domingo, 21 de abril de 2024

Algo em questão nos clubes de futebol .

 Após vencer o Vasco, Fernando Diniz disparou contra a demissão em massas dos técnicos brasileiros. O treinador do Fluminense analisou o cenário saindo em defesa de Thiago Carpini, que foi demitido pelo São Paulo.

 Acho que nesse sentido, vocês (imprensa) são formadores de opinião, participam muito. São os que mais batem nos treinadores. Vai vir um monte de treinador estrangeiro… Aqui a moda é a seguinte: vai vir aqui, não vai ganhar e vai ser mandado embora. Quantos treinadores estrangeiros o Botafogo já teve? E o Cruzeiro? É um processo. O cara vem, perde… Acho ridículo o que aconteceu com o (Thiago) Carpini, e o que acontece com os estrangeiros também. Não é que o (técnico) brasileiro não serve, ninguém serve. Serve só se ganhar. O Abel (Ferreira) não está aí há tanto tempo porque é bom. Ele é bom mesmo, senão não ganharia o que está ganhando. Mas ele está aí porque ganhou. Quando eu falo que essa é uma análise de resultados… Tem um monte de treinador brasileiro bom, mas tem menos tempo. A gente tem uma paciência maior para mandar estrangeiro embora.

- O Roger Machado, na minha opinião, é um excelente treinador e ficou um tempão aí fora do mercado. Zé Ricardo, Barroca, Vagner Mancini… Todos são bons treinadores, mas a gente acha que é bom só quem ganha. O que veio para o Botafogo, Bruno Lage, é um excelente treinador. Se você for lá na Europa perguntar, ele tem mais currículo do que muitos aqui. Mas veio para o Botafogo, entrou no meio de uma confusão, campeonato é difícil. Vai impor ideias, perde, é mandado embora. Qual treinador é bom? Jorge Jesus é bom porque ganhou um monte de coisa aqui? Quando voltou para a casa dele no Benfica teve resultados ruins, foi mandado embora, agora tá bem na Arábia. O cara precisa ganhar para mostrar que é bom.

- A gente não avalia conteúdo, existe um automatismo de que quem ganha é bom e quem perde é ruim. Acho que o time jogou bem hoje, assim como contra o Bragantino. Mas o fato de ganhar praticamente anula a capacidade de enxergar e aprofundar a discussão sobre futebol. Esse é um dos piores males, uma doença no futebol brasileiro. E agora os treinadores brasileiros são assim.Se você pegar um time com orçamento de 30 milhões na mão desses que falei, entre outros, e der tempo para trabalhar, ele (treinador) vai ter chance de ganhar campeonato. Quando vem um treinador estrangeiro, são bem-vindos. Uma comissão técnica, daqui a pouco vem gerente, assessor de imprensa, jornalista. Aí a gente vira país colônia, extrativista total. A gente tem que ter um pouco mais de cuidado, que infelizmente temos muito pouco. Não acredito que essa relação seja justa em relação aos treinadores brasileiros.

MAIS RESPOSTAS DE FERNANDO DINIZ:

É sempre bom ganhar, quebrou os 13 clássicos sem vencer. Essa notícia não dava pra ficar. Muita gente vai ficar triste, não vai dar pra criar caos. Até recapitulando, muito clássico que a gente deixou de ganhar na conta foi por causa da Libertadores, da Recopa. Se tivesse um outro jogo, a gente teria que poupar e poderia ser que não ganhasse. As pessoas gostam de colocar tudo na mesma conta. Vamos ver qual vai ser o próximo assunto para polemizar.

FIM DO JEJUM MELHORA O AMBIENTE?

- Acredito que a gente não é nunca impermeável às coisas de fora, do nosso torcedor, com o advento dos últimos 20 anos das redes sociais, o tanto de gente que omite a opinião. Os jogadores, principalmente os mais jovens, consomem muito esse estardalhaço que é feito fora do nosso ambiente interno. E nunca é positivo.

- Até quando elogia muito, tem uma negativa. Acho que o time soube trabalhar em relação a isso. Os dados friamente são só 13 (jogos sem vencer). Mas como expliquei mais de uma vez, quando você vai considerar como foram os jogos, a gente sabia que a vitória uma hora ia acontecer.

 Em condições normais, a gente não teria ficado 13 clássicos sem vencer. Não que não pudesse acontecer, mas ia ser muito difícil. Se tivesse jogado com o time completo, descansado. A coisa melhor desse clássico é a alegria que traz pro torcedor, além de ganhar e subir na tabela de classificação, que é o objetivo principal.

- Em termos de ambiente, é a alegria do torcedor e, como você disse, de ganhar jogando bem. A gente cometeu erros, tem que melhorar, muita coisa para ajustar. Mas a equipe fez uma boa partida, principalmente no que diz respeito à criação.

SEQUÊNCIA SEM PERDER PARA O VASCO

- Jogar no Maracanã é uma força muito grande do time, sempre foi, pelo menos desde que estou aqui. O que a gente precisa é voltar a pontuar bem fora de casa, que é uma coisa que fizemos bastante em 2022 e não conseguimos tanto em 2023. Muitos jogos que fizemos fora, em 2023, jogamos com time alternativo. Dificultava para a gente pontuar. A gente espera esse ano jogar e pontuar de uma maneira mais equilibrada, manter esse ritmo de pontuação dentro de casa. Mas a gente precisa melhorar fora.

LADO ESQUERDO

- Não sei se o Vasco estava deixando muito espaço naquele lado. Acontece que o Arias estava flutuando mais que o Marquinhos, então a gente acabava tendo um acúmulo de jogadores do outro lado e não tinha muita gente para explorar o lado esquerdo. Se o Arias fica mais posicionado, obviamente o Vasco ia ter mais gente daquele lado.

- É meio que uma ilusão de ótica. Se a gente tem mais jogadores ali, o Vasco não ia ficar daquela maneira. Inclusive a gente fez o gol pela maneira que a gente estava jogando. O Arias tava mais dentro, a bola chega no Marcelo com muita liberdade para cruzar, o Ganso faz uma boa penetração junto com o Cano ali e acaba fazendo um bonito gol.

GANSO

- Acho que a partir do momento em que ele pisa mais na área, mesmo quando não faz gol, ele propicia que o Cano e outros jogadores tenham mais chances de marcar. É o organizador central do nosso time, mas a gente sempre cobra que ele chegue mais na área, porque ele tem essa capacidade.

 Tem boa finalização, é um cara grande, tem altura. No jogo contra o Bragantino e contra o Colo-Colo, o Cano não faz o gol, mas ele é importante porque está na área desviando a atenção de alguém. Acaba sobrando um outro companheiro para fazer o gol.

ZAGUEIROS E BOLA AÉREA

- Os jogadores foram bem. Como o jogo já foi, eu queria ver se o Vasco tivesse feito mais um gol de cabeça, que teve chance, a pergunta seria nesse sentido. Obviamente, quando você tem zagueiros, tem mais chance de evitar a bola aérea. Mas o Vegetti fez um e teve outras chances.

- O sistema defensivo precisa melhorar. Algumas coisas estamos fazendo bem, especialmente na marcação mais alta. Mas quando a gente baixa o bloco, permitimos cruzamento com muita facilidade. Quando pegamos um time especialista nesse tipo de jogada, que é o caso do Vasco, a primeira coisa é evitar que o cruzamento seja feito.

As informações são do Lance.


Dorival júnior é adepto de uma defesa que jogue com encaixes de marcação. Após perder a bola, a equipe sufoca ao máximo o adversário. Todo mundo tem um alvo e precisa acompanhá-lo até ele não conseguir passar a bola com qualidade. A ideia do terinadior é induzir o adversário ao chutão, fazer a falta ou retomar a bola.

A ideia do treinador é induzir ao chutão, fazer a falta ou retomar a bola. Veja um exemplo no Flamengo: até Gabigol tinha esse alvo e era peça fundamental na pressão na frente.

Os últimos trabalhos de Dorival Junior, o levaram a realizar o sonho de trabalhar na seleção brasileira. Estando na briga por uma vaga na Copa do Mundo de 2026. Dorival Junior. Tem em tese. Um cenário favorável para mostrar os seus conceitos. Provando de uma vez por todas. Ser um dos melhores treinadores do Brasil nos últimos 20 anos.

Os conceitos de Dorival Junior. Deram certo na elenco estrelado do Flamengo. Com um elenco acima da média para os padrões brasileiros. Dorival Junior teve jogadores que se encaixaram como luva nos seus conceitos.

E levou o rubro negro aos troféus da Copa do Brasil e da Copa Libertadores da América em 2022.

No São Paulo. Um elenco muito mais limitado tecnicamente. Doriva Junior. Com os mesmos conceitos. Conduziu os tricolor paulista ao inédito troféus da Copa do Brasil em 2023.

Conceitos. Que Dorival Junior já havia aplicado no Santos em 2010. Com uma equipe extremamente ofensiva, com jogadores como Robinho, Neymar e Paulo Henrique Ganso, Dorival levou o Santos à conquista do Campeonato Paulista de 2010, superando o Santo André numa final muito disputada.[17] No mesmo ano também foi campeão da Copa do Brasil, ao derrotar o Vitória nas finais.

Todos os times que Rogério Ceni treinou - São Paulo, Fortaleza, Cruzeiro e Flamengo- tinham o mesmo desenho no campo ofensivo.. A equipe se desenhava de uma forma bem posicional com a posse de bola. Dois laterais bem abertos para abrir o campo, quatro atacantes (entre eles um centroavante de mais presença de área) bem perto dos zagueiros e volantes dos adversários e um volante com muita qualidade técnica  vindo de trás para  bola entre os dois zagueiros.

Os time de Rogério Ceni. Sempre procuram uma saída de bola mais curta com zagueiros, uma saída de jogo com tabelas em alta velocidade, chegada com os meias e os atacantes na área adversária e chegada pelas laterais do campo para criar chances reais de gol. 

Na necessidade de um jogo mais objetivo. Os pivôs acabam sendo fundamentais para prender a defesa e abrir espaço para os meias e os atacantes. Ou então. Os passes diretos para os alas. Que na verdade são pontas. Em uma organização de um time mais agressivo.

Para chegar ao gol adversário. Os time de Rogério Ceni sempre procuram uma saída pelos flancos com os alas mais avançados e um jogo mais vertical. Rogério Ceni. Sempre prioriza zagueiros e volantes com muita qualidade técnica. Pois Ceni não deseja fiquem girando contra a defesa adversária. Ceni prioriza jogadores bem abertos. Enquanto tres ou quatro jogadores ficam em zonas centrais.

Ceni procura se defender com uma linha de bloco alto no campo adversário. Aonde visa recuperar o controle da posse de bola rapidamente. Os atacantes pressionam a defesa adversária, visando reduzir os erros de passe. Os alas pressionam os laterais do time adversário Enquanto os zagueiros. Podem em algum momento. Ter apenas um único jogador na sobra. Ou até mesmo os time de Rogério Ceni, podem não ter nenhum jogador na sobra. A depender da eficiência na linha de bloco alto.

Para Fernando Diniz, o maior troféu da sua carreira é recuperar um atleta, e seu estilo de jogo dá a liberdade para os jogadores tocarem a bola e se movimentarem livremente no campo. Os times treinados por Diniz preservam o toque de bola e não apelam para chutes de longa distância ("chutões") nem em momentos de alta pressão dos adversários.[63] Além disso, há uma constante troca de posições.[64] Em seus times, o goleiro é mais um a participar deste constante toque de bola. Na filosofia do treinador, o goleiro precisa "jogar na linha, usar os pés e participar do jogo.

São alguns conceitos do "Dinizismo": a saída curta para atrair a marcação (com a troca de passes na defesa com o goleiro utilizando mais os pés), o passe curto para quebrar linhas do adversário, além da ideia de atacar espaços não ocupados. Esses conceitos citados criam uma das principais características no estilo de jogo de Fernando Diniz, que é a superioridade numérica.

Fernando Diniz. É também um psicólogo formado pela Universidade São Marcos.

Para construir jogo, ss times  de Roger Machado se baseia no nível de pressão do adversário. Quando o rival não marca forte a saída de bola, temos uma equipe buscando o jogo curto numa saída mais sustentada e de aproximação entre defesa e os volantes.

Quando enfrentam  uma marcação pressão mais forte, os volantes  recuam  entre os zagueiros e faz uma saída para  liberdade aos laterais e criar superioridade no setor. Ainda assim, é possível  observar aproximação dos atacantes  por dentro para conseguirem em toques velozes para quebrar a marcação rival.

Depois de saírem jogando , a fase ofensiva dos time de Roger Machado  tem foco nos jogadores mais adiantados:. O armador do time  busca a bola na defesa e articula as jogadas ofensivas.

Se defendendo, o técnico Roger Machado busca algumas formas de não comprometer os atacantes. Em linha baixa ou média, os jogadores do meio campo cercam o adversário na forma de induzir os erros de passe

É um erro a imprensa hegemônica no Brasil colocar o complexo de vira lata nos nossos treinadores. 

Que estudam muito. E não tem os melhores do mundo nos seus elencos.

Como os treinadores nos maiores clubes da Europa 

Confira os 100 maiores clubes do mundo, no site campeões do futebolhttps://www.campeoesdofutebol.com.br/especial20.html


Confira no site campeões do futebol, a história, títulos e curiosidades de clubes brasileiros que conquistaram ao menos um troféu na sua história.https://www.campeoesdofutebol.com.br/hist_clubes.html

Imagem ; Jornal O Globo. 




 




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