO DOS GRANDES CLUBE BRASILEIROS (CLUBE DOS 13)
Associação Portuguesa de Desportos
• Botafogo Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro/RJ.
• Clube Atlético Mineiro, de Belo Horizonte/MG.
• Clube Atlético Paranaense, de Curitiba/PR.
• Clube de Regatas do Flamengo, do Rio de Janeiro/RJ.
• Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro/RJ.
• Coritiba Foot-Ball Club, de Curitiba/PR.
• Cruzeiro Esporte Clube, de Belo Horizonte/MG.
• Esporte Clube Bahia, de Salvador/BA.
• Esporte Clube Vitória, de Salvador/BA.
• Fluminense Foot-Ball Club, do Rio de Janeiro/RJ.
• Goiás Esporte Clube, de Goiânia/GO.
• Grêmio Foot-Ball Portoalegrense, de Porto Alegre/RS.
• Guarani Futebol Clube, de Campinas/SP.
• Santos Futebol Clube, de Santos/SP.
• São Paulo Futebol Clube, de São Paulo/SP.
• Sociedade Esportiva Palmeiras, de São Paulo/SP.
• Sport Club Corinthians Paulista, de São Paulo/SP.
• Sport Club Internacional, de Porto Alegre/RS.
• Sport Club do Recife, de Recife/PE. As informações são do site campeões do futebol.
Agora, confira no site campeões do futebol, no link á seguir, o guia completo, sobre a história, títulos e curiosidades de clubes brasileiros que conquistaram títulos na sua história.https://www.campeoesdofutebol.
Imagem : Site Sagres 730.
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