quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

O pobre futebol brasileiro em um esporte cada vez mais globalizado.

 A globalização é a aproximação entre as nações existentes no mundo, seja no âmbito, econômico, cultural, social e político. No entanto, o principal sentido da globalização está na integração de mercado entre os países.

Eu comecei a acompanhar futebol na segunda metade da década de 1980,eu me lembro, que naquela época, os jogadores também saiam do futebol brasileiro para os grandes centros na Europa. Então, caro (a) leitor(a),não serei ingênuo de afirmar, que de certa forma. o futebol já não fosse um tanto globalizado naquela época.

Mas, entretanto, os nossos melhores jogadores somente saiam daqui quando já estavam consagrados no futebol brasileiro. O ex-atacante Romário,se transferiu para o PSV Eindhoven,somente com 22 anos e 124 gols pelo Vasco da Gama, entre 1985 e 1988.O mesmo caso se aplica ao ex atacante Muller,que somente se transferiu para a Itália, depois de ter marcado 45 gols pelo São Paulo entre 1985 e 1988.

O ex-meia Raí,foi outro que se transferiu para o futebol europeu, somente após se consagrar no São Paulo com 111 gols marcados entre 1987 a 1993.No entanto, os efeitos da globalização no futebol mundial, começaram a aparecer gradativamente no final de 1995.O tribunal de Justiça da União Europeia deu razão ao atleta belga Jean Marc Bosman que moveu uma ação contra seu clube por ter sido impedido de se transferir para um clube Frances. A partir da decisão favorável ao belga naquele momento, as ligas do futebol europeu foram proibidas de limitar a quantidade da atletas estrangeiros por clube. Se eu não me engano, isso ainda existe no Brasil, aonde os clubes brasileiros podem colocar no máximo cinco estrangeiros. Os  direitos de transmissão passaram a ser negociados por valores mais altos no mundo inteiro. A Inglaterra, por exemplo, começou a se adaptar a isso e mudou totalmente seu campeonato nacional. As receitas dos clubes, obviamente, também  aumentaram consideravelmente.

Obviamente leitor (a). Os clubes brasileiros também foram aumentando suas receitas a medida em que a globalização foi avançando. Com as receitas maiores, os dirigentes brasileiros passaram a pagar salários de R$ 1,5 milhões mensais, visando segurar seus principais jogadores por mais tempo.

Como eu já disse. Me parece inadmissível se pagar um salário de R$ 1,5 milhões a um jogador, em um pais que fechou 2020 com uma divida pública entre R$ 4,6 a 4,9 trilhões, de acordo com os dados do banco central e do ministério da economia. 

Fosse eu presidente de um clube leitor (a). Eu  pagaria  um teto de R$ 300. 000 mensais á um grande jogador ou a melhor técnico. Mas, entretanto, a globalização no futebol é um processo irreversível. A globalização chegou para ficar. É a lei da evolução. 

Por isso que eu não vejo a possiblidade da seleção brasileira voltar a vencer uma Copa do Mundo novamente. O futebol brasileiro ficou totalmente a mercê do futebol europeu em um esporte globalizado. ( Fenômeno que também acontece na Argentina e no Uruguai ).

Os nosso clubes, em sua ampla maioria, não pode competir com a Europa e a Asia em futebol mundialmente globalizado. O futebol com cinco títulos mundiais se apequenou no mercado globalizado. A maioria dos nosso clubes, não tem condições financeiras de acompanhar os mercados da Europa e da Ásia, em um futebol mundialmente globalizado.

E assim segue o nosso futebol no esporte globalizado. E assim segue os clubes  brasileiros, em sua maioria, totalmente impotentes diante das potencias econômicas no esporte globalizado. 


Imagem : Site Brasil Escola . Portal UOL.






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