sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Jornal Diário de São Paulo.

 O Jornal Estado de São Paulo, é um veiculo de comunicação brasileiro, publicado na capital do Estado de São Paulo. O veiculo se chamou Diário Popular até 2001. Nos dias de hoje, o Jornal circula somente em versão digital.

Após fundar e também acumular as funções de redator e diretor do Jornal Jornal Correio Paulistano por quase vinte anos interruptos, o comunicador Américo de Campos se juntou aos seus colegas e também comunicadores José Maria Lisboa e Joel Pestana, tendo o intuito de fundarem o Jornal A Província de São Paulo, no ano de 1875. Em 1884, os comunicadores Américo e Campos e José Maria Lisboa acabaram tendo a sua demissão pelas mãos do novo sócio do Jornal A Província de São Paulo, João Alberto Salles. A demissão foi imposta pela discordância de América Campos e José Maria Lisboa com a nova linha editorial do Jornal, notadamente antilusitana.

Mas, entretanto, os comunicadores Américo Campos e José Maria Lisboa não se deram por vencidos. Em 1884, os dois comunicadores fundaram o Jornal Diário Popular. Para fundarem o Jornal Diário Popular, os comunicadores Américo Campos e José Maria Lisboa, contaram com um forte suporte financeiro do também comunicador Antônio Beneto, um abolicionista e e dono do Jornal do Comercio de São Paulo, Hipólito Junior e Aristides Lobo. O nome do Jornal O Diário Popular. foi inspirado no homônimo português, e os editores do veiculo de comunicação, acabaram definindo a linha editorial do Jornal, já no seu primeiro ano de existência.

O Jornal Diário Popular, teve como sua primeira sede, a Rua da Imperatriz. O veiculo de comunicação abrigou uma grande quantidade de encontros entre políticos no século 19, aonde se debatia ideias abolicionistas e republicanas.

O veiculo de comunicação era originalmente um vespertino. O Jornal se caracterizava por ser um veiculo de comunicação para anúncios de pequenos negócios. O Jornal tinha um balcão  de publicidade para que pessoas pudessem publicar os seus próprios anúncios. Por causa dessa publicidade, o Jornal tinha uma tiragem considerável, e assim conseguia manter uma solidez financeira. Cabe ressaltar que o veiculo de comunicação tinha um forte apelo popular, sendo bastante requisitado para abrigar donativos para as camadas mais pobres da população, e assim o Jornal acabou se engajando fortemente em inúmeras campanhas  assistenciais.

Após a Republica ser proclamada oficialmente no Brasil, da qual o veiculo de comunicação era ferrenho defensor, o Jornal acabou ganhando uma enorme popularidade. Aristides Lobo foi nomeado Ministro Interior do Governo Provisório. O comunicador Américo Campos acabou sendo nomeado cônsul brasileiro para o Reino da Itália e José Maria Lisboa foi eleito deputado estadual por São Paulo. Na sequencia dos fatos, os comunicadores Américo Campos e Aristides Lobo, deixaram as funções editoriais no Jornal, focando exclusivamente na carreira politica. Assim sendo. José Maria Lisboa acabou se tornando proprietário único do Jornal Diário Popular.

O Jornal acabou se tornando matutino no ano de 1965, também passando a ter seu editorial aos domingos. Na sequencia, em 1968, o veiculo de comunicação lançaria um novo vespertino, tendo o intuito de concorrer com o Jornal da Tarde, que havia sido lançado em 1966. Sendo chamado de Popular da Tarde, o veiculo de comunicação era vinculado ao Diário Popular, especializado em esportes, e circularia no Brasil até novembro de 1988.

No ano de 1977, o Jornal acabou iniciando uma forte campanha  contra a instalação da fabrica e papel Braskraft em Angatuba, ás margens  do Rio Paranapanema, devido ao alto risco de poluição do rio pela fabrica. Na época, a campanha seria capitaneada pelo secretário de redação do veiculo de comunicação Edgard Barros e pela repórter Ane do Valle, a campanha do Jornal Diário Popular, acabou impulsionando uma reação de outros veículos de comunicação e também das autoridade públicas, que mudaram suas posições de defensoras a criticas do projeto. Na sequencia dos fatos, uma CPI seria aberta pela Assembleia Legislativa de São Paulo, e devido ao desgaste, a fabrica acabaria desistindo do projeto e fez sua instalação no Estado do Paraná. Cabe ressaltar, que nos dias atuais, o rio Paranapanema, é um dos rios mais limpos do Brasil.

O Jornal entrou á venda na década de 1980.  Contudo, os proprietários do veiculo de comunicação, acabaram desistindo da venda em uma primeira tentativa. O Jornal tinha uma situação financeira bastante critica em 1987. Na época, o Governo do Estado de São Paulo, investia quantias cada vez maiores na publicidade do veiculo. Ainda em Outubro de 1987, uma reportagem do Jornal Estado de São Paulo, abordou que o Jornal Diário Popular havia recebido aproximadamente 11 % dos gastos publicitários do Governo do Estado de São Paulo naquele ano. O Jornal Diário de São Paulo ficou em terceiro lugar, atrás do próprio Jornal Estado de São Paulo, que recebeu 12, 6% e do Jornal Folha de São Paulo, com 19,1 %.

O comunicador Rodrigo Lisboa Soares, que era bisneto do também comunicador José Maria Lisboa, anunciou a venda do Jornal para Popular para o também Ary Carvalho, em Maio de 1988. O comunicador Ary Carvalho era o proprietário do Jornal Carioca O Dia. A venda do Jornal Diário Popular, foi por 244 milhões de cruzados. Mas, entretanto, a conversa nos bastidores, era de de que o verdadeiro comprador  do Jornal Diário Popular, era o governador do Estado de São Paulo Orestes Quércia. O governador negou a compra do Jornal até deixar a cargo público, em março de 1991, ao anunciar que havia adquirido 30 % do controle das ações do Jornal naquele ano.

Na década de 2000, o ex governador Orestes Quércia apresentou uma nova versão, de que teria adquirido o Jornal em 1988, em sociedade com o comunicador Ary Carvalho. Entre os anos de 1995 e 1998, o grupo do ex governador Orestes Quércia, investiu R$ 35 milhões em um novo parque gráfico para o Jornal Diário Popular.

Em 2001, o Jornal Diário Popular, seria adquirido pela Infoglobo, empresa das Organizações Globo, proprietária também dos jornais O Globo e Extra. O grupo, que desejava ter um veiculo de comunicação da região de São Paulo, alterou o nome do Jornal para Diário de São Paulo. A Infoglobo fez mudanças na linha editorial do Jornal, tendo um editorial menos popular e mais policial.

Após problemas financeiros, o Jornal Diário de São Paulo, acabou tendo a sua falecia reconhecida pela 2.ª Vara de Falências de São Paulo, em 23 de janeiro de 2018, saindo de circulação a versão impressa e o portal online.

O empresário Kleber Moreira, anunciaria a compra do título da Editora Cereja ( detentora dos direitos), trinta mil reais, reativando o editorial nas versões online e impressa. Não existem dados sobre os dados da sua circulação impressa no Instituto Verificador de Comunicação.

Cabe ressaltar que o Jornal Diário de São Paulo sempre teve um editorial sobre esportes.

Fonte : Wikipédia, a enciclopédia livre.


Imagem : Site Poder 360.



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