segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Dois campeões no mesmo nível mundial.

Ayrton Senna e Michael Schumacher. São dois craques das pistas que dividem opiniões.

Relembre as sete maiores vitórias de Ayrton Senna. Segundo o seu site oficial.


GP de Portugal de 1985 


Em seu segundo ano na F1, Senna conquistou sua primeira vitória na categoria em Estoril. E o roteiro foi completo: Ayrton cravou a pole no sábado – meio segundo à frente de Prost – venceu de ponta a ponta sob chuva no domingo e terminou com cerca de 1min2s de vantagem para o segundo colocado, Michele Alboreto, da Ferrari. Um domínio completo e impressionante para um jovem que realizava apenas sua segunda corrida com a Lotus. 


GP da Espanha de 1986 


Em 1986, Senna conquistou a vitória mais apertada de sua carreira no circuito de Jerez de La Frontera, na Espanha. Ayrton superou Nigel Mansell por apenas 14 milésimos na linha de chegada com a Lotus. Os carros cruzaram a linha de chegada lado a lado e Senna assumiu a liderança do campeonato daquele ano. Na transmissão da TV Globo, o narrador Galvão Bueno eternizou o bordão “Haja coração” ao final da prova.  


GP do Brasil de 1991 


A corrida no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), acontecia sem sustos para Ayrton até as voltas finais e o piloto brasileiro tinha 36 segundos de vantagem para Riccardo Patrese. Faltando sete voltas para o final da prova, no entanto, a caixa de câmbio do carro de Senna quebrou e ele teve que guiar apenas com a sexta marcha até cruzar a linha de chegada. No final, deu tudo certo e a festa brasileira estava garantida naquele domingo: primeira vitória de Senna no Brasil. 


GP do Japão de 1988 


A corrida no Japão em 1988 era decisiva e simples para Senna: se vencesse, conquistaria seu primeiro título com a McLaren. Um problema na largada, no entanto, fez com que Senna perdesse a vantagem da pole position e caísse para a 14ª colocação. Após fazer o carro “pegar no tranco”, Ayrton fez uma das melhores corridas de sua carreira, tomou a primeira colocação de Alain Prost ainda na volta 28 – em ultrapassagem na reta dos boxes – e acelerou forte até o final para conquistar seu primeiro título mundial. 


GP de Mônaco de 1992 


Esse GP, que parecia decidido com vantagem para a Williams de Nigel Mansell, teve oito voltas de completa emoção na parte final em Mônaco. Foi nesse dia que Senna conquistou uma de suas vitórias mais impressionantes no Principado após um duelo incrível com o “Leão”, que contava com um dos melhores carros da história da F1. Senna, a caminho de igualar o recorde de vitórias em Mônaco de Graham Hill, assumiu a ponta quando o piloto inglês teve um furo de pneu e foi para o box. Ayrton segurou Mansell nas últimas voltas com muita habilidade para vencer pela quinta vez no Principado.  


GP do Brasil de 1993 


Com um carro inferior ao das Williams em 1993, Senna largou na terceira colocação do GP do Brasil, em Interlagos, atrás de Alain Prost e Damon Hill. A chuva, sempre aliada do piloto brasileiro, tumultuou a prova, que teve nove acidentes na pista, sendo Prost uma das vítimas. 


O brasileiro, já tricampeão mundial na época, ainda sofreu uma punição por uma manobra da direção de prova e perdeu mais de 10 segundos preciosos nos boxes. Quando a chuva parou e a pista começou a secar, o piloto brasileiro ultrapassou Hill com um verdadeiro “drible da vaca” no Laranjinha e segurou sua McLaren até a bandeirada final. O carro parou 50 metros após a linha de chegada e a torcida presente em Interlagos invadiu a pista para comemorar com o piloto. 


GP da Europa de 1993 


Ayrton fez uma prova cinematográfica no GP da Europa de 1993, em Donington Park, na Inglaterra. Logo na primeira volta, Senna mostrou a que veio e fez uma volta impressionante, que até hoje é considerada a melhor de todos os tempos na F1. O brasileiro ultrapassou Michael Schumacher (Benetton), Karl Wendingler (Sauber) e as Williams de Damon Hill e Alain Prost. 


Para completar o show, o piloto brasileiro ainda colocou uma volta de vantagem no terceiro colocado, que foi Prost. Senna também cravou a melhor volta da corrida passando por dentro box, já que tinha estudado o circuito e sabia que por ali a volta seria mais curta e rápida. Na época, não existia o limitador de velocidade nos boxes. Segundo o site oficial de Ayrton Senna.


As 10 maiores atuações de Michael Schumacher. Segundo o Site Projeto Motor.


10 – GP de San Marino de 2005

Posição no grid: 13º

Posição final: 2º


O alemão iniciou a temporada de 2005 sofrendo com a falta de competitividade de sua Ferrari e dos pneus Bridgestone, mas teve um lampejo “dos velhos tempos” em Ímola. Um erro na classificação o jogou para o 13º no grid, mas uma estratégia certeira aliada a um ritmo alucinante o fez incomodar Alonso pela vitória. Apesar de registrar as 10 voltas mais rápidas da prova, Schumacher não conseguiu superar o espanhol, mas mesmo assim provou que estava mais afiado que nunca.


9 – GP da Malásia de 1999

Posição no grid: 1º

Posição final: 2º


Afastado das pistas por três meses após um grave acidente em Silverstone, Schumacher retornou à ativa no GP da Malásia inaugural com tudo: anotou a pole position com quase 1s de vantagem para o resto. Na corrida, provou que também sabia ser escudeiro, já que deixou Eddie Irvine passar e protegeu seu colega de time das investidas de Mika Hakkinen. No fim, a dobradinha deixou o irlandês perto do título mundial que acabou não vindo.


“Ele fez todo o trabalho duro por mim. Ele é o melhor número um e provou que também é o melhor número dois”, elogiou Irvine


8 – GP do Brasil de 2006

Posição no grid: 10º

Posição final: 4º


Na corrida que marcaria sua despedida da F1 (a primeira, pelo menos), Schumacher mostrou que ainda tinha lenha para queimar. Depois de partir em 10º no grid (sofreu problemas mecânicos na classificação) e ter um pneu furado nas voltas iniciais, o heptacampeão impôs seu ritmo alucinante habitual e protagonizou uma das corridas de recuperação mais marcantes já vistas. A bela e arrojada ultrapassagem sobre Raikkonen a quatro voltas do fim representava um desfecho digno à sua carreira.


Ferrari se despede de Schumacher após o GP do Brasil de 2006

Ferrari se despede de Schumacher após o GP do Brasil de 2006 (Foto: Ferrari)

7 – GP da França de 2004

Posição no grid: 2º

Posição final: 1º


Na temporada de 2004, Schumacher dominava tanto que vencia de tudo quanto é jeito. Isso incluiu uma vitória inesperada em Magny-Cours, na qual usou uma incomum estratégia de quatro pitstops para superar o pole position Alonso. O “nó tático” foi dado após uma ideia da equipe e executada com perfeição na pista pelo alemão, que soube acelerar fundo nas horas certas e sair na frente após o splash and go final.


6 – GP da Europa de 1995

Posição no grid: 3º

Posição final: 1º


Foi a corrida em que Schumacher colocou a mão na taça para o bi. O alemão precisou superar uma batalha intensa com as Williams na pista e descontar uma enorme vantagem construída por Jean Alesi no início da prova, quando o francês fez uma aposta certeira com slicks no molhado e abriu mais de 30s. Schumacher pisou fundo e tirou a diferença pouco a pouco, até realizar, por fora, a belíssima ultrapassagem da vitória a três voltas para o fim.


5 – GP da Espanha de 1994

Posição no grid: 1º

Posição final: 2º


Schumacher, vencedor das quatro primeiras etapas de 1994, largou na pole e pulou na liderança. Tudo indicava mais uma vitória tranquila, quando o Benetton B194 começou a apresentar problemas no seletor de marchas na 20º das 65 voltas. O alemão seguiu apenas a quinta. Ele perdeu posições para Hakkinen e Hill, mas conseguiu se manter no ritmo. Fez duas paradas no pit (apenas com a quinta) e se manteve próximo, recuperando, inclusive, o segundo lugar contra o finlandês. Com o abandono de Hakkinen, chegou ao final com mais de 1 minuto de vantagem para o terceiro colocado, Blundell.


4 – GP da Bélgica de 1997

Posição no grid: 3º

Posição final: 1º


Uma decisão certa e um show de pilotagem. Apesar da forte chuva antes da corrida, Schumacher resolveu sair com pneus intermediários, ao contrário dos dois primeiros do grid, Villeneuve e Alesi, de chuva intensa. A corrida teve duas largadas, a segunda atrás do safety car, na quarta volta. O canadense da Williams completou o quarto giro na frente, mas no quinto… Schumacher passou Alesi na La Source e Villeneuve na Rivage. Ao final daquela volta, ele já tinha mais de 5 segundos de vantagem. A partir deste momento, ele só abriu na frente, mostrando toda sua habilidade no molhado.


3 – GP da Bélgica de 1995

Posição no grid: 16º

Posição final: 1º


Schumacher saiu em uma rápida recuperação e, na 15ª volta, já era segundo, atrás de Hill. Quando começou a chover, o inglês da Williams parou para a troca enquanto a alemão seguiu com sua Benetton com pneus de pista seca. Hill era seis segundos mais rápido por volta que o rival e encostou rapidamente. Os dois protagonizaram uma dura – e polêmica por conta das fechadas de Schumacher – batalha, até que o piloto da Benetton saiu da pista e cedeu a ponta. Quando a pista secou, no entanto, Hill parou novamente e Schumacher reassumiu a liderança, para não perder mais.



2 – GP da Hungria de 1998

Posição no grid: 3º

Posição final: 1º


Sem chance de bater as McLarens em Hungaroring em ritmo normal, Ross Brawn desenhou uma estratégia ousada em que Schumacher teria que parar uma vez a mais que os rivais. Para isso, ele teria que aproveitar o momento em que estaria mais leve e andar mais rápido para compensar a parada extra. Schumacher então realizou um trecho de 17 voltas em um ritmo insano, cerca de 2s mais rápido por volta, para parar novamente nos boxes, reabastecer e voltar à frente dos rivais da McLaren. A tática deu certo, mesmo com um pequeno erro do alemão, em que ele quase saiu da pista. Foi a demonstração que se a Ferrari tinha as melhores estratégias, também tinha o piloto certo para fazê-las funcionar.


1 – GP da Espanha de 1996

Posição no grid: 3º

Posição final: 1º


É quase uma unanimidade. Um verdadeiro show na chuva de Schumacher, que após uma largada ruim que o derrubou para sexto, assumiu a ponta na 13ª volta e deu um passeio nos rivais. Mesmo sofrendo com falha em um dos cilindros do  motor nas voltas finais (o que comprometeu o rendimento e deixou seu bólido com o ruído de uma britadeira), ele cruzou a linha de chegada com 45 segundos de vantagem para o segundo colocado, Alesi, subindo ao alto do pódio pela primeira vez com o macacão da Ferrari. Para se ter ideia de seu ritmo acima da média em toda corrida, sua melhor volta foi 2s2 melhor do que a do piloto que chegou mais próximo. Um desempenho que ficou marcado na carreira do então bicampeão. Segundo o Site Projeto Motor.


Schumacher ou Senna, quem é o melhor? Essa é uma polêmica que ultrapassa os limites do circo da F1. Embora Senna saia vitorioso nas votações, não é uma unanimidade na Fórmula 1, pois volta e meia se discute sobre qual dos dois foi o melhor.

Numericamente não haveria nada para se discutir. Schumacher disputou 307 grandes prêmios, com 91 vitórias, 68 poles e sete títulos, enquanto Senna disputou 162 grandes prêmios, com 41 vitórias, 65 poles e três títulos. Analisando os números, Schumacher é indiscutivelmente o maior piloto da história.

Em 161 corridas. Confira a comparação entre Ayrton Senna e Michael Schumacherhttps://www.terra.com.br/parceiros/guia-do-carro/senna-so-perde-para-schumacher-no-ranking-de-161-corridas,3f9160f6fe2181d1d9cfd98ac275d45agiaw1xie.html

Mas ao fazermos qualquer comparação, temos que levar em conta que ambos são de épocas distintas, apesar de terem sido contemporâneos. Para termos uma ideia de como a comparação é altamente complexa, nos títulos de Senna em 1990 e 1991, o orçamento da McLaren era aproximadamente U$$ 200 milhões. No tetracampeonato de Schumacher em 2001, o orçamento da Ferrari era de aproximadamente U$$ 500 milhões.

O desejo de vencer fez com que ambos se envolvessem em polêmicas como as de Senna com Prost em 1989 e 1990 e as de Schumacher com Hill em 94, Villeneuve em 97 e Alonso em 2006. Então vejamos o que dizem os especialistas sobre o assunto.

Murray Walker, principal comentarista britânico, aponta Schumacher como o maior piloto de todos os tempos e não somente por conta das estatísticas. Em sua opinião, o alemão foi melhor por ter deixado espontaneamente a Benetton no fim da temporada de 1995, quando havia se sagrado bicampeão, aceitado o desafio de correr pela Ferrari e trazer a escuderia italiana de volta ao sucesso de antigas temporadas. Frisa o fato de Michael ter levado para lá Ross Brown e Rory Byrne, bem como ter liderado brilhantemente o time. Segundo o britânico, Senna foi indubitavelmente o mais carismático, o mais místico, enquanto Schumacher foi o melhor de todos os tempos.

O antigo dono de equipe de Fórmula 1 e atualmente comentarista, Eddie Jordan, já disse que ficou espantado quando viu Schumacher correr pela primeira vez, achando simplesmente fenomenal. E mais: afirmou que, estranhamente, as pessoas lembrarão do heptacampeão como aquele que dominou seus companheiros de equipe, pelo que aconteceu em Mônaco (se referindo à ocasião em que estacionou propositadamente o carro de maneira perigosa, para atrapalhar Fernando Alonso, em 2006) ou pelos episódios com Damon Hill e Jacques Villeneuve. Porém, o alemão foi o piloto mais rápido que o mundo automobilístico já viu.

Por outro lado, o ex-piloto de Fórmula 1, Martin Brundle, atualmente comentarista, tem outra visão. Para ele, Senna possuía um dom dado por Deus, que ele não testemunhou em nenhum outro piloto.

Já Mark Webber, recém-aposentado das pistas, diz que o brasileiro tinha a habilidade de pilotar completamente no limite e que algumas de suas voltas eram inacreditáveis. Já para o bicampeão Mika Hakkinen, a razão de Ayrton ser o melhor residia no fato dele trabalhar intensamente nos detalhes.

O que também contribui para alimentar ainda mais a polêmica foi o fato de Senna ter partido no auge da carreira em 1994. Para muitos dos fãs do brasileiro, ele poderia, na pior das hipóteses, ter igualado os títulos do alemão. Polêmicas a parte Schumacher sempre declarou ter muito respeito por Senna nas vezes em que se referiu ao tricampeão.

Inclusive vale lembrar que Schumacher chorou copiosamente na entrevista coletiva ao igualar as 41 vitórias de Senna no Grande Premio da Itália em 2000.

Para muitos, inclusive no ramo das comparações, vale a opinião do próprio Schumacher que, uma vez perguntado se ele se via superior a Senna pela conquista do hexacampeonato mundial, ele disse que o tricampeão tinha partido antes de dar tudo o que ainda podia.

Bom amigos, eu acompanho Formula 1 há 41 anos , e acho muito difícil a comparação, pois como já disse acima, os tempos eram outros em relação a ambos. 

Um estrategista é uma pessoa ou um determinado esportista, com inteligencia excepcional para trabalhar nos minímos detalhes para conduzir suas respectivas equipes ás grandes vitórias.

Um estrategista é uma pessoa com inteligencia excepcional na arte de aplicar com extrema eficacia todos os recursos para conduzir suas respectivas equipes aos grandes triunfos.

Superdotado ou sobredotado é uma pessoa que possui capacidade mental significativamente acima da média. Como um talento, a superdotação é a aptidão para atividades intelectuais, artísticas ou esportivas que parecem ser inatas, uma vez que a pessoa superdotada parece apresentar tais habilidades sem que se possa explicar como aprenderam. Contudo, tais aptidões ou habilidades também são desenvolvidas através de esforço pessoal e é um erro pensar que pessoas superdotadas não precisam ser ensinadas, elas apenas precisam de uma educação diferenciada que atenda a sua demanda de conhecimento. As principais características de uma pessoa superdotada são, segundo Joseph Renzulli: as altas habilidades, a criatividade e o comprometimento com a tarefa. Este diz respeito a capacidade de se envolver profundamente com atividades relativas a sua área de interesse, seja ela artística, acadêmica ou esportiva.

Schumacher foi um estrategista excepcional, que trabalhou arduamente para conduzir Benneton e Ferrari ao topo da Fórmula 1. Com inteligência excepcional, Schumacher trabalhou com todos os recursos disponíveis, para tirar a Ferrari do jejum de 17 anos sem títulos á partir de 1996, por exemplo.

Senna era um tipo de piloto que se pode chamar de superdotado. Senna tinha uma capacidade intelectual muito acima da média dos pilotos comuns, com um talento absolutamente fora do normal para pilotar uma maquina de corrida.

Schumacher foi um estrategista. Senna foi um superdotado. De modo geral, Schumacher e Senna, estão  no mesmo nível no  automobilismo mundial.

Schumacher e Senna. São dois campeões do mesmo nível  na história do automobilismo mundial.

Os craques no esporte.  São os esportistas com talentos criativos extremamente acima da média ou com uma capacidade intelectual fora do comum. 

O superdotado Ayrton Senna. E o estrategista Michael Schumacher. Tiveram feitos excepcionais nas suas respectivas carreiras na Fórmula 1.

E estão  no mesmo nível no automobilismo mundial.

Confira os vencedores  de corrida na Fórmula 1.https://www.statsf1.com/pt/statistiques/pilote/victoire/nombre.aspx
Imagem; Site 98 Live 
 





 

 


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