quarta-feira, 20 de março de 2024

Uma questão.

De como as divisões no futebol brasileiro apenas refletem as profundas desigualdades regionais e sociais e a injusta infraestrutura econômica do país

Por Lincoln Pinheiro Costa

 

Futebol profissional é atividade econômica, embora haja quem, por esperteza, má-fé ou inocência negue essa realidade.

 

Sendo atividade econômica, há que se observar as leis: recolher os tributos, cumprir as obrigações trabalhistas, respeitar o direito dos torcedores – que se equivalem juridicamente aos consumidores – e dar lucro.

 

Não deve, pois, depender de subsídios do Estado, malgrado, como fomentador do bem-estar social, cumpra ao Estado estimular a atividade econômica, promovendo o desenvolvimento e combatendo as desigualdades sociais e regionais.

 

É sabido que o Brasil é um país com profundas desigualdades regionais e sociais.

 

O Estado de São Paulo concentra aproximadamente um terço da economia nacional. O Estado do Rio de Janeiro, por continuar sendo sede de importantes empresas estatais e privatizadas, mantém alguns privilégios econômicos em detrimento dos demais estados da federação.

 

A verdade é que o dinheiro flui para esses dois estados.

 

No futebol profissional não é diferente.

 

Enquanto os direitos de transmissão do campeonato paulista giram em torno de 65 milhões de reais por ano e o carioca 40 milhões, pelo mineiro se paga a bagatela de 16 milhões e pelo baiano míseros 500 mil reais/ano.

 

Não é preciso grande esforço de raciocínio para se concluir que essa diferença gerada, ano após ano, aumenta cada vez mais o abismo entre o futebol do eixo Rio-SP e o futebol dos demais estados.

 


Portanto, caro torcedor, quando você ouvir alguém defendendo a continuidade dos campeonatos estaduais em nome da tradição e da rivalidade, pergunte a que Senhor o arauto está servindo.

 

Manter os campeonatos estaduais só interessa à economia do eixo Rio-SP.  A manutenção desse ciclo vicioso levará à falência do futebol profissional dos demais estados e ao aprofundamento da tendência de se transferir recursos dos estados mais pobres para os mais ricos.

 

Cada vez que um torcedor do Norte, do Nordeste ou do Centro-oeste compra uma camisa de um time do eixo Rio-SP, está transferindo renda dos estados mais pobres para os mais ricos.

 

Romper com esse círculo vicioso é imperativo para se promover o desenvolvimento do futebol profissional e, por conseguinte, da economia de todos os estados.

 

A solução passa pelo fim dos deficitários campeonatos estaduais e sua substituição por um campeonato brasileiro com duração de pelo menos dez meses, no qual haja uma mais justa e equitativa distribuição dos recursos, de forma a se fortalecer os clubes de todo o Brasil.

 

Quando isso acontecer, todos os brasileiros terão orgulho de torcer pelos times de sua própria terra e não para os times de estados onde esses brasileiros são discriminados socialmente. O artigo na AJUFEMG.  A Associação dos Juízes Federais de Minas Gerais.

 

Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;


II – do Presidente da República;


III – de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.


§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.


§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.


§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.


§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:


I – a forma federativa de Estado;


II – o voto direto, secreto, universal e periódico;


III – a separação dos Poderes;


IV – os direitos e garantias individuais.


§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. De acordo com o autor Guilherme Pena de Moraes, no meu livro sobre a Constituição Federal do Brasil, e também com dados oficiais do Senado Federal.

Os campeonatos estaduais de futebol do Brasil são as competições masculinas e femininas profissionais adultas de futebol no Brasil que ocorrem geralmente entre janeiro e maio em cada uma das unidades federativas do Brasil. Historicamente, por questões econômicas e geográficas, as distâncias entre as principais cidades do país fizeram com que o povo brasileiro desenvolvesse uma forte cultura de disputa por estados. Assim, cada Unidade da Federação brasileira possui seu próprio campeonato, hoje em dia durando em torno de quatro meses.

Por causa desses campeonatos, algumas disputas entre rivais do mesmo estado ou cidade tem peso equivalente ou maior a uma disputa com os principais clubes de outros estados. Esses jogos são chamados de clássicos. Alguns exemplos são Fla-Flu e Clássico dos Milhões, no Rio de Janeiro; Derby, Choque Rei, Majestoso e San-São, em São Paulo; Grenal, no Rio Grande do Sul; Clássico Mineiro, em Minas Gerais; Atletiba, no Paraná; Clássico dos Clássicos e Clássico das Multidões, em Pernambuco; Ba-Vi, na Bahia; Clássico de Florianópolis e Clássico do Interior, em Santa Catarina; Clássico-Rei, no Ceará, entre Ceará e Fortaleza, e no Rio Grande do Norte entre ABC e América de Natal; Re-Pa, no Pará; Clássico das Multidões em Alagoas; Super Clássico, no Maranhão; Rivengo, no Piauí; Clássico dos Maiorais, na Paraíba; Derby Sergipano, em Sergipe; Derby do Cerrado, em Goiás; Rio-Nal, no Amazonas; Clássico dos Gigantes, no Espírito Santo; entre outros.

Em que pese ser popular o pensamento de que são exclusividade brasileira, certames regionais/provinciais também existem na Europa, embora quase sempre como uma divisão inferior do sistema de ligas nacional, caso da Inglaterra. Outro caso é o de ficar restrito aos clubes menores e elencos "B" dos principais clubes, como na Copa Cataluña, em que Barcelona utiliza seu time alternativo. O Brasil difere por ter estaduais com autonomia, calendário e plantel principal de grandes clubes.

A tradição cultural em uma população é transmissão de costumes, memórias ,  comportamentos e crenças culturais que são transmitidos á cada geração entre todos os integrantes de uma nação.

Uma república federal (ou república federativa) é um Estado que estruturalmente é simultaneamente uma federação e uma república

Uma federação é um estado composto por determinado número de regiões com governo próprio (chamados de "estados") e unidas sob um governo federal. Numa federação que ao contrário do que acontece num estado unitário, o direito de autogoverno de cada região autónoma está consignado constitucionalmente e não pode ser revogado por uma decisão unilateral do governo central. O uso do termo "república" talvez seja inconsistente mas, no mínimo, indica um Estado em que o chefe de estado não é um monarca

Em uma república federal, há uma divisão de poderes entre o governo federal e o governo das subdivisões individuais. Embora cada república federal administre esta divisão de poderes de maneira diferente, questões comuns relacionadas à segurança e defesa e política monetária são geralmente tratadas em nível federal, enquanto questões como manutenção de infraestrutura e política educacional são geralmente tratadas em nível regional ou local.

As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de 1988 estão dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias individuais.

As clausulas pétreas em uma Constituição Federal, são prerrogativas que não podem ser modificadas por uma proposta de emenda a constituição.

Os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, compõem a República Federativa do Brasil. Por isto, os estados são chamados de Unidades da Federação.

Em país como o Brasil, com 26 estados, além do Distrito Federal, existem estados com culturas, linguagens e tradições próprias nas suas respectivas populações.

Sendo assim ; Os campeonatos estaduais de futebol no Brasil, representam as tradições culturais, as linguagens e os costumes tão distintos entre as populações dos 26 Estados do Distrito Federal, em um país de dimensões continentais como o Brasil.

Sendo assim ; Extinguir os campeonatos estaduais de futebol no Brasil, seria abolir a forma federativa de estado, uma das clausulas pétreas da Constituição Federal.

Os campeonatos estaduais de futebol no Brasil, representam as pluralidades culturais entre as populações dos 26 estados e do Distrito Federal no Brasil.

No meu livro sobre a Constituição Federal do Brasil, do autor Guilherme Pena de Moraes, eu pude me atualizar  sobre algumas das prerrogativas constitucionais no país.

Os 26 estados e o Distrito Federal no Brasil, tem suas pluralidades culturais, representadas nos seus respectivos campeonatos estaduais de futebol.

Ou seja ; Os campeonatos estaduais de futebol, são a pluralidade cultural nos 26 estados e no Distrito Federal no Brasil, que tem a Republica Federal, como uma das clausulas pétreas.

Uma república federal (ou república federativa) é um Estado que estruturalmente é simultaneamente uma federação e uma república.

Uma federação é um estado composto por determinado número de regiões com governo próprio (chamados de "estados") e unidas sob um governo federal. Numa federação que ao contrário do que acontece num estado unitário, o direito de autogoverno de cada região autónoma está consignado constitucionalmente e não pode ser revogado por uma decisão unilateral do governo central. O uso do termo "república" talvez seja inconsistente mas, no mínimo, indica um Estado em que o chefe de estado não é um monarca.

O Brasil é uma Republica Federativa. Uma Republica Federativa no Brasil, é uma federação aonde todos os estados tem seu próprio auto governo, e suas decisões não podem ser revogadas por qualquer decisão unilateral do Governo Federal.

As clausulas pétreas da Constituição Federal, são prerrogativas que não podem ser alteradas nem mesmo por uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC). 

Uma das clausulas pétreas da Constituição Federal do Brasil é justamente a forma federativa de Estado com uma forma de governo. Sendo a Federação Republicana, uma das clausulas que não podem ser alteradas por uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC), cada um dos 26 estados e o distrito federal, tem suas próprias linguagens, sua própria cultura e seus próprios costumes.

Os campeonatos estaduais no Brasil, representam os costumes, as linguagens e as tradições diferentes de cada um dos 26 estados e o distrito federal no Brasil.

Os clássicos estaduais no Brasil, são campeonatos á parte dos campeonatos que os respectivos clubes estão disputando a cada temporada no Brasil.

Durante 08 semestres, eu cursei a habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FIAAM FAAM). Os meus estudos nos 08 semestres na habilitação em Jornalismo na Comunicação Social, somadas a minha vivencia no futebol desde a minha infância, me permitem chegar á uma conclusão.

Não é viável extinguir os campeonatos estaduais no Brasil. Os campeonatos estaduais, representam as linguagens, as culturas e as tradições diferentes em cada um dos estados brasileiros.

Distinções culturais, que estão representadas em cada um dos campeonatos estaduais dos 26 estados e do distrito federal. Como torcedor e jornalista, cheguei é esta conclusão há alguns anos.

As paixões clubisticas no Brasil, revelam as culturas, linguagens e costumes tão diferentes em cada estado da federação no Brasil. Ou seja leitor (a). O Brasil é um pais continental, com culturas distintas dentro do próprio país. Algo que não acontece nos países da Europa, Ásia e Oceania.

Os campeonatos estaduais representam a diversidade cultural existente nos 26 Estados da federação no Brasil e também no Distrito Federal . Ou seja. No Brasil, cada um dos 26  estados da federação, equivalem  a um pais diferente em níveis culturais. Ou seja. Os campeonatos estaduais acabam envolvendo as culturas tão diferentes dentro de um pais continental como o Brasil. Os campeonatos estaduais representam as culturas, linguagens e costumes tão distintos em cada estado da federação no Brasil. As paixões clubisticas em cada estado da federação, também representa a diversidade cultural dentro do próprio Brasil.  No Brasil, cada estado da federação equivale a um pais diferente. Cada estado da federação no Brasil, equivale a um pais distinto , com linguagens, culturas e costumes muito distintos um do outro. Os campeonatos estaduais no Brasil representam essa diversidade. 

O futebol nos estados reflete as diferenças culturais e linguísticas dentro dos 27 estados da federação brasileira. As culturas e linguagens de cada estado, estão expressas nos seus respectivos campeonatos estaduais.

Lembrando leitor (a). O federalismo é um sistema politico governamental em que vários estados se reúnem para constituir uma nação vigente. No federalismo tradicional, os estados conservam sua autonomia  politica, suas linguagens, tradições e costumes. 

De certa forma, os campeonatos estaduais, refletem a cultura federalista de um país continental, com 211 a 213 milhões de habitantes. 

Algo á ser devidamente observado. De maneira mais detalhada. Pelas classes  hegemônicas no Brasil. 

Confira no site campeões do futebol a história das 26  Federações Estaduais e do Distrito Federal, no site campeões do futebol. Confira também todos os clubes que venceram os campeonatos estaduais, nas 26 Federações Estaduais e no Distrito Federal, também no site campeões do futebolhttps://www.campeoesdofutebol.com.br/estaduais.html

Imagem : Site Reddit 



 




 

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