terça-feira, 25 de abril de 2023

Patriarcado. Um problema em todos os clubes de futebol no Brasil.

 Durante a derrota do time masculino contra o Goiás, pelo Brasileirão, as atletas da equipe feminina do Corinthians e o técnico Arthur Elias se posicionaram sobre a contratação do técnico Cuca. Através de publicações nas redes sociais, as jogadoras postaram uma mensagem unificada contra a contratação do técnico de 59 anos.

- Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita As Minas" não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians, significa viver e lutar por direitos todos os dias - diz a mensagem.

A indignação das Brabas e parte da torcida está relacionada à condenação de Cuca e de outros dois jogadores do Grêmio, em 1989, sob a acusação de terem estuprado uma menina de 13 anos, em Berna, na Suíça. O treinador nega. 

Em 1987, em Berna, na Suíça, quando Cuca atuava pelo Grêmio, ele e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges, foram acusados por uma garota de 13 anos de estupro coletivo.

A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem supostamente estuprado a jovem e, sim, porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses de prisão, porém, ele nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

De acordo com dados da época, a investigação policial aponta que a jovem de 13 anos foi até o hotel dos jogadores do Grêmio para pedir camisa e autógrafos da equipe. No quarto 204, dois rapazes que estavam com ela teriam sido expulsos pelo jogadores e lá teria ocorrido o crime sexual.

O caso ficou conhecido como "O escândalo de Berna". O Grêmio seguiu a tour que fazia pelo continente enquanto os atleta estavam detidos por cerca de um mês. Após o Imortal terminar a excursão com cinco vitórias e quatro empates, Felipão apontou apenas um agito emocional. Segundo informações do Jornal Lance.






Á você que está me lendo eu digo : Misoginia é o ódio, desprezo ou preconceito contra mulheres ou meninas (discriminatório). A misoginia pode se manifestar de várias maneiras, incluindo a exclusão social, a discriminação sexual, hostilidade, androcentrismo, o patriarcado, ideias de privilégio masculino, a depreciação das mulheres, violência contra as mulheres e objetificação sexual. A misoginia pode ser encontrada ocasionalmente dentro de textos antigos relativos a várias mitologias. Vários filósofos e pensadores ocidentais influentes têm sido descritos como misóginos. Na maior parte das sociedades islâmicas atuais, existe uma forte misoginia, com bases religiosas e culturais.
De acordo com o sociólogo Allan G. Johnson, "a misoginia é uma atitude cultural de ódio às mulheres porque elas são femininas." Johnson argumentou que:
"A misoginia é uma atitude cultural de ódio às mulheres simplesmente porque são femininas. É uma aspecto central do preconceito sexista e da ideologia e, como tal, é uma base importante para a opressão das mulheres nas sociedades dominadas pelo homem. A misoginia manifesta-se de muitas formas diferentes, desde as piadas à pornografia, passando pela violência, até ao autodesprezo que as mulheres podem ser ensinadas a sentir em relação aos seus próprios corpos."
Michael Flood define a misoginia como o ódio às mulheres, e observa:
"A misoginia funciona como uma ideologia ou sistema de crenças que tem acompanhado o patriarcado ou sociedades dominadas pelos homens, durante milhares de anos e continua colocando mulheres em posições subordinadas com acesso limitado ao poder e tomada de decisões. [...] Aristóteles sustentou que mulheres existem como deformidades naturais ou homens imperfeitos (vendo mesmo as menstruações como esperma impuro, a que faltava a parte constituinte da alma). Desde então, as mulheres nas culturas ocidentais internalizaram o seu papel como bodes expiatórios da sociedade, influenciadas no século XXI pela objetificação das mesmas pela mídia, com sua auto-aversao culturalmente sancionada e fixações em cirurgia plástica, anorexia e bulimia."
Cerca de 70 % das mulheres, torcem para algum clube de futebol no Brasil. De acordo com a Pluri Consultoria.
De acordo com a Pluri Consultoria, os clubes com maior número de torcedoras são : Flamengo: 14,13 milhões de torcedoras. Corinthians : 11,75 milhões de torcedoras .São Paulo : 6,95 milhões de torcedoras. Palmeiras : 3,95 milhões de torcedoras. Vasco: 3,51 milhões de torcedoras. Grêmio: 3,08 milhões de torcedoras. Cruzeiro : 2,88 milhões de torcedoras. Internacional: 2,56 milhões de torcedoras. Santos : 2,22 milhões de torcedoras. Atlético-MG: 1,90 milhões de torcedoras.
O Corinthians. tendo a segunda maior torcida no Brasil, tem uma repercussão maior que nos demais clubes de futebol no Brasil. Contudo. A misoginia é algo comum em todos os clubes de futebol no Brasil.
Patriarcado é um sistema social em que homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades. No domínio da família, o pai mantém a autoridade sobre as mulheres e as crianças.
O patriarcado é um sistema social baseado em uma cultura, estruturas e relações que favorecem os homens, em especial o homem branco, cisgênero e heteressexual.
Na sociedade patriarcal, prevalecem as relações de poder e domínio dos homens sobre as mulheres e todos os demais sujeitos que não se encaixam com o padrão considerado normativo de raça, gênero e orientação sexual.
O patriarcado em si, é um problema em todos os clubes de futebol no Brasil, e no futebol brasileiro como um todo. E não somente no Corinthians.
Confira no site campeões do futebol, a história, títulos e curiosidades de clubes brasileiros que conquistaram ao menos um troféu na sua história.https://www.campeoesdofutebol.com.br/hist_clubes.html

Imagem : Site Oficial do Partido dos Trabalhadores.



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