Após dominarem as ações na Alemanha, Ayrton Senna e Nelson Piquet desembarcaram para o Grande Prêmio da Hungria diante de uma grande expectativa do público. E não decepcionaram. Em Hockenheim, Senna havia largado em terceiro e chegou em segundo, enquanto Piquet largou em quinto e venceu.
Duas semanas depois, em Hungaroring, os holofotes da imprensa internacional continuavam em cima dos dois brasileiros, mesmo com Nigel Mansell liderando o campeonato com 51 pontos e Alain Prost sendo o segundo com 44, dois pontos à frente de Senna, que tinha 42. Piquet era o quarto com 38 pontos.
O circuito húngaro tinha acabado de ser inaugurado em 1986 e recebia a Fórmula 1 pela primeira vez. Bernie Ecclestone, chefe da F-1, realizava o sonho de romper a então chamada Cortina de Ferro, mostrando que a categoria poderia fazer negócio com países da Europa Oriental.
Nos treinos, Senna cravou a pole position com a Lotus em 1min29s450, sendo 0s335 mais rápido que Piquet, da Williams. Na segunda fila ficaram Prost, da McLaren, e Mansell, companheiro de Piquet.
Senna manteve a ponta da largada até a 11ª volta, quando foi ultrapassado por Piquet. Próximo do momento da troca de pneus, Senna começa a se aproximar do compatriota e reassume a liderança na 36ª volta, quando Piquet faz seu "pit stop". Logo depois, Senna fez sua troca e o melhor trabalho da Lotus o manteve na ponta. O ritmo dos dois era tão forte que na volta 47 ambos deram uma volta em Mansell, o terceiro. Com a troca, a Williams-Honda de Piquet ganhou rendimento e na volta 53, mais uma vez tentou ultrapassar Senna no final da reta, mas tomou um X e o brasileiro da Lotus-Renault continuou na liderança. Duas voltas depois, Piquet fez uma nova investida: Senna deixou o lado de fora da curva para o rival que retardou a freada ao máximo, além do que sua sanidade mental e instinto de preservação permitiriam fazê-lo, colocando o carro de lado e derrapando nas quatro rodas, não deixando espaço para Senna reagir - tudo isso permeado por duas frenagens vigorosas que travaram as rodas e arrancaram fumaça dos pneus - completando uma da mais difíceis ultrapassagens da história da F1. Piquet conseguiu abrir vantagem e administrar a corrida, cruzando a linha de chegada em primeiro lugar. Senna chegou em segundo, seguido por Mansel, também da Williams-Honda, em terceiro.
A classificação do campeonato, após a corrida na Hungria, apresentava Nigel Mansell na liderança, com 55 pontos, Ayrton Senna com 48, Nelson Piquet com 47 e Alain Prost com 44 pontos.
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Imagem : Site Grande Premio .
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