quarta-feira, 1 de novembro de 2023

O nosso patrimonialismo colonial. Os nossos vícios com sociedade que se refletem no esporte.

 Do Desporto

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, observados:


I – a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;


II – a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;


III – o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;


IV – a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.


§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.


§ 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.


§ 3º O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social. De acordo com o autor Guilherme Pena de Moraes, no meu livro sobre a Constituição Federeal do Brasil, e também com dados oficiais do Senado Federal.

O patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os absolutismos.

No Brasil, o patrimonialismo fora implantado pelo Estado colonial português, quando o processo de concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra legou à posteridade uma prática político-administrativa em que o público e o privado não se distingue perante as autoridades. Assim, torna-se "natural" desde o período colonial (1500–1822), perpassando pelo período Imperial (1822–1889) e chegando mesmo à República Velha (1889–1930) a confO patrimonialismo como traço histórico da sociedade brasileira permanece na crença de que o poder político é a via de acesso ao poder econômico. O patrimonialismo começou no Brasil quando os portugueses proibiram a construção de escolas e universidades no Brasil, pois nosso país servia apenas para enriquecer a coroa portuguesa. Ou seja: No período colonial brasileiro não havia qualquer distinção entre o público e o privado.

A cultura patrimonialista no Brasil começou no período colonial, quando o país foi totalmente explorado pela coroa portuguesa. De certa forma, a mistura entre o público e o privado começou no período colonial.

Historicamente o Brasil nunca conseguiu separar o publico do privado na administração pública. Em todos os regimes governamentais, ainda que o país tenha tido algum progresso com a revolução industrial, o Brasil nunca conseguiu se livrar da praga patrimonialista, herdada do período colonial.

Eu estive na Suíça e na Itália em 2013.Na Suíça há uma clara distinção entre o público e o privado na administração pública. O parlamento suíço funciona basicamente em três princípios fundamentais, transparência, educação e igualdade. Na Suíça não existe espaço para as delinquências da corrupção que temos no Brasil. Na Suíça os parlamentares tem custo praticamente zero e sabem a diferença entre o publico e o privado.

O patrimonialismo brasileiro trabalha com a ideia de que o poder político é o acesso ao poder econômico. Durante os 322 anos do período colonial, entre 1500 1822, em que não tivemos escolas e universidades no Brasil, o patrmonialismo começou a ser colocado como um meio de ascendência econômica no alto baronato.

O patrimonialismo impediu com que o Brasil tivesse de fato fundado uma República em 1889. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos. 

No Brasil temos certamente uma República das Bananas. Sim querido (a) leitor (a): O conceito republicano na sua absoluta essência não trabalha com o principio de que o poder político é o acesso ao poder econômico. A verdadeira estrutura republicana trabalha como os princípios de transparência, educação e igualdade, pilares absolutamente fundamentais do parlamento da Suíça.

O Brasil é considerado uma das  maiores economias do mundo. Nosso paias tem potencial natural o suficiente para ser uma potencia. Entretanto, talvez precisaria de uma grande revolução. O Brasil talvez precisaria ser refundado, para separar claramente o público e o privado na administração pública.

A Suíça não é um país culturalmente patrimonialista. Na Suíça não existe espaços para crimes de colarinho branco como no Brasil. A república suíça separa claramente os conceitos público e privado. Infelizmente o Brasil nunca conseguiu resolver essa questão desde o inicio da sua história. 

No Brasil, os clubes de futebol, e também federações,  são uma espécie de patrimonio pessoal dos dirigentes. O patrimonialismo, se aplica nos clubes de futebol no Brasil, na forma em que os "eternos dirigentes", se apropriam dos clubes de futebol, como se estes fossem seus respectivos patrimonios pessoais.

Qualquer movimentação nos clubes de futebol no Brasil. Em sua maioria. Indicam apenas um modelo patriomonial, aonde público e privado se misturam em uma espécie de promiscuidade.

Promiscuidade é a característica daquilo que é promíscuo, que se mistura desordenadamente. Promiscuidade é o que se destaca pela imoralidade, pela prática de maus costumes sejam eles na vida particular ou na vida pública.

Nos nossos clubes de futebol no Brasil. Aonde público e privado se misturam pela imoralidade. Vamos muito mal no sentido de um progresso sustentável.

Na mistura promiscua entre público e privado. Os clubes de futebol no Brasil vão muito mal. Sim torcedor (as). Nossos clubes de futebol, vãio muito mal na promiscuidade público- privado.

Confira a reportagem do UOLhttps://www.uol.com.br/esporte/reportagens-especiais/futebol-bandido---episodio-1-ricardo-teixeira/#page3

Imagem : Site Elo 7. 



 

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