Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas, o futebol movimenta R$ 16 bilhões por ano, tendo trinta milhões de praticantes (aproximadamente 16% da população total), 800 clubes profissionais, 13 mil clubes amadores e 11 mil atletas federados. Em 2018, um estudo realizado pelo Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES Football Observatory) revelou que o Brasil era o maior exportador de futebolistas no mundo, com mais de 1.200 brasileiros jogando fora de seu país de origem.
Desde a promulgação da lei que instituiu a Sociedade Anônima de Futebol (SAF), um novo modelo de administração nos clubes, vem ganhando espaço no Brasil , especialmente após a compra do Cruzeiro pelo ex jogador Ronaldo, a compra do Botafogo pelo americano Jonh Textor e a possível compra do Vasco por um fundo americano.
A SAF ( Sociedade Anônima de Futebol) é um modelo de gestão que permite uma gestão mais profissional nos clubes de futebol no Brasil, mas que também pode abranger outros esportes, especialmente por ser um modelo administrativo que permite captar novas formas de investimento de uma forma bastante eficaz.
Um clube esportivo é uma esportivo é uma associação sem fins lucrativos e não uma empresa em termos formais. Por isso, quando endividados, os clubes enfrentam cobranças judiciais, ordens de penhora, e execuções que não permitiam o pagamento dos jogadores, dos funcionários, prejudicando a saúde financeira e a captação de novos recursos e investimentos.
A Sociedade Anônima de Futebol (SAF) permite a possibilidade de centralizar execuções. A SAF permite um plano de pagamento a diferentes credores para evitar que execuções aconteçam de forma aleatória contra o clube.
A SAF permite que os ativos previstos possam ser relativos as receitas, dividendos, contratos de imagem, publicidade e marketing e os passivos quanto as dividas já existentes, visando estabelecer novas formas de pagamento.
A SAF também permite a possibilidade do clube pedir recuperação judicial, algo não cogitado para associações sem fins lucrativos. Desta forma, a SAF permite a suspensão de cobranças e uma elaboração de um plano para o pagamento das dividas com possibilidade de negociações definidas, o que oferece um folego muito maior as finanças dos clubes .
A transformação do clube em uma SAF também pode ser um dos meios de recuperação á ser cumprido em metas de médio á longo prazo. Uma solução para o meu São Paulo, cujo o estádio Cícero Pompeu de Toledo, que é de propriedade do meu tricolor, não é mais lucrativo como em outros tempos, e a divida do meu tricolor, chega próximo a R$ 700 milhões.
A SAF ( Sociedade Anônima de Futebol) também permite uma possibilidade de captação de investimentos de um administração melhor estruturada nos clubes brasileiros. Com a transformação do clube em uma SAF, a nova sociedade anônima de futebol, pode receber os direitos á partir do momento da sua implantação, como por exemplo, os contratos do departamento de futebol, mas que em geral, não leva os passivos, que continuam pertencendo a associação. A associação sem fins lucrativos, passa a possuir 10 % das ações do clube, tendo que utilizar suas receitas para honrar dividas anteriores a SAF.
As SAFS também permitem que os clubes possam se reestruturar e ter clubes melhor organizados financeiramente, o que possibilita um maior crescimento esportivo. De acordo com reportagem do site betway insider, o campeonato brasileiro é o sexto campeonato nacional de clubes mais valioso do planeta, com uma receita de € 1,33 bilhões.
Ou seja, os clubes de futebol no Brasil, em sua maioria, poderiam se expandir esportivamente, caso fossem administrados por gestores que tenham um conhecimento em gestão esportiva.
A Sociedade Anônima de Futebol (SAF), permite que os clubes de futebol no Brasil, sejam administrados por gestores que tenham um conhecimento em gestão esportiva, o que não necessariamente o caso da imensa maioria dos nossos dirigentes esportivos.
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